CÂNCER DE PULMÃO
Classificação Histológica
Fisiopatologia
Achados Radiológicos
Marcadores Tumorais
Manifestações Clínicas
Definição
Relação com Tabagismo
Diagnóstico
Fatores de Risco
Carcinogênese
Detecção Precoce
Exames Clínicos
Exames Laboratoriais
Exames Radiológicos
Pessoas com sinais e sintomas sugestivos
Assintomáticos pertencentes ao grupo de risco
Avaliações de Rotina = Check-up
OBS: Não há evidência científica de que o rastreamento/ screening do câncer de pulmão na população geral traga mais benefícios do que riscos e, portanto, até o momento, ele não é recomendado.
RX de Tórax
TC de Tórax
Broncoscopia
Biópsia Pulmonar
Estadiamento
Brônquica
Transtorácica
Citologia do Escarro
biópsia pulmonar guiada por tomografia
biópsia por broncoscopia
TC de tórax
ressonância nuclear
PET-CT
cintilografia óssea
mediastinoscopia
ecobroncoscopia
É indicado em indivíduos assintomáticos que apresentem todas as características:
Idade entre 55 - 80 anos
Carga Tabágica > 30maços/ano
Tabagismo atual ou interrupção nos últimos 15 anos
Boa Saúde Geral
TC helicoidal com baixa dose de radiação
Exame rápido com o paciente prendendo o ar após uma inspiração profunda máxima.
Define melhor as características anatômicas da lesão e permite a análise detalhada do mediastino e das suprarrenais.
= Endoscopia Pulmonar
Toracotomia = céu aberto
ANUAL
Confirmação histopatológica
60-70% de sensibilidade e uma vez positiva confirma o diagnóstico
Avaliação de tecido da lesão pulmonar, sendo mais sensível em nódulo central
guiada por TC, + sensível para nódulos periféricos
Guiada por Videotoracoscopia
Citologia do Líquido Pleura
Biópsia Pleural
Marcadores Tumorais
Ressonância Magnética
Ecografia/ Ultrassonografia
Tratamento
Importância para o tratamento e prognóstico
O estadiamento do CA de Pulmão baseia-se nos critérios anatômicos do sistema de TNM (Tumor com invasão local potencialmente ressecável / invasão não ressecável)
Estadiamento Clínico = Exame Físico + Exames de Imagem + Biópsia Inicial
Estadiamento Patológico ou Cirúrgico = Procedimento cirúrgico e/ou biópsias adicionais
Avalia o estágio de evolução, ou seja, se a doença está restrita ao pulmão ou disseminada para outros órgãos.
- O tabaco contém cerca de 60 substâncias cancerígenas. A grande maioria pertence a 3 grupos:
1) hidrocarbonetos aromáticos policíclicos
2) aminas aromáticas
3) nitrosaminas (relacionadas com a nicotina).
- A nicotina NÃO é uma substância que causa diretamente o câncer.
- A nicotina participa da carcinogênese por atuar como intermediária de macromoléculas pela sua nitrosação resultando em nitrosaminas (cancerígenas) específicas do tabaco.
- Tipos de Nitrosaminas
OBS: nicotina possui propriedade de angiogênese (formação de novos vasos), que favorece a proliferação das células cancerosas.
1) NNK2 – 4-(metilnitrosamina)-1-(3-piridil)-1-butanona
2) NNN – N'-nitrosonornicotina
3) NAB – N’-nitrosoanabasina
4) NAT – N’-nitrosoanabatina
- As nitrosaminas NNK2 e NNN encontram-se em maior proporção na fumaça ao redor da ponta do cigarro, o que contribui com a poluição da atmosfera ambiental e constituem importantes agentes cancerígenos para os fumantes passivos.
Possui maior potencial cancerígeno
- As nitrosaminas também podem ser formadas pela nitrosação da cotinina.
- A propriedade angiogênica da nicotina favorece o desenvolvimento do câncer por meio da proliferação e amplificação da rede de vasos para nutrir as células cancerosas.
- O gene CYP2A6 tem a propriedade de ativar as nitrosaminas do tabaco.
- Tabagistas que possuem o gene que consumem muito tabaco têm maior risco de câncer do pulmão; nos casos que o gene está ausente, as pessoas fumam menos, o que reduz o risco de doença.
Curiosidades
- A nicotina é a substância responsável pela expansão de vários tipos de câncer, aumentando o risco em 30%.
- O tabagismo é responsável por apx 90% da mortalidade total do câncer de pulmão.
- Cada tragada de fumaça do cigarro introduz no organismo 4 trilhões de radicais livres.
CARGA TABÁGICA
- Relação de 2 variáveis:
1) Quantidade de cigarros fumados por dia
2) Anos de tabagismo
CÁLCULO
Cigarros/dia X Anos de tabagismo
Curiosidades
- Segundo a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, a DPOC inicia-se a partir de 20 maços/ano, porém é mais encontrada em pacientes com cargas tabágicas iguais ou supeior a 40 maços/ano.
Modificáveis
Não modificáveis
Exposição ao asbesto
Exposição a agentes ocupacionais
Exposição ao radônio
Suplementos dietéticos
Fumante passivo
Arsênico
Tabagismo
Poluição atmosférica
Histórico pessoal ou familiar
Radioterapia dos pulmões
Incertos ou não comprovados
Cigarros eletrônicos
Talco
Maconha
O Câncer de pulmão é um dos tumores malignos mais recorrentes
Possui dois tipos diferentes: o de pequenas células e o de não pequenas células, o tipo mais frequente.
É uma das principais causas de morte entre as neoplasias no Brasil, sendo a principal causa de morte por câncer entre homens e a segunda maior entre as mulheres.
Tumores centrais
Tumores periféricos
Principais tipos histológicos:
Principais achados: nódulo pulmonar solitário, atelectasias, alargamento de hilo pulmonar e mediastino, lesões escavadas com paredes espessas e derrame pleural
Para o adequado planejamento do tratamento, é necessário fazer o diagnóstico histológico e o estadiamento para definir se a doença está localizada no pulmão ou se existem focos em outros órgãos.
Para aqueles com doença localizada no pulmão e nos linfonodos, o tratamento é feito com radioterapia e quimioterapia ao mesmo tempo.
Em pacientes que apresentam metástases a distância, o tratamento é com quimioterapia ou, em casos selecionados, com medicação baseada em terapia-alvo.
Para os pacientes com doença localizada, e, particularmente, sem linfonodo (gânglio) aumentado (íngua) no mediastino (região entre os dois pulmões), o tratamento é cirúrgico, seguido ou não de quimioterapia e/ou radioterapia.
Modalidades de Tratamento:
Cirurgia
Quimioterapia
Radioterapia
Terapia-alvo
As cirurgias para tratamento do câncer de pulmão podem ser:
Lobectomia
Pneumectomia
Segmentectomia e ressecção em cunha
Profilaxia
Nem todos os cânceres de pulmão podem ser evitados, mas existem algumas maneiras de reduzir o risco de contrair a doença, como a modificação da exposição a fatores de risco:
Manter uma dieta saudável
Limitar a exposição a substâncias químicas cancerígenas
Evitar a exposição ao radônio
Não fumar
Carcinoma de Pequenas Células
Carcinoma Espinocelular/ Escamoso/ Epidermoide
O que são?
Genes e proteínas produzidos ou superexpressados pelos tumores
Qual a importância?
ferramentas de diagnóstico e prognóstico
novas modalidades de tratamento
Quais são os marcadores do CA Pulmão?
Adenocarcinoma
Carcinoma de Grandes Células
Detecção precoce e precisa do tumor
Chr A
NSE
CYFRA21.1
NCAM
SCC-Ag
TPA
CEA
CPK-BB
sIL-2R
antígeno carcinoembrionário
1º marcadores tumorais
antígeno polipeptídeo tecidual
antígeno do carcinoma de células escamosas
cromogranina A
nenolase neurônio-específica
enzima catalisadora
molécula de adesão celular neural
creatina fosfoquinase - BB
receptor de interleucina solúvel-2
Carcinoma de células pequenas: possui células pequenas de citoplasma praticamente ausente e núcleo hipercromático
É o mais agressivo dentre as neoplasias pulmonar e considerado o de pior prognostico, pois é inoperável
se associa intimamente com o tabagismo, correspondendo a 20% dos cânceres de pulmão
Carcinoma epidermoide (escamoso ou espinocelular): verifica-se queratinização celular e presença de pontes intercelulares. Sua localização habitual é central
É o tipo mais comum em não fumantes, sendo mais comum em países subdesenvolvidos, pode manifestar-se em exames de imagem na forma de cavitações
Adenocarcinoma: dentre os seus subtipos o carcinoma bronquíolo alveolar é um adenocarcinoma in situ, são mutações dos pneumócitos I que começam a se multiplicar e podem encher os alvéolos
Carcinoma de grandes células: suas células possuem muito citoplasma e os são grandes. Dentre as neoplasias malignas pulmonares corresponde a 10% dos casos
Vigilância Municipal - Tabagismo
03 Grupos funcionantes de Tabagismo Atualmente (207 e 403 Sul // 603 Norte // 1206 Sul)
Programa Nacional de Controle do Tabagismo (PNCT) - em Palmas desde 2002
Portaria MS/GM n° 2.608/05: Incentivo Financeiro para a criação de ambientes mais saudáveis
com o objetivo de combater a epidemia do tabagismo e as doenças relacionadas ao tabaco, motivando os fumantes a deixarem de fumar e aumentando o acesso dos mesmos aos métodos eficazes para tratamento da dependência da nicotina
sessões de grupo semanais (1º mês), quinzenais (2º mês) e mensais (3º mês)
consultas individuais pela equipe, e/ou em grupos de manutenção
CURIOSIDADE
Parceria com a VISA
A: Tomografia computadorizada B: Exame citopatológico do escarro
Tutora Marina
Grupo 2: Adailla; Augusto; Eduardo Filho; Fernanda; Gabryella; Karina; Luciana; Sarah Lima; Sarah Regina; Yazmim Macedo.
É um tumor caracterizado pela quebra dos mecanismos celulares naturais do pulmão, a partir de estímulos carcinogênicos ao longo dos anos, levando ao crescimento desorganizado de células malignas.
Biópsia Pulmonar
O processo de carcinogênese se dá por alterações no material genético, contido em células germinativas ou somáticas, implicando em risco genético potencial para as gerações futuras e risco potencial de câncer para a geração atual.
Os conceitos são:
- Hipertrofia
- Hiperplasia
- Metaplasia
- Neoplasia
Dividido em 3 fases:
- Iniciação
- Promoção
- Proliferação
A maioria dos cânceres de pulmão não provocam quaisquer sintomas até que se disseminam. Os sinais e sintomas mais comuns do câncer de pulmão são:
TOSSE SECA
• Tosse.
• Tosse com expectoração mucosa.
• Tosse com expectoração com sangue.
• Dor no peito.
• Rouquidão.
• Perda de apetite.
• Perda de peso inexplicada.
• Falta de ar.
• Fadiga.
• Infecções de repetição.
Quando a doença já se disseminou para outros órgãos pode provocar:
DOR ÓSSEA
• Alterações no sistema nervoso.
• Icterícia (cor amarelada de mucosas e pele).
• Nódulos próximos à superfície do corpo.
Alguns cânceres de pulmão podem causar um grupo de sintomas muito específicos, que são descritos como síndromes:
• Síndrome de Horner:
Tumores localizados na parte superior dos pulmões (às vezes, chamados Tumores de Pancoast) podem afetar determinados feixes nervosos da face, provocando um conjunto de sintomas, denominados síndrome de Horner, que incluem: queda de uma pálpebra, constrição da pupila e transpiração diminuída do lado afetado da face. Os tumores de Pancoast podem às vezes provocar dor severa do ombro.
• Síndrome da veia cava superior:
A veia cava superior é a veia que leva o sangue da cabeça e braços de volta ao coração, passando ao lado da parte superior do pulmão direito e dos linfonodos no interior do tórax. Tumores nessa área podem pressionar a veia cava superior, fazendo com que o sangue retorne para as veias.
Isso pode provocar inchaço na face, pescoço, braços e parte superior do tórax, além de dores de cabeça, tontura, e alteração da consciência se afetar o cérebro. Embora a síndrome da veia cava superior possa se desenvolver gradualmente ao longo do tempo, em alguns casos pode tornar-se um risco à vida, e deve ser tratada imediatamente.
Expressão aumentada de CEA reflete:
recorrência
aparecimento de metástases
crescimento do tumor
Marcador ouro para:
adenocarcinomas
carcinomas de células não pequenas
CEA ligado ao receptor do fator de crescimento epidérmico (EGFR)
Mutações no EGFR = aumentam CEO
Marcador para:
diagnóstico e na monitorização terapêutica para:
carcinoma pulmonar de pequenas células
Níveis elevados desse marcador têm valor prognóstico desfavorável
Hormônios peptídeos mitógenos (fatores de crescimento)
células neoplásicas comumente produzem hormônios peptídeos
hepatócito (HGF)
epidérmico (EGF)
endotelial vascular (VEGF)
transformador beta (TGF-β)
Mediador de angiogênese, da motilidade celular e da invasão tumoral, além de estimular o crescimento de células epiteliais
carcinoma pulmonar de células não pequenas
carcinoma pulmonar de células não pequenas
produzido por células malignas
retroalimentando o sistema + neovascularização do tumor
seu aumento relaciona-se à resistência à quimioterapia
Expresso em: neoplasias pulmonares metastáticas
Citocina inflamatória
que regula
Proliferação celular, Diferenciação e a Produção de matriz extracelular
No CA:
Papel na progressão do carcinoma de células não pequenas
Preditor independente de sobrevida no adenocarcinoma
Progressão + Agressividade neoplásica + Mau prognóstico
Quanto maior a expressão de TGF-β1, mais avançada está a doença
Dano epitelial por diversos fatores principalmente tabaco e outras drogas
As possíveis alterações afetam
é um antígeno
formado por um fragmento da citoqueratina 19 (proteínas epiteliais) presente no soro
No pulmão dosagem normal:
0,25 a 3,3ng/mL
Vantagens:
permite diferenciar doenças benignas de doenças malignas do pulmão
altamente sensível para carcinoma de células escamosas
Principais marcadores para o diagnóstico de câncer de pulmão
Ptose palpebral em paciente com Síndrome de Horner
é um dos marcadores tumorais mais sensíveis.
Carcinoma de grandes células
O cigarro e outros carcinógenos promovem alterações sequenciais genéticas e epigenéticas que resultam na perda do controle normal dos mecanismos de crescimento celular
Inibição do controle de crescimento
Crescimento anormal das células
Inativação dos genes supressores
São os "genes"do câncer, nos quais a perda da função por mutação remove a inibição do controle de crescimento celular
Superexpressão de oncogenes
São homólogos aos genes celulares normais e, quando sofrem mutação, resultam na ativação e ganho de função
Radioterapia
Quimioterapia
Síndrome da veia cava superior