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CRIPTORQUIDIA, GRUPO 3 - Coggle Diagram
CRIPTORQUIDIA
DEFINIÇÃO
A criptorquidia é uma mal formação congênita, comum em neonatos, que resulta em uma falha completa ou parcial dos testículos intra-abdominais em descer para a bolsa escrotal
Está associada a disfunção testicular e um risco aumentado para o desenvolvimento do câncer testicular
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EPIDEMIOLOGIA
- Cerca de 3 a 5% dos bebês nascidos a termo (isto é, após 37 semanas de gestação) apresentam pelo menos um testículo que não completou o seu trajeto de descida.
- Nos casos dos bebês prematuros, a incidência é bem maior, próxima dos 30% não completou a descida.
- Na maioria dos bebês, o testículo acaba migrando naturalmente para a bolsa escrotal nos primeiros meses vida, de forma que ao final do primeiro ano, apenas 1% dos meninos ainda apresentam criptorquidia.
- 80% dos casos, o testículo é encontrado após a palpação da região inguinal ou abdominal.
- A criptorquidia é unilateral na maioria dos casos, sendo bilateral em 25% dos pacientes.
- Geralmente ocorre como anomalia isolada, mas pode estar acompanhada por outras malformações do trato geniturinário, como hipospadias.
- Uma hérnia inguinal simultaneamente acompanha o testículo não descido em aproximadamente 10% a 20% de casos.
- A orquidopexia não garante a fertilidade - espermatogênese deficiente foi relatada em 10% a 60% dos pacientes nos quais um reposicionamento cirúrgico foi realizado.
- A criptorquidia bilateral ou, em alguns casos, até mesmo unilateral está associada à atrofia tubular e à esterilidade.
- A criptorquídico acarreta em um risco de três a cinco vezes maiores de câncer testicular, que surge a partir de focos de neoplasia de células germinativas intratubulares dentro dos túbulos atróficos.
- A orquidopexia reduz o risco de câncer e de esterilidade.
FATORES DE RISCO
As causas da criptorquidia ainda são desconhecidas. A doença é provavelmente uma combinação de fatores genéticos, ambientais, anatômicos, hormonais e de saúde materna
Apesar das causas ainda não estarem totalmente elucidadas, os principais fatores de risco já são bem conhecidos. Os mais importantes são:
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Malformações do feto, como defeitos do tubo neural, defeitos da parede abdominal, paralisia cerebral ou alterações genéticas que provocam redução da produção de testosterona.
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FISIOPATOLOGIA
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Fase 1-
Transabdominal, subst. Inib. Mullleriana, testículo situado no abdome borda pélvica
Fase 2-
Inguinoescrotal- dependente de andróginos do peptideo relacionado ao gene da calcitonina a partir do nervo genitofemoral
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TRATAMENTO
O tratamento do criptorquismo tem como objetivo o posicionamento intra-escrotal do testículo com o intuito de minimizar o trauma, reduzir o risco de torção, facilitar a palpação gonadal, garantindo uma melhor observação clínica ao longo prazo, bem como tentar minimizar os riscos de insuficiência testicular e de desenvolvimento neoplásico.
Tratamento precoce, clínico-hormonal ou cirúrgico, realizado por urologista ou cirurgião pediátrico, não acrescenta nenhum fator de risco adicional. Existem algumas evidências iniciais de que a correção mais precoce possa reduzir o risco de neoplasias nos testículos criptorquídicos.
A migração testicular pós-natal espontânea ocorre geralmente nos primeiros 3 meses de vida e raramente após os 6-9 meses. Portanto, o presente estágio do conhecimento na área sugere que a época ideal para o tratamento hormonal seja entre os 9 e 12 meses, e em sua falha torna-se necessária a correção cirúrgica, que deve ser realizada próximo aos 12 meses de idade.
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Tipo de criptorquismo
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Os testículos retidos, que representam a maior parte dos testículos criptorquídicos, devem ser tratados primariamente com hCG, desde que não haja associação com hérnia inguinal, cisto de cordão, hidrocele ou varicocele.
Também serão tratados com hCG os testículos retráteis com alto grau de retratilidade ou com sinais de redução de volume testicular e hipoplasia escrotal.
Testículos retidos que não respondam ao tratamento hormonal, bem como todos os testículos ectópicos e os testículos não-palpáveis terão sempre indicação cirúrgica para sua correção.
Tratamento hormonal:
hCG - A dose atualmente indicada é de 50UI/Kg/dia, via IM, uma vez por semana, com duração total de 6 semanas. É eficaz em 70 a 80% dos pacientes com testículos retráteis. Nos pacientes com testículos retidos, a eficácia do tratamento varia de 10 a 25% de acordo com a faixa etária.
O hCG utilizado é um hormônio proteíco, produzido pela placenta, com grande homologia com a molécula do LH hipofisário. É classicamente extraído da urina de mulheres grávidas e age estimulando as células de Leydig do interstício testicular a produzir testosterona. É apresentada comercialmente sob a forma liofilizada, devendo ser diluído em solução fisiológica para a aplicação IM. Após reconstituição, a solução permanece estável por 4 semanas desde que mantida a 4°C e em condições estéreis. Apresenta meia vida plasmática de aproximadamente 3 dias e ação biológica de 5 a 7 dias.
As principais contra-indicações do tratamento hormonal são a hérnia inguinal, cisto de cordão, hidrocele e varicocele, devido ao risco de compressão do funículo espermático e isquemia testicular.
Resposta parcial ao tratamento hormonal pode ser observada e tais pacientes podem receber um segundo ciclo hormonal após 4 a 6 meses. O segundo ciclo hormonal induz uma resposta satisfatória em 60% dos testículos inicialmente retráteis, enquanto raramente os testículos inicialmente retidos apresentam resposta adequada.
Tratamento Cirurgico
A videolaparoscopia é realizada através de um corte na região do umbigo. Por ele, o médico cirurgião pediátrico insere uma pequena câmera de vídeo e pode avaliar onde e como está o testículo não descido
A cirurgia para tratar testículos não descidos deve se feita antes dos 2 anos. Na maioria dos casos, é realizada entre 6 e 12 meses de idade. pois há uma chance da descida espontânea do testículo para a bolsa testicular, sem ser realizado nenhum tipo de tratamento
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