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Unidade 2 - Soja e Harvey - Coggle Diagram

- - - - capacidade de registrar a história da humanidade de forma escrita
      - SOJA - considera a segunda revolução urbana a que aconteceu por volta de 7.000 anos atrás
        
        Que foi possível pelo deslocamento da produção agrícola e dos assentamentos humanos de alta densidade até os vales férteis das margens dos rios
        
        Mesopotâmia, depois Egito, Pérsia, Índia, China e Eurásia/Africa
        
        O surgimento dessas civilizações hidráulicas está relacionado com a origem das CIDADES-ESTADOS independentes e com a formação de emaranhado de assentamentos interconectados
        
        se articulavam para melhor estabelecer um lógica de distribuição do comércio, tecnologia, cultura, conhecimento e poder militar governamental
        
        A invenção da escrita possibilitou a criação da administração e da economia geopolítica
        
        O desenvolvimento de tecnologias e a estruturação do trabalho de irrigação nas áridas terras baixas, somados a capacidade de articulação social da população, formam o trunfo da Suméria
        
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        Localizadas na região do Golfo Pérsico, no vale fértil entre os rios Tigre e Eufrates - Região da Suméria
  - - - grande criação da modernidade
      - simbólicos para a construção do mito moderno
      - modelo de desenvolvimento econômico e social
      - lugar das ruínas das ordens das cidades prévias
    - - rede global de metrópoles coloniais e cidades mercantis capitalistas
        
        Renascimento
        
        Atrela-se ao cristianismo
        
        Cruzadas
        
        forte identidade europeia e cristã
        
        eurocentrismo
        
        Iluminismo
        
        alia-se ao conceito de modernidade, intitula-se moderno, científico e secular
        
        há uma consciência coletiva que se compreende viver em um novo tempo
        
        zeitgeist
        
        metrópole é a expressão espacial desse novo pensamento coletivo
        
        Era das Revoluções (1776-1848)
        
        tentativas de controlar o território urbano
        
        tanto no centro do poder em Paris, como nas periferias, colônias inglesas norte-americanas
        
        o conceito de modernidade se associa ao legado das revoluções
        
        à democracia liberal, à liberdade, à igualdade e à fraternidade. Rousseau
        
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        a partir de 1850, que a terceira revolução urbana se entrelaça a Revolução Industrial
        
        desenvolvimento de um capitalismo industrial-urbano
        
        sofrem críticas por Comte e Marx, ao não se concretizarem no espaço urbano
        
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    - - inserção de indústrias manufatureiras em grande escada no espaço urbano
        
        capitalismo industrial como modo de produção essencialmente urbano
      - Londres e Paris, que eram políticas, imperiais e comerciais, ou seja, estavam sob a ordem da produção agrícola
        
        entrada da burguesia industrial e do proletariado
        
        passa a controlar o excedente produzido no campo
        
        palco da produção de riqueza
      - macro tecnologias de controle social e espacial
        
        O Estado Nacional era uma “estratégia de coesão e adesão com base urbana”
        
        O século XIX estava destinado a apagar as diferenças culturais entre a rede de cidades
        
        O Estado Nacional busca integrar uma cultura nacional, sendo ele próprio um produto das cidades.
    - - primeiro exemplo de metrópole construída pelas práticas socioespaciais do capitalismo industrial-urbano.
      - inversão da valorização social do espaço na zonificação concêntrica
        
        Em seu centro, há o CBD (distrito central de negócios)
        
        nova ágora da cidade, a indústria e o mercado
        
        primeiro anel, localizam-se a população mais pobre, força de trabalho da indústria
        
        Havia também uma subclasse de extrema pobreza
        
        papel na organização social de amansar os trabalhadores
        
        anel adjacente, estava a nova burguesia, a classe média
        
        anel periférico, com as melhores infraestruturas urbanas, estava a alta burguesia
      - não possuía instituições cívicas regulatórias do espaço urbano
        
        a nova lógica de classes materializada no espaço
        
        nasce na cidade a primeira escola de estudos urbanos
        
        Engels, como um dos socialistas radicais estudiosos da cidade, afirma que nunca havia existido tamanha desigualdade social
        
        apelava para explicações estruturais profundas
        
        reformistas liberais acreditavam no laissez-faire
        
        pensamento de Adam Smith de livre mercado
        
        superficialidades que incomodavam as classes dirigentes
        
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    - - Chicago foi Manchester na segunda metade do século XIX
      - forte influência europeia a partir de pensamentos teóricos
        
        escola de Chicago, denominação dada aos estudiosos da cidade, estavam interessados nos problemas urbanos
        
        se encontravam distantes da análise de classes e da economia política da Escola de Manchester
        
        Associavam o desenvolvimento do espaço urbano a um organismo biológico
        
        darwinismo social
        
        Ecologia urbana
        
        Burgess também desenvolveu um modelo concêntrico de cidade
        
        cada indivíduo tinha sua área natural
        
        competição natural trataria de regular e aproveitar os talentos individuais
  - - - É a própria sociedade
      - Suas formas
        
        Feitas pelo homem
        
        De acordo com os interesses da classe dominante
        
        Os movimentos sociais surgem para tentar mudar isso
    - - Em forma de paisagem material
        
        Objetiva aumentar a acumulação de capital
      - O capitalismo
        
        Fica em uma linha tênue
        
        Entre manter e destruir os valores de troca das inversões que aparecem na planificação urbana
        
        Ou seja, cria-se um eterno ciclo, já que o capital cria uma paisagem material, e depois, vai precisar destrui-la
        
        Planificação urbana
        
        Escola de economia política urbana
    - - Crise urbana
        
        O fim do auge econômico de muitos países
        
        decadência global
        
        Então, por conta disso, inicia-se o processo de reestruturação
        
        Gerado por uma crise
        
        reestruturação do capitalismo
        
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    - - Novas abordagens
        
        Foco na dinâmica do espaço urbano capitalista industrial
        
        Marx e Engels
        
        Mesmo que os dois não focassem especificamente nas cidades
        
        Neomarxista
        
        Pesquisar a natureza do processo de urbanização e da produção social do espaço urbano
        
        Um novo paradigma de estudo da cidade
        
        Análise da metrópole fordista-keysiana
        
        Teoria geral da cidade capitalista industrial
        
        Economia política radical da urbanização
        
        Necessidade do capitalismo de produzir e reproduzir pobreza e desigualdade
        
        Espaço urbano concebido de forma generalizada
    - - Espaço x sociedade
        
        Interesses da classe dominante
        
        Implementados pelo Estado
        
        Essas formas que surgem deste processo acabam virando o enfoque de resistência das classes operárias
        
        Movimentos sociais
      - Marxificação do saber urbano
      - Recebeu uma forte influência, mas também criticou Lefebvre
        
        Ele que mudou o campo dos estudos urbanos
    - - Apresenta outra perspectiva
        
        Foca mais no poder e na lógica do capital
        
        A paisagem criada pelo capitalismo é desenhada com o objetivo de contribuir para que ocorra o processo de acumulação
        
        gerando um perpétuo dilema
        
        Rigidez do entorno urbano X continuidade da acumulação capitalista
        
        Beneficia os ricos às custas dos pobres
        
        desigualdade
        
        Injustiças
      - Justiça redistributiva territorial
        
        Merito
        
        Terminou frustrado
        
        com o pensamento de que não há justiça na cidade capitalista
        
        Capitalismo industrial urbano
        
        ciclos
        
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        Contribuição
        
        Necessidade
  - - - Momento 1 - Paleolítico (40.000 mil anos atrás) agrupamentos humanos de 25 a 30 pessoas, tentativa de permanecer mais tempo na mesma área.
        
        caverna -> cabanas
        
        Momento 2 - Transição Paleolítico -> Neolítico (15.000 a 10.000 anos atrás) - intensificação da exploração de animais e plantas nas terras altas do Tigres e Eufrates
        
        Revolução Agrícola
        
        A partir de 10.000 atrás a sedentarização dos agrupamentos humanos permitida pela Revolução Agrícola teria viabilizado uma crescimento das aldeias agrícolas em sociedades, que passam a ter construções de lama e tijolos de argila e areia. Junto com abrigos mais permanentes, vem uma nova forma de organização social (estado comunal).
        
        A teoria tradicional (Lewis Mumford e Gordon Childe) afirmava que a partir do crescimento dessas aldeias agrícolas com a invenção da escrita e a conformação das cidades - estado na Antiguidade, é possível pensar na origem do fenômeno urbano.
        
        Embasado nas descobertas arqueológicas mais recentes, Edward Soja, afirma que não. Que anteriormente à disseminação da agricultura, ao menos na Ásia, é possível verificar as origens das cidades, enquanto comunidades que sobreviviam da caça e coleta, e no qual a troca comercial viabilizada pela aglomeração era a principal atividade de atração.
        
        cidade = aglomeração de pessoas
        
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        As cidades teriam propiciado a intensificação da agricultura (domesticação de espécies)
        
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- - - - elementos produzidos em coletivo pela sociedade urbana em próprio benefício
      - metrópole é o espaço de produção do comum
      - direito à cidade está então intimamente conectado ao acesso aos comuns
        
        A comunalidade é inerente da vida urbana
      - artigo The Tragedy of Commons de Garrett Hardin (1968)
        
        controle populacional autoritário a fim de evitar o colapso dos recursos naturais
        
        incentivou a polarização entre apenas dois modos de gerir os comuns
        
        por meio da propriedade privada individual ou por meio de intervenção estatal autoritária
        
        problema de escala
      - Elinor Ostrom, em Governing the Commons (1990)
        
        governança de forma horizontal e não hierárquica, sem uma intervenção do Estado ou do mercado
        
        funciona em escala local
        
        A esquerda possui uma fetichização da horizontalidade pura
        
        E o cercamento pode ser útil também na proteção dos comuns
        
        Em escala global, necessita de alguma subordinação, ou fiscalização
      - Bens e espaços públicos
        
        são fornecidos pelo Estado e se não são produzidos pela sociedade para ela própria não se tornam comuns
        
        Quando há apropriação coletiva desses espaços, a comunidade o utiliza e lhe concede vitalidade, este se torna um comum
        
        A agenda neoliberal por vezes diminui o investimento de bens públicos a fim de diminuir consequentemente os possíveis comuns urbanos, forçando as pessoas a procurarem alternativas privadas.
      - Um comum urbano pode gerar lucro e ainda continuar um comum
      - um comum urbano pode ser ele próprio vendido, como a vitalidade de uma cidade, construída socialmente, que gera riqueza para o mercado do turismo
        
        parques urbanos, que valorizam os imóveis do entorno, e acabam por expulsar a comunidade que iria usufruir do comum.
    - - o direito de propriedade privada individual deve existir para maximizar e proteger o comum
        
        Estado mínimo para regulação e para serviços públicos, que poderiam vir a ser comuns
      - John Locke e Adam Smith acreditavam que as instituições se autorregulariam permitindo que a riqueza se distribuísse e fluísse entre as camadas da sociedade
        
        para Locke, a propriedade individual deve existir para garantir que o fruto do trabalho produzido pertença aquele que o produziu
    - - produção feita pelo trabalhador (mais-valia) fica nas mãos do comprador da sua força de trabalho
        
        Para Marx, os trabalhadores deveriam usufruir dos frutos de seu trabalho de forma coletiva, sendo proprietários de seus próprios produtos, a fim de produzir um bem comum
    - - mesmo se estiver sendo continuamente apropriado pela mercantilização
        
        o capital expropria o comum na cidade por meio da extração de terra e dos alugueis de imóveis
        
        Os agentes imobiliários vendem não só os imóveis, mas também a vitalidade
        
        capitalizando em cima de uma produção comum
        
        os preços dos alugueis aumentam
        
        expulsando os residentes originais da área
        
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    - - “A urbanização capitalista tende perpetuamente a destruir a cidade como um comum social, político e habitável” (HARVEY, 2014, p. 156).
      - Elinor Ostrom traz alternativas, como a ordem policêntrica
        
        unidades menores de administração possuem maior participação ativa dos membros da sociedade
        
        “hipótese Tiebout”
        
        metrópole de controle fragmentado em unidades locais de tributação
        
        Harvey afirma que será sempre necessária uma regulamentação ativa e superior, que causa hierarquia
      - Murray Bookchin propõe o confederalismo
        
        as unidades administrativas seriam na verdade assembleias municipais
        
        uma assembleia aberta entre as municipalidades resolveria as questões superiores baseadas nas decisões das unidades menores
        
        fluxo de poder que emana de baixo para cima
        
        Harvey afirma que esta proposta é a mais sofisticada
  - - - 1960 - As escolas de arte eram celeiros de discursões radicais, mas tem mudado de postura política devido o profissionalismo
        
        Revitalização dessas instituições como centro de engajamento político e a mobilização das forças políticas dos produtores de cultura é o objetivo da esquerda
        
        Sob o domínio da comercialização os produtores de cultura tem um campo fértil para a crítica e agitação política
      - A cultura é transformada em mercadoria
        
        Existe a crença de que algo tão especial a respeito de certos produtos e eventos culturais que os coloca à parte das mercadorias ordinárias (blusas, sapatos)
        
        Existem dois tipos de mercadorias
        
        Algumas mercadorias pode ser atribuída a renda de monopólio que ocorrem pela globalização capitalista, desenvolvimento político econômico locais e a evolução dos significados culturais e valores estéticos
        
        A renda de monopólio surge porque agentes sociais podem conseguir um maior fluxo de receitas por um maior período de tempo em virtude de seu controle exclusivo sobre um determinado item comercializável que em alguns aspectos é único e irreproduzível
        
        Existem duas situações da renda de monopólio
        
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  - - - Entretanto, ainda “vivemos em um mundo no qual os direitos de propriedade privada e a taxa de lucro se sobrepõem a todas as outras noções de direitos em que se possa pensar” (p. 27)
        
        Neoliberalismo
        
        Mercado liberal
        
        Características individualistas
    - - O homem cria a cidade
        
        ela acaba tendo características dele e do estilo de vida que ele almeja
        
        É um direito coletivo
    - - sempre começaram em locais nos quais havia excedentes de alimentos
        
        forte ligação do capitalismo com a urbanização
        
        Já que, o capitalismo promove o aumento da expansão de excedentes sempre
        
        A lógica capitalista estimula e pressiona as pessoas a buscarem sempre mais rentabilidade
    - - Estimuladas pelo excedente de capital nas cidades
        
        Paris 1848
        
        Plano Haussman
        
        Destinou-se o dinheiro à infraestrutura da cidade
        
        EUA 1942
        
        Suburbanização
        
        O que depois gerou a crise urbana dos anos 60
      - Crises mais recentes
        
        Diversos países - o processo urbano tornou-se global
        
        “Quase todas as cidades do mundo testemunharam a explosão imobiliária que favorecia os ricos”. (p. 42)
    - - Só está disponível para aqueles que podem pagar para tê-la.
        
        Cidades fragmentadas
        
        O capitalismo também estimula nas cidades o “mercado de desapropriação”.
    - - Para que o direito à cidade vire uma realidade é necessário que haja “maior controle democrático sobre a produção e o uso do excedente”. (p.61)
- - - - Mudanças a partir de 1972
        
        ascenção de formas culturais pós modernas
        
        emergência de modos mais flexíveis de acumulação do capital
        
        novo ciclo de compressão tempo espaço (TIC's)
        
        essas mudanças em que pesem a importância sócio cultural não implicam no surgimento de uma sociedade pós capitalista ou pós industrial
        
        as regras básicas de acumulação do capital não mudaram
      - a idéia de "soft city"
        
        o fato e a imaginação de fundem
        
        individualismo subjetivo
        
        liberdade x instabilidade = violência
        
        objetivo do autor - vivemos um novo período? a cultura pós moderna.
        
        ou isso seria uma nova tendência da alta cultura e da academia sem ressoar na vida cotidiana das pessoas?
        
        primeiro precisamos compreender o que foi o modernismo que vivíamos até então.
  - - - a mudança permanente como única certeza
      - a arte reflete as consequências da vida moderna marcada pelo fugidio, efêmero e fragmentário
        
        difícil a preservação do sentido de continuidade histórica
        
        instabilidade política, social e científica
    - - o movimento iluminista e a tentativa de trazer estabilidade ao pensar um projeto de modernidade (Habermas)
        
        pensar uma ciência, objetiva, uma moralidade e leis universais, e a arte autônoma em sua própria lógica interna
        
        Progresso e Liberdade
        
        Instrumentalização do conhecimento e desenvolvimento de formas racionais de organização social e de modos racionais de pensamento
        
        libertação do homem dos grilhões da religião e superposição do conhecimento científico e secular
        
        Futuro de Justiça, com a inteligência humana e a razão universal
        
        Então veio a 1ª guerra mundial
        
        o maior conflito armado da história então, diante dos avanços bélicos
        
        E depois a 2ª Guerra Mundial
        
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        a partir do desenvolvimento tecnológico e científico das descobertas industriais
        
        promessa de libertação do homem do determinismo da natureza e de suas ameaças como a escassez, a calamidade e a arbitrariedade dos fenômenos naturais