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1 Ano - Capítulo 6 -
O ser humano como ser de várias facetas
Pascal: entre o finito e o infinito
Principal obra: Pensamentos (1.669)
De acordo com Pascal, o ser humano é um ser mediano, uma vez que está entre dois pólos..
Um dimensão de anjo e uma dimensão de besta (animal)
Ex: conhecimento em excesso e escasso.
Ex: Excesso de movimento contra excesso de repouso.
A busca é pelo equilíbrio, porém ele é instável.
A condição mediana é resultado da luta constante entre os contrários.
A conclusão de Pascal é que o ser humano é, ao mesmo tempo, um ser grandioso e miserável.
[...] A natureza humana é depositária do verdadeiro e cloaca de incertezas e erro, glória e desperdício do Universo. [...]
O ser humano é fruto de um paradoxo, uma vez que não encontra repouso em nenhuma das dimensões.
Parte inteligível, como pensava Platão.
Parte corporal, dimensão dos prazeres e diversão.
Tanto uma situação como outra tiram o ser humano de seu centro.
Esse contexto só poderia ser amenizado, segundo Pascal, com a crença verdadeira no
"Deus de Abraão, de Isaac e de Jacó"
.
Em Pascal se encontra também o conceito de
espírito
, que é a disposição para adquirir e apreciar o conhecimento.
Espírito de
finesse
: Inclinação para captar a verdade por meio da intuição, sem necessidade do uso da razão.
Espírito de
geometria
: inclinação para exigir, por meio da razão, evidência absoluta em todo tipo de conhecimento.
Porém, ambos os espíritos se insere no
conhecimento do coração
.
Faculdade por meio da qual se apreende verdades eternas. Aquilo que resulta da razão universal e a fé pessoal.
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Pico della Mirandola: a dignidade do ser humano
É um pensador símbolo do renascimento.
Sua obra lança uma nova perspectiva sobre o ser humano;
Segundo Mirandola, a humanidade possui um lugar especial no universo, pois seria dotado de uma
dignidade
única.
Essa dignidade reside no fato do ser humano poder definir seu próprio destino.
Por meio de sua liberdade, o homem pode tentar atingir o conhecimento da natureza material e a elevação até a realidade de Deus, que é fonte de sua felicidade.
A dignidade sob essa concepção, o faz ser até mesmo amais especial que os anjos.
Os anjos possuem sua essência imutável.
A natureza do homem está sob o seu arbítrio, podendo ou não desenvolve-la.
Difere dos anjos e dos animais. Possui uma natureza em aberto, dependendo de suas escolhas.
A posição intermediária possibilita escolher seu destino.
Sua essência pode ser definida por seu arbítrio, ou seja, sua liberdade.
Deus teria estabelecido os caminhos que o homem pode seguir.
Obra: Discurso sobre a dignidade do homem.
Max Scheler: o ser humano como espírito
Compreende o ser humano como essencialmente espírito.
O conceito de espírito é uma síntese entre essas duas esferas.
O espírito é o que está por trás das manifestações psíquicas e também do corpo, mas não está separado de nenhum deles.
Então o homem é um entrelaçamento entre espírito, manifestações psíquicas e corpo.
Trialismo: espírito, parte inteligível e corpo.
Três aspectos distintos de um mesmo ser que se interpenetram.
O espírito é o que forma o ser humano, sendo a composição dos três aspectos.
Nele circulam características materiais e imateriais.
O espírito é o centro da personalidade.
É um conceito que parte da ideia de personalidade.
O ser humano não seria nem apenas corpo, nem apenas transcendência imaterial.
Ernst Cassirer: o ser humano como animal simbólico
Procurou ampliar a compreensão do ser humano e também a ideia segundo a qual o homem é um animal racional.
1 - O filósofo considera que a definição de "animal racional" não consegue abarcar toda a dimensão humana.
2 - Para ele, a definição de animal racional está ao lado da parte emocional.
Com sua linguagem.
Sua lógica científica.
Com sua imaginação poética.
Levando em conta cada uma dessas dimensões,
Cassirer
considera que o que há em comum entre elas é a
capacidade de gerar símbolos.
Assim, o ser humano não seria um animal racional, mas sim um
animal simbólico
.
A cultura humana e todo o seu conjunto (ciência, arte, religião, ética, política, etc) formam um conjunto de símbolos..
Mas o que é símbolo?
É aquilo que consegue representar, substituir ou sugerir algo, por meio, geralmente, de uma analogia.
Para Cassirer, existem três sistemas simbólicos fundamentais e cada um deles por uma função.
O mito, cuja função é expressar;
A linguagem comum, cuja função é intuir e representar;
As ciências, cuja função é dar sentido.
Cada uma dessas funções pode ser considerada um símbolo.
O símbolo é o meio pelo qual o ser humano consegue compreender a totalidade dos fenômenos e de seus sentidos.
Portanto, ser um animal simbólico é a maneira com que ele se relaciona com o mundo.
Buscando e elucidando sentidos.
Para Cassirer não é possível ao homem viver sem estar envolvido com os sentidos das coisas.
Esse relacionamento com o mundo por meio dos sentidos proporcionados pelos símbolos seria o que caracteriza a essência do ser humano.