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OSTEOARTRITES, História clínica - Coggle Diagram
OSTEOARTRITES
CASO
Identificação
Joana, 58 anos, casada, do lar, N. e P. Fortaleza.
QP
Caroços nas juntas e nas pontas dos dedos
HDA
Dor em IFDs e joelhos há 2 anos
Intermitente
Intensidade variável
às vezes associada a edema e calor
dor em mãos piora com os afazeres domésticos e também ocorre ao acordar de manhã (rigidez matinal de 15min)
Dor em joelhos piora ao subir ou descer escadas e ao agachar
Nódulos em IFD bilateralmente
Nódulos de Heberden
Sensação de areia no joelho ao se lavantar da cadeira
Crepitações
Dor de leve intensidade em ombros, quadris e 1o pododáctilo bilateralmente, sem sinais flogísticos
Há 5 dias dor no joelho direito piorou
Presença de edema, calor e limitação funcional importante
artrite
HPP
HAS, DM2 e dislipidemia
Em uso de: losartana, metformina e sivastatina
Hábitos
Ex-tabagista, 10 cigarros/dia por 15 anos, parou há 10 anos. Nega etilismo.
IOA
Nega febre, anorexia, perda ponderal, queixas cardíacas ou respiratórias.
HF
Pai tinha diagnóstico de gota, falecido aos 70 anos de IAM. Mãe tem 80 anos e tem osteoporose.
Exame físico
Peso: 68kg, altura 1,56m
Sinais vitais: PA=130 x 80 mmHg P= 90 bpm FR= 16 ipm Tax=36,5°C
EGB, fascies de dor, eupneica, hidratada, normocorada, orientada, cooperativa.
SOA: Dor leve à mobilização de ambos os ombros, sem sinais flogísticos. Presença de crepitações em ambos os joelhos. Joelho D com acentuado edema, calor e hiperemia, com limitação à mobilização devido á dor, sinal da tecla positivo. Hálux valgo bilateral.
Mãos
Exames complementares
Laboratoriais
HB 12.3 Leuco 670 Plaq 340000
VHS 16 PCR 0,5
FR 8 (VR >14)
GLIC 110
CR 0,9 UREIA 40
TGO 35 TGP 42
CT 250 HDL 45 LDL 140 TRIGLI 183
Ác. úrico: 5
RX
Joelhos
área de esclerose óssea
diminuição do espaço articular
osteófitos
Mãos
sinal da asa de gaivota
Artrocentese
Análise do líquido sinovial
Leuco: 15.000
Glicose 60
Presença de cristais em formato romboide com birrefringência fracamente positiva
Cor amarelada
Diagnóstico
Joelho direito
Artropatia por cristais (pirofosfato de cálcio)
Demais articulações
DDX
Vascular: hemofilia
Endócrino, Metabólico: diabetes, acromegalia, hemocromatose, depósito de pirofosfato de cálcio
Infeccioso/ Inflamatório: chikungunya, artrite séptica, artrite reativa
Neoplásico: osteosarcoma, metástase
Autoimune: AR, artrite psoriásica
CONCEITO
É uma doença inflamatória, com progressão lenta e persistente, afetando a articulação como um todo
Afetam cartilagem, osso subcondral, ligamentos, meniscos dos joelhos e músculos, além de alterações estruturais que podem levar à destruição articular
É a principal causa de incapacitação devido à dor e/ou destruição articular e de absenteísmo no trabalho
FISIOPATOLOGIA
As alterações podem iniciar a partir da própria cartilagem, da membrana sinovial ou do osso subcondral
Quando se inicia na cartilagem, a alteração pode estar na matriz colágena e de proteoglicanos ou nos condrócitos
Os condrócitos são a maior fonte de enzimas degradadoras na OA
Agravos ou sobrecargas, ao atuarem sobre o condrócito, são capazes de induzir uma resposta catabólica mediada por citocinas
Sinovites
podem atuar sobre a cartilagem, erodiando-a por meio de mecanismo enzimático direto ou por ações de citocinas
Osso subcondral
seu enrijecimento pode fazê-lo perder sua competência funcional e, assim, reduzir sua proteção à cartilagem, facilitando sua degradação.
A homeostase da cartilagem se dá pelo equilíbrio entre agentes que atuam no seu metabolismo e catabolismo, um desequilíbrio entre eles, com predominância dos agentes catabólicos, determina uma degradação cartilaginosa.
Estresse e outras causas
Matriz: degradação do colágeno e proteoglicanos
Degradação da cartilagem
Condrócito: liberação de proteases e citocinas
Principais citocinas envolvidas
IL-1, IL-6, TNF
FATORES DE RISCO
Biomecânicos
dano articular
obesidade
causa sobrecarga nas articulações
mediadores inflamatórios, como adipocinas, produzidas no tecido adiposo, potencializam a inflamação local.
deformidade
fraqueza muscular
Genético
Parentes de primeiro grau têm 2 a 3x aumento de risco de desenvolver a doença.
Envelhecimento
Danos estruturais e sarcopenia promovem sobrecarga articular
CLASSIFICAÇÃO
Primária
de causa desconhecida
Subgrupos
OA generalizada
OA nodal
OA nodal erosiva
Condromalácia de patela
Secundária
À desorganização da estrutura cartilaginoda
Hemocromatose
condrodisplasias
Hemofilia
DM
Gota
Doença por fosfato básico de cálcio
Sinovites traumáticas
AR
À desorganização da estrutura óssea ou alteração do alinhamento articular
Aumento da densidade do osso subcondral: doença de Paget e osteopetrose
Necrose óssea
Displasia congênita do quadril
Alterações na cabeça femoral
QUADRO CLÍNICO
Sintomas
Dor espontânea
piora com movimentação
Rigidez pós repouso (< 30min)
Rigidez e dor protocinética
Parestesias e disestesias
Melhora ao repouso
Se instalam de forma insidiosa e progridem para mínima ou grave incapacidade
Não tem manifestações sistêmicas
Tendência à bilateralidade
Sinais
Dor e sensibilidade à mobilização, à palpação ou às manobras
•Crepitação palpável e possivelmente audível
•Espasmo e atrofia da musculatura articular satélite
•Limitação de amplitude articular, em geral sem anquilose
•Mau alinhamento articular e defeitos posturais, causais ou consequentes
•Alterações da morfologia articular decorrentes da remodelagem
•Sinais discretos de inflamação articular
•Derrame articular
Joelhos - Gonartrose
Inicialmente
Dor a utilização intensa da articulação
Evolução
Dor após pequenos esforços e até mesmo em repouso
Condromalácia de patela: dor agravada ao subir e descer escadas
Casos graves
Limitação da mobilidade articular, calor e derrame
Exame físico
Aumento do volume da articulação
Dor à palpação articular e à mobilização da patela
Crepitação palpável à flexão-extensão
Mãos
Nódulos de Heberden
Nas IFD
Dolorosos
Evolução lenta
Nódulos de Bouchard
Nas IFP
Raramente precedem os de Heberden
Nódulos
A ocorrência dos 2 juntos causam dificuldades funcionais
Caracterizam-se por hipertrofia óssea lateral e dorsal:
Costumam ser dolorosos
Rizartrose
Na articulação trapézio-metacarpal
Associada a atividades que solicitam a articulacão repetidamente
Dá à mão um aspecto quadrado
Pode ser incapacitante pela dificuldade de oponência do polegar e pela dor
OA nodal erosiva
Grau maior de inflamação e degradação articular
Aguda, dolorosa e simétrica
Acomete IFD e IFP
RX
Lesões simétricas em IFP e IFD
Erosões epifisárias
Deformidade em asa de gaivota
Quadril - Coxartrose
Sintomas surgem de maneira insidiosa
dor pode ser precedida por fatigabilidade do MMII e dificuldade na marcha
Dor ao caminhar
A lordose compensatória pode desencadear lombalgia
Exame físico
Dor à rotação interna do quadril
Limitação de movimentos
Ombros
palpação da acromioclavicular, facilitada por sua superficialidade, pode provocar dor
Coluna vertebral
Instalação no disco intervertebral e nas articulações interapofisárias
O processo degenerativo causa redução do amortecimento
A dor é moderada e localizada ou grave e irradiada (compressão de raízes nervosas)
Exacerba-se com movimentos e melhora em repouco
Se ocorrerem compressões radiculares, a dor se torna insuportável, qualquer que seja a posição do paciente
Generalizada idiopática
O quadro apresenta tendência à simetria, nódulos de Heberden e Bouchard, rizartrose, OA vertebral, de joelhos, metatarsofalangeanas do primeiro dedo e, menos frequentemente, quadris.
DIAGNÓSTICO
TRATAMENTO
Não farmacológico
Educação e apoio psicossocial
Proteção articular
Evitar situações de agravamento
Exercício físico de baixo impacto
Perda de peso
Órteses
Fisioterapia
Farmacológico
Sintomáticos de curta duração
Paracetamol 1,5 a 3g/dia
Dipirona 1 a 1,5 g/dia
AINE
Em idosos preferir seletivos da COX2, ou associar IBP
Colecoxibe (200 mg/dia)
Naproxeno (máx 1g/dia) ou ibuprofeno (máx 2,4g/dia) + IBP
AINE tópico
Capsaicina
Alivia dor da OA de mãos e joelhos
Sintomáticos de longa duração
Sulfato de glicosamina
Controle da dor e redução da perda de espaço articular
Modificador de doença na OA de joelhos
Dose: 1,5 g/dia
Sulfato de condroitina
Tratamento sintomático de OA de joelho e quadril
Dose: 1,2 g/dia
Diacereina
Controle da dor e diminui a redução do espaço articular
Dose: 50 mg/dia
Cloroquina
Tratamento de OA com manifestações
inflamatórias mais evidentes
Dose; 200 a 400 mg/dia
Medicação intra-articular
Ácido-hialurônico
Indicada para OA de joelhos, quadris e ombros, refratárias ao tratamento inicial
3 a 5 aplicações semanais. O efeito dura por 6 meses
Infiltração com GC
hexacetonido de triancinolona
efeito dura de 1 a 3 meses.
indicado em casos de persistência de sintomas a despeito de outras modalidades de tratamento, ou em casos de dor mais severa.
Cirurgia
Indicações
Dor prolongada ou permanente
Deformidades fixas
Perda da função articular
Refratarias a um tratamento de 3 a 6 meses
Osteotomia
visa corrigir o desalinhamento articular e evitar concentração de carga
Artroplastia
Melhor resultado em OA de joelho e quadril
último recurso
Tendo sucesso, melhora muito o quadro
História clínica
+
Exame físico
Avaliar todas as articulações
Procurar sinais flogísticos
Avaliar a amplitude do movimento
+
Exame de imagem
RX
Características
Redução do espaço articular
Osteófitos
Esclerose óssea subcondral
RM e USG
Úteis para DDX e na identificação de
lesões cartilaginosas precoces
+
Exames laboratoriais
Hemograma
FR
VHS e PCR
Exames para DDX
+(dependendo do quadro)
Artrocentese
Indicações
2 more items...
O que avaliar
5 more items...
Líquido sinovial
4 more items...