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ESPONDILOARTRITES - Coggle Diagram
ESPONDILOARTRITES
CASO
Identificação
Miguel, 34 anos, motorista de ônibus urbano, casado, natural e procedente de Fortaleza
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HDA
Lombalgia há 6 meses
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Piora em repouso (ao sentar, ao acordar)
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Relata dor forte ao pisar do chão, e dores esporádicas na articulação do joelho e esternoclaviculares
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Hábitos e vícios
Vida sexual ativa, parceira única com uso de preservativo.
Antigamente fazia futebol americano, no entanto parou devido à lombalgia.
Alimentação inadequada, hipercalórica com frituras e excessos
Exame físico
- 1,64cm 68 kg IMC: sobrepeso, PA: 130x80
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- Expansibilidade torácica: normal
Neurológico
- dor e limitação de movimento à mobilização da coluna lombar
- Discreta retificação da lordose lombar fisiológica
- Dor a palpação de calcâneo direito
- Dor a palpação na região pré-tibial bilateral
- Manobra de Lasegue: negativo
- Força em MMII grau v, reflexos preservados sem alteração de sensibilidade.
- Marcha atípica e consegue
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Exames complementares
- HB: 13, HT: 40%, LEUCO: 8.500 DIFERENCIAL NORMAL, PLAQUETAS: 350.000,
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- Radiografia do calcâneo: presença de esporão.
- Radiografia lombossacra: Normal
- RM: foco hiperintenso indicando osteíte na articulação sacroilíaca esquerda, apresentando um edema ósseo, com inflamação.
- Descartar TB latente antes do tratamento :arrow_right: PPD e radiografia de tórax
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CONCEITO
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Acometimento tanto do esqueleto axial (articulações sacroilíacas e/ou coluna vertebral) quanto periférico (preferencialmente oligoarticular, assimétrico, de grandes articulações, em especial de MMII
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ETIOPATOGENIA
Fatores genéticos
HLA-B27
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Está presente na maioria dos pacientes com EpA, porém apenas 5% dos indivíduos positivos desenvolvem EpA
Ele apresenta antígenos específicos (peptídeos microbianos), ativando linfócitos T CD8+, causando reação cruzada com antígenos próprios
Outras associações
Genes relacionados à via da interleucina 23 (IL-23) e ao seu receptor (IL-23R), ao processamento de antígenos, à diferenciação e à ativação de células imunes (IL-7R) e ao reconhecimento de patógenos no trato gastrintestinal
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As EpA têm natureza mais autoinflamatória (inflamação desregulada por fatores locais)
do que autoimune
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Microbiota
Disbiose intestinal → Predomínio de espécies na microbiota intestinal cuja modulação do sistema imune do hospedeiro direcione para inflamação local → Aumento da permeabilidade da barreira intestinal → Translocação e acesso ao sistema imune central de bactérias e seus subprodutos → Inflamação tecidual.
Resumindo
Fatores ambientais, como estresse mecânico sobre as ênteses e a disbiose intestinal, em pessoas geneticamente predispostas (HLA-B27 e outros), levariam a uma inflamação mediada sobretudo pela imunidade inata, sem a devida regulação fisiológica, capaz de explicar os sintomas e as alterações observadas.
ESPONDILITE ANQUILOSANTE
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Exame fisico
Teste de Schober
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Com o paciente em pé, marca-se um ponto na altura da 5a vértebra lombar e outro 10 cm acima. Solicita-se que o paciente faça uma flexão da coluna
Normal → as duas marcas devem ficar a 15 cm ou mais de distância (aumento de 5 cm ou mais em relação à posição ereta). → Aumentos inferiores indicam comprometimento da coluna lombar.
Teste de Patrick-Fabere
O examinador deve posicionar o quadril do paciente em flexão, abdução e rotação externa. Posteriormente deve realizar uma compressão na face medial do joelho
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Teste occipito-parede
O paciente, quando em posição ortostática e com pés juntos, não conseguem encostar a região occipital na parede → Indica acometimento da coluna cervical.
Inspeção estática
Pode haver retificação da lordose lombar, aumento da cifose torácica e retificação da lordose cervical com projeção da cabeça para frente.
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Exames complementares
Laboratoriais
Hemograma
anemia normo normo, leucitose leve
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De imagem
Radiografia
De sacroilíacas
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Borramento dos contornos articulares, esclerose óssea subcondral, erosões subcondrais irregulares
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TC
para ddx de fraturas, tumores ósseos e infecções.
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Tratamento
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Farmacológico
AINES
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Se falha com 1 mês, substituir AINE
Imunobiológicos
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Indicado em caso de doença ativa e grave, além de falha terapêutica com uso de AINE ou, no caso de artrite periférica, com falha com sulfassalazina ou metotrexato.
Exemplos
Adalimumabe → 40 mg, SC, duas vezes/mês
Certolizumabe pegol → Dose de indução de 400 mg (duas aplicações de 200 mg nas semanas 0, 2 e 4). Após, 200 mg a cada duas semanas ou 400 mg a cada quatro semanas
Etanercepte → 50 mg, SC, 4x/mês
Golimumabe → 50 mg, SC, 1x/mês
Infliximabe → 5 mg/kg, IV, nas semanas 0,2 e 6 e, depois, a cada 2 meses.
Antes de iniciar, deves-se sempre descartar
TB latente
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TTO: Isoniazida, 270 doses por 6 ou 9 meses
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Acometimento periférico:
1a linha: AINES → Se resposta inadequada a dois AINES diferentes ao longo de 3 meses → Sulfassalazina ou Metotrexato → Se resposta inadequada → Anti-TNF.
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ARTRITE REATIVA
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Manifestações clínicas
Sintomas gerais
febre, mal-estar, hiporexia, emagrecimento e febrícula
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Geniturinárias
Uretrite
queimação ou ardor ao urinar, e secreção mucóide discreta
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Oftalmológicas
Conjuntivite
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hiperemia de conjuntiva bulbar, dor em queimação e lacrimejamento
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Tratamento
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Glicocorticóides
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dose de 5 a 15 mg/dia VO, associado aos AINES
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ARTRITE ENTEROPÁTICA
Manifestações clínicas
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Extra-articulares
uveíte anterior, bilateral e com tendência à cronicidade
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Tratamento
AINE
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em dose mínima necessária, por períodos curtos
DMCD
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Em casos mais graves, refratários ou com intolerância: Anti-TNF
ARTRITE PSORIÁSICA
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Manifestações clínicas
Articulares
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Artrite distal
Acomete interfalangianas distais, associada à envolvimento das unhas pela psoríase
Artrite mutilante
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Poliartrite periférica destrutiva, que se acompanha de destruições ósseas que levam à reabsorção de falanges, e à anquilose óssea, com consequente aparecimento de deformidades
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Espondilite psoriásica
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Inicialmente, costuma ser uni ou bilateral
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Cutâneas
Lesões cutâneas
placas eritematosas, descamativas, bem delimitadas e às vezes pruriginosas
localizam-se na face extensora dos membros, no tronco, nas nádegas e no couro cabeludo
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Alterações radiológicas
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Artrite periférica mutilante, mostrando osteólise e anquilose; assimetria; destruição grosseira de pequenas articulações e proliferação periosteal;
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Tratamento
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Artrite periférica
Forma leve (oligoartrite, sem dano estrutural)
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Forma moderada (poliartrite, sem erosões ou limitação funcional) ou resistentes à AINES
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Doença axial
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Forma moderada (lombalgia signitivativa , rigidez prolongada ou limitação funcional)
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