No século XIX, a pintura de temas históricos já era considerada um gênero definitivo, porém Goya soube alterar o modo de retratar o conteúdo histórico, dando-lhe um caráter mais geral. Por exemplo sua obra Os fuzilamentos de 3 de maio, que representa o fuzilamento de 3 de maio de 1808, por soldados franceses, de cidadãos espanhóis contrários à ocupação de seu país pelo imperador Napoleão I. O fuzilamento em 3 de maio de 1808 é, então, um pretexto para Goya expressar as lutas da liberdade contra a tirania. Nas palavras de Lionello Venturi, “a pintura de Goya é um símbolo eterno da revolta popular contra a opressão”.