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CEFALEIAS - Coggle Diagram
CEFALEIAS
DEFINIÇÃO
Todo processo doloroso do segmento cefálico, o qual pode originar-se em qualquer das estruturas faciais ou cranianas
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EPIDEMIOLOGIA
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De uma fora geral, acomete mais mulheres.
No ambulatório de clínica médica, é a 3 queixa mais prevalente, perdendo apenas para IVAS e dispepsias.
No ambulatório de neurologia, é causa que mais leva o paciente a procurá-lo.
A partir da 6ª década de vida a incidência da cefaleia primaria cai e aumenta o domínio da cefaleia secundária.
PRIMÁRIAS
ENXAQUECA/MIGRÂNEA
- EPIDEMIOLOGIA: não é mais comum, mas é a que mais leva para a urgência; acomete mais mulheres; pico entre os 30 e 40 anos; pode ter aura ou não; a sem aura é a enxaqueca comum e a com aura é a clássica; na criança não há predomínio de sexo.
- ETIOLOGIA: estresse emocional, alimentos, medicamentos, substancias inaladas, estímulos luminosos, problemas no sono, fadiga, jejum, condições psiquiátricas (como ansiedade, depressão etc). Além disso, há a questão genética, a qual esta relacionada ao gene CACNA1A, bem como fatores hormonais. Vale ressaltar que o estresse associado a distúrbios psiquiátricos é um fator para a cronificação. .
- FISIOPATOLOGIA: fatores desencadeantes levam a um processo de excitabilidade neuronal por meio da alteração genética de um canal de cálcio. Isso faz com que haja um fenômeno chamado depressão alastrante, que projeta a excitabilidade para o córtex e faz a ativação do sistema trigêmeo vascular. Após a ativação desse sistema, há a liberação de neurotransmissores e substancias vasodilatadoras, que são responsáveis pelo quadro de inflamação neurogênica e resultaram em dor Além disso, há acúmulo de ferro, o que corrobora para a não contenção do excesso da dor.
QUADRO CLÍNICO
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- Tem duração de 4 a 72 horas. O paciente deve ter pelo menos duas dessas características: dor unilateral, pulsátil, intensidade moderada a intensa, incapacitação dos afazeres, piora com exercício físico.
- Pode ter 5 fases: sintomas premonitórios (lentidão de raciocínio, irritabilidade etc) - aura (vários sintomas de caráter neurológico, ocorrendo de de 1 a 5 minutos) - cefaleia (quadro da enxaqueca em si) - sintomas associados (vômitos, fono e fotofobia, náuseas) - fase de recuperação (paciente fica exausto mas em seguida volta ao normal).
- Com aura: se instala de forma gradual. Dura em torno de 5 a 20 minutos, não ultrapassa 60 minutos. Os sintomas podem ser: manchas, perda de visão, formigamento, dormência etc.
- Sem aura: enxaqueca comum, dor hemicraniana ou bilateral, intensidade variável (moderada a intensa), caráter pulsátil, manifestada no desempenho de funções diárias. Dura cerca de 4 a 72 horas.
- Sintomas associados: náuseas, vômitos, fonofobia, fotofobia,
- O mau enxaquecoso é quando a enxaqueca dura mais de 72 horas.
- Complicações: estado migranoso (cefaleia intensa maior que 72 horas com intervalo menor que 12 horas); infarto enxaquecoso (o paciente, após concluir sua crise de enxaqueca, ainda persiste com sinal neurológico focal.
- A localização (lado direito ou esquerdo) pode variar em cada crise.
- DIAGNÓSTICO:
é clínico, feito por meio da anamnese..
TRATAMENTO
- No tratamento abortivo, se a intensidade for moderada, pode-se usar analgésicos ou aines, se a intensidade for grave, deve-se usar preferencialmente os triptanos. Para a profilaxia, os mais usados são antidepressivos tricíclicos. .
- Indicações da profilaxia: crises de enxaqueca que interferem nas atividades rotineiras ou uso de medicamentos que não resolvem ou mais de 4 crises por mês ou uso em excesso de medicamentos para melhorar a dor..
TENSIONAL
- QUADRO CLÍNICO: dor bilateral, não pulsátil, com sensação de aperto, acomete região frontal, temporal etc, com intensidade discreta a moderada, não é incapacitante e não costuma estar associada a outros sintomas, além de não se agravar com exercício físico. Acontece no final do dia como resultado do estresse diário.
- EPIDEMIOLOGIA: comum em todas as faixas etárias, sendo no sexo feminino mais prevalente; é a mais comum de todas; tem pico de prevalência na 4ª década;
- Pode ser dividida em infrequente (menos que 12 dias/ano), frequente (12-179 dias/ano) e crônica (180 dias ou mais por ano).
- FISIOPATOLOGIA: mecanismos periféricos (sensibilidade aumentada a dor miofascial e sensibilidade periférica e nociceptores miofasciais) mecanismo centrais (sensibilidade de neurônios de 2 ordem e do córtex somatosensorial) e mecanismos pró-inflamatórios com aumento dos níveis séricos de interleucina-8.
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TRATAMENTO
- Abortivo: analgésicos, relaxantes musculares etc.
- Profilaxia: antidepressivos tricíclicos.
EM SALVAS
- QUADRO CLINICO: unilateral, periorbital ou temporal, inicio rápido, durando poucos minutos, forte intensidade, inquietude, com sintomas associados (lacrimejamento, congestão nasal, palidez, rinorréia, sudorese etc.
- EPIDEMIOLOGIA: é a mais rara; mais comum em homens
- FISIOPATOLOGIA: hiperretividade do SNA. É semelhante com à da migrânea, diferindo apenas por sua ritmicidade.
- TRATAMENTO: no quadro agudo utiliza o sumatriptano subcutâneo e oxigênio em alto fluxo com 7 litros/min por 15 minutos. Para a profilaxia usa oxigênio, .
SINAIS DE ALERTA
- Paciente oncológico;
- HIV positivo no estágio de AIDS;
- "Pior cefaleia da minha vida";
- Mudança no padrão de cefaleia de um individuo que já tem uma cefaleia habitual;
- Cefaleia refratária;
- Convulsão;
- Papiledema;
- Paciente imunossuprimido;
- Surgimento da cefaleia após os 50 anos;
- Rigidez de nuca;
- Tontura;
- Confusão;
- Perda de memória ou consciência;
- Cefaleia desencadeada por exercício, atividade sexual;
- Paralisia.
CEFALEIA POR USO DE MEDICMAENTOS
- É secundária e é crônica.
- Geralmente, ocorre em pacientes que já possuem uma cefaleia primaria.
- Suspeita-se dela quando o paciente faz uso de 10 medicamentos ou mais por mês.
- Após 2 meses de retirada da substância, há melhora no quadro do paciente, porque é dessa forma que se faz o tratamento.
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