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Animais peçonhentos - Coggle Diagram
Animais peçonhentos
Escorpiões
1988 - Implantação da notificação dos acidentes escorpiônicos Brasil
Coeficiente de incidência de aproximadamente três casos/100.000 habitantes.
Maior numero de casos Minas Gerais ,São Paulo e Bahia responsáveis por 50% do total
Principais agentes / gênero Tityus
T. stigmurus (escorpião-do-
-Nordeste)
Mais comum no nordeste
T. serrulatus (escorpião amarelo)
Acidentes de maior gravidade
Reprodução por partenogênese/ alta proliferação (femea gera sozinha uma pop)
Distribuído da Bahia ate o Para com adaptação ao meio urbano
T. bahiensis (escorpião marrom)
Região Sul e nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Goiás
Maioria dos casos nos
meses quentes e chuvosos (outubro a marco)
Picadas atingem predominantemente os membros superiores, 65% das quais acometendo mão e antebraço (maioria crianças)
Na Amazônia ainda se encontra o
T. cambridgei e o T. metuendus.
Ambiente propicio/ facilitadores disseminação
Lixo, entulho, pilhas de tijolos e telhas, sujeira
Alimentação farta (baratas e outros insetos)
Umidade
Falta de competidores e de
predadores, como macacos, quatis, seriemas, sapos e rãs
Ação veneno
1.Inoculação do veneno bruto ou de algumas frações
purificadas ocasiona dor local
2.Ligação da toxina (Ts1,Ts2, Ts3 , Ts5) em canais de Na+ pós-ganglionares
3.Despolarização das membranas por influxo do sódio
4.Liberação de catecolaminas e acetilcolina.
Adrenalina e a noradrenalina
Aumento PA ,
arritmias cardíacas, vasoconstrição periférica e, eventualmente, insuficiência cardíaca, edema pulmonar agudo e choque.
Acetilcolina
Aumento das secreções lacrimal, nasal, salivar, brônquica, sudorípara e gástrica, tremores, espasmos musculares, mioses e redução da frequência cardíaca.
associado a Histamina = aumentando o volume gástrico, a secreção de pepsina e a produção de ácidos com a consequente redução no pH gástrico
Outras toxinas se ligam em canais de K+ pos ganglionares, impedindo retorno desse para celula
Toxina Ts4 - produz reação alérgica, lacrimejamento e liberação dose-dependente de GABA e ácido glutâmico.
Peptídeo Ts10 (ou peptídeo T) inibe a hidrólise da bradicinina pela enzima conversora da angiotensina e a conversão da angiotensina I em angiotensina II pela cinase II tecidual
Hipotensinas 1, 2, 3 e 4 potencializam os efeitos hipotensores da bradicinina e induzem a vasodilatação
A ativação dos receptores NK1 em mastócitos resulta em liberação de mediadores do processo inflamatório (PAF ,interleucinas e leucotrienos) e contração musculatura lisa intestinal
Responsáveis por edema pulmonar (aumento da permeabilidade capilar pulmonar)- alterações hemodinâmicas produzidas pela hipertensão
Rápida absorção e distribuição / excreção lenta
Quadro clinico
Cardio
Arritmias cardíacas, hipertensão ou hipotensão arterial, insuficiência cardíaca congestiva
e choque
Resp
Taquipnéia, dispnéia e edema pulmonar agudo.
Digestivas
Náuseas, vômitos, sialorréia e, mais raramente, dor abdominal e diarréia
Neuro
Agitação, sonolência, confusão mental, hipertonia e tremores
Gerais
Hipo ou hipertermia e sudorese profusa
Gravidade depende de:
Espécie e tamanho do escorpião, a quantidade de veneno inoculado, a massa corporal do acidentado,idade da vítima, jovens e idosos são mais sensíveis, e a sensibilidade do paciente ao veneno / tempo entre picada e o soro
Tratamento/ Grau
Foto
Alivio da dor com lidocaína ou dipirona
Soro antiescorpiônico (SAEsc)
Diagnostico
Clinico + epidemiológico
Exames complementares (Eletro, Radio torax, ecocardiograma, bioquimicos)
Diferencial por aranha-armadeira
Envenenamento é causado pela inoculação de toxinas, por intermédio do aparelho inoculador
(ferrão)
de escorpiões
Aranha
Possuem hábito noturno
Pequeno porte, animais carnívoros, alimentando-se principalmente de insetos, como grilos e baratas
Corpo dividido em cefalotórax e abdome. No cefalotórax articulam-se os quatro pares de pernas, um par de pedipalpos e um par de quelíceras. Nas quelíceras estão os ferrões utilizados para inoculação do veneno
Envenenamento causado pela inoculação de toxinas, por intermédio do aparelho inoculador (
quelíceras)
de aranhas
Principais agentes
Phoneutria (aranha-armadeira,aranha-macaca, aranha-da-banana)
Não constroem teia geométrica e são de hábito
predominantemente noturno.
Acidentes = dentro das residências,
ao se calçar sapatos e botas ou manusear materiais de construção, entulho ou lenha.
Maior frequência janeiro a maio
Região Sul do país concentra a maioria das notificações.
Foneutrismo
Quadro clinico
Locais
Dor irradiada e de início imediato
Edema e sudorese no local e parestesia ao longo do membro.
Sistêmicas
Taquicardia, hipertensão arterial, agitação psicomotora e vômitos
Associado ao local
Criança/ grave: sudorese profusa, sialorreia, priapismo, hipotensão, choque e edema pulmonar
agudo
Tratamento -
Soro antiaracnídico
Modereado = 2 a 4 amp
dor local intensa, sudorese, vômitos ocasionais, agitação
psicomotora, hipertensão arterial
Grave= 5 a 10 amp
sudorese profusa, sialorreia, vômitos profusos, priapismo, choque, edema pulmonar agudo
Leve = sem amp
dor local, edema, eritema, sudorese, piloereção
Dor deve ser tratada com infiltração anestésica sem vasoconstritor
Defesa: apoiam-se nas pernas traseiras, erguem as dianteiras e os palpos, abrem as quelíceras, tomando bem visíveis
os ferrões, e procuram picar
Ação veneno
Ação sobre canais de Na+
despolarização de membrana
entrada de cálcio e glutamato e a liberação de outros neuotransmissores (acetilcolina)
Similar ao do escorpião/ por isso diagnostico diferencial
Alterações parassimpáticas e simpáticas
peptídeos do veneno
Induzem tanto a contração da musculatura lisa vascular quanto o aumento da permeabilidade vascular (edema) por ativação do sistema calicreína-cininas e de óxido nítrico
Loxosceles (aranha-marrom)
Constroem teias irregulares em fendas de barrancos, sob cascas de árvores, telhas e tijolos, atrás de quadros e móveis e em vestimentas
Não agressivas, picam quando comprimidas
Loxoscelismo
Quadro clinico
Locais
Picada pouco dolorosa / após horas: dor, eritema e edema na região da picada; equimose central e áreas de palidez
Pode evoluir para: bolhas com conteúdo sero-hemorrágico; área endurecida à palpação e/ou necrose
Sistêmicas
Queixas inespecíficas (mal-estar, cefaleia, febre, exantema).
Hemólise intravascular (cutâneo-visceral)
Complicação: insuficiência renal aguda.
Maior frequência nos meses de outubro a março,
Tratamento
Soro antiaracnídico ou Soro antiloxoscélico
Leve = sem amp
Aranha identificada, lesão incaracterística, ausência de
comprometimento sistêmico
Moderado= 5 amp
Independentemente da identificação do agente, lesão sugestiva ou característica, manifestações sistêmicas inespecíficas(exantema, febre), ausência de hemólise
Grave = 10 amp
Lesão característica, manifestações clínicas e/ou evidências
laboratoriais de hemólise intravascular
Corticoterapia, Dapsone (DDS)
40% dos acidentes humanos no Brasil
Ação veneno
Enzima esfingomielinase-D
ação direta ou indireta, atua sobre os constituintes das membranas das células, principalmente do endotélio vascular
e hemácias.
são ativadas as cascatas do sistema complemento, da coagulação e das plaquetas,
desencadeando intenso processo inflamatório no local da picada
Lesões dermonecróticas, hemólise e
agregação plaquetária e leucocitária
Metaloproteases
Apresentam atividade fibrinogenolítica e gelatinolítica
Distúrbios hemostáticos = quadros hemorrágicos ou trombóticos.
Hialuronidase
Catalisa a hidrólise do tecido conjuntivo e a degradação do ácido hialurônico,
Facilitando a penetração dos componentes do veneno em vários compartimentos celulares e teciduais e contribuindo para o espalhamento gravitacional da lesão
Latrodectus (viúva-negra)
Constroem teias irregulares entre vegetações arbustivas e gramíneas,podendo apresentar hábitos domiciliares e peridomiciliares
Causadoras de acidentes quando comprimidas contra o corpo
Os estados de Minas Gerais, São Paulo, Bahia e Pernambuco maior numero de notificações
Baixa incidência / femeas que causam acidentes
Latrodectismo
Quadro clinico
Locais
Dor local de pequena intensidade, que evolui com sensação de queimação;
Pápula eritematosa e sudorese localizada
Sistêmicas
alterações motoras (tremores, dor com rigidez abdm, contração musc inter)
fácies latrodectísmica (contratura facial e
trismo dos masseteres)
Tratamento
Sintomático e de suporte
Antissepsia local
Gelo
Benzodiazepínicos do tipo Diazepan
Analgésicos
Obs: 24h
Gluconato de cálcio 10%:
Clorpromazina
Ação veneno
Alpha-latrotoxina
Atua sobre terminações nervosas
sensitivas provocando quadro doloroso no local da picada.
Ação sobre o sistema nervoso autônomo, leva à liberação
de neurotransmissores adrenérgicos e colinérgicos - efeitos simpáticos e parassimpáticos
Na junção neuromuscular pré-sináptica, altera a permeabilidade
aos íons sódio e potássio (tremedeira)
Tratamento geral fora soro
Analgésicos
Antisséptico local e limpeza periódica
Antibiótico quando risco infecção
Diagnostico
Clínico-epidemiológico,
Ofídicos
Características gerais
Envenenamento causado pela inoculação de toxinas
Por intermédio das
presas
de serpentes (aparelho inoculador)
Pode determinar alterações locais (na região da picada) e sistêmicas.
Agentes causais
Botrópico
Habitat: zonas rurais e periferias de grandes cidades
Preferem ambientes úmidos como matas e áreas cultivadas e locais onde haja facilidade para proliferação de roedores
Hábitos predominantemente noturnos ou crepusculares.
Apresenta comportamento agressivo quando
se sentem ameaçadas, desferindo botes sem produzir ruídos.
Elapídico
Falsas-corais
Serpentes não peçonhentas com o mesmo padrão de coloração das corais verdadeiras
Desprovidas de dentes inoculadores
FamÌlia Colubridae
cobra-cipó ou cobra-verde (Philodryas) e muçurana ou cobra-preta (Clelia).
Possuem dentes inoculadores na porção posterior da boca e não apresentam fosseta loreal. Para injetar o veneno,
mordem e se prendem ao loca
Tratamentos gerais
Manter elevado e estendido o segmento picado;
Analgésicos para alívio da dor;
Soroterapia
Hidratação
Antibioticoterapia: o uso de antibióticos deverá ser indicado quando houver evidência de infecção
Epidemio
No período entre 2010 a 2018 foram registrados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) 149.470 acidentes por animais peçonhentos na Bahia,