Please enable JavaScript.
Coggle requires JavaScript to display documents.
ABDOME AGUDO INFLAMATÓRIO - Coggle Diagram
ABDOME AGUDO INFLAMATÓRIO
DIAGNÓSTICO DO PACIENTE
APENDICITE AGUDA
FISIOPATOLOGIA
Obstrução (> fecalito)
Outros: fezes normais, agentes infecciosos ou hiperplasia linfoide, cálculos)
Formação de muco
Multiplicação bacteriana (Bacteroides fragilis e Escherichia coli.)
Distenção
anorexia reflexiva, náuseas e vômitos e dor visceral
Aumento da pressão intraluminal
formação de trombos nas pequenas vênulas
e nos vasos capilares
Processo inflamatório se estende a serosa do apêndice e peritônio parietal na região
Dor em QID no ponto de McBurney
Evolução com trombose das arteríolas e isquemia antimesentérica
Infarto, perfuração e migração bacteriana para a cavidade abdominal
FASES
PACIENTE DO CASO CLÍNICO
Anamnese
Paciente 22a, sexo masculino, dor inicialmente periumbilical há 6h e no momento em QID, natureza estável, que piora com a tosse
Exame Físico
Dor abdominal
Anorexia
Náuseas
Febre baixa (38°)
Sinal de Blumberg
Fatores de risco
Exames complementares
Leucocitose 12.000 e Neutrofilos 85%
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
PANCREATITE AGUDA
Jejum, analgesia, hidratação, colecistectomia se etiologia biliar
Litíase biliar 70%, etilismo, hipertrigliceridemia, autoimune, neoplasica, idiopática
Dor importante em abdome superior
Náuseas e vômitos
Sinais de toxemia em casos graves
Sinal de Cullen e Grey Turner se hemorragia retroperitoneal ou peritoneal (raros)
Investigação: amiliase e lipase > 3x valor normal. USG identifica etiologia biliar
TC: avalia prognóstico (pedir preferencialmente após 72h e se caos graves)
ATB se complicações infecciosas (ar em retroperitôneo na TC) e necrosectomia se necrose extensa
Avaliação de gravidade: Critérios de Ranson ou Atlanta
DIVERTICULITE AGUDA
Avaliar necesside de ATB e tratamento cirurgico conforme Hinchey
I (abscesso pericólico)- internação, jejum, hidratação, ATB, antiespasmódicos
II (abscesso pélvico)- falha no tratamento clínico, seguir com drenagem
III (peritonite purulenta)- ressecção cirúrgica ou laparoscópica
IV (peritonite fecal)- cirurgia a Hartamann por laparotomia (ressecção do cólon retossigmóide com fechamento do coto anorretal e formação de uma colostomia final)
Se perfuração: peritonite
Quadro clínico= apendicite do lado E
Inflamação e infecção do divertículo (devido oclusão por fezes ou resíduos alimentares)
Pode haver fístulas: colovesical + comum (pneumatúria e ITU que não respondem ao tratamento clínico)
Investigação: TC padrão-ouro
Contraindicados: Colono e enema opaco (risco de desbloqueio de perfuração e contamanição da cavidade)
COLECISTITE AGUDA
Tratamento: Colecistectomia videolaroscópica (padrão-ouro)+ ATB
Litiasica- 95%
Alitiásica 5-10%- pacientes críticos em UTI, diabeticos, ou após nutrição parenteral
Febre ausente inicialmente
Dor em QSD+ náuseas e võmitos
Sinal de Murphy
Investigação: Bilirrubinas, FA, GGT + USG abdominal (espessamento da parede, líquido ou ar perivesicular, cálculos)
História de dor/cólicas anteriores
OUTROS
Adenite Mesentérica Aguda
crianças com história de IVAS
dor abdominal difusa, sensilidade não localizada
não há rigidez
pode haver linfadenopatia generalizada
DIP
mulher entre 20-40a
sensibilidade em abdome inferior
secreção cervical purulenta
Gravidez ectópica
ausencia de mentruação
dor em QID ou pélvica
algum grau de SUA
dor à mobilização do colo
BHCG elevado
Cálculo ureteral D
dor em cólica, intensa
dor referida em grandes lábios, escroto ou pênis
hematúria
Intussuscepção
crianças <2a
criança calma entre os episódios de cólica
massa palpável em QID (formato de salsicha)
Diverticulite de Meckel
remanescente congênito do ducto onfalomesentérico
Geralmente assintomática
quadro clínico semelhante à apendicite
Gastroenterite
diarreia aquosa profusa, náuseas e vomitos
cólicas precedem a diarreia
não há sinais de localização
se causada por Salmonella typhi (febre tifoide), pode haver dor localizada e descompressão dolorosa por perfuração. Exantema maculopapular, bradicardia e leucopenia estão presentes
Úlcera perfurada
dor abrupta, intensa, em QID
pneumoperitôneo no RX
PTS DO PACIENTE
Medidas de suporte: Hidratação e antibiocoterapia
Diagnóstico clínico, imagem em caso de dúvida diagnóstica
Apendicectomia- tratamento definitivo
Analgesia
COMPLICAÇÕES
Sepse/choque
Peritonite generalizada
Decorre da perfuração
febre alta, dor abdominal difusa, sensibilidade generalizada e
ausência de ruídos hidroaéreos
Abscesso
Progressão da doença após a perfuração
Massa dolorosa em QID, febre oscilante e leucocitose
USG ou TC mostrará o abscesso.
Perfuração
Depois de mais de 12h de inflamação
Atraso diagnóstico
Dor mais intensa
Febre alta
Sensibildade localizada
Redução de RHA
Massa no apêndice
Infecção da ferida cirúrgica
< se via lararoscópica+ ATB profilático
DEFINIÇÃO
Afeccções que geram peritonite secundária a processo infeccioso ou inflamatório
Dor de início lento, insidioso e progressivo
ANAMNESE
Dor abdominal, geralmente periumbilical (em 1 a 12 horas), migra para o quadrante inferior direito
Com cólicas abdominais intermitentes
Piora com a tosse e movimento
Local da dor depende da posição do apêndice
Retrocecal- dor em flanco ou nas costas
Retroileal- nos testículos (irradiação artéria espermática ou
do ureter)
Pélvico- dor suprapúbica, polaciúria, disúria
Longo em QIE e inflamação na ponta- dor em QIE
Anorexia quase sempre presente (se ausente questionar outro diagnóstico)
Náuseas e vômitos 75%
Constipação absoluta (característica tardia)
Duração, idade >50a, sexo masculino, 3 ou + comorbidades, fecalito, falta de plano de saúde: maior chance de complicações
Idosos: dor abdominal inespecífica, sem características associadas ou confusão
Gestantes: apêndice é deslocado (dor atípica) e naúseas e vômitos (comuns na gestação)
Idade: entre o início da adolescência e 50 anos
Dor em MMII
EXAME FÍSICO
Febre baixa (se alta suspeitar de outro diagnóstico)
Taquicardia
Dor a palpação em QID
Dor a descompressão se apendice anterior (Blumberg)
Dor em QID após compressão de QIE (Rovising)
Dor a rotação interna da coxa direita flexionada (sinal do obturador)
Redução de RHA em QID
Apresentação aguda: hipotensão, taquicardia
e abdome tenso e distendido, com contração muscular generalizada e ausência de ruídos hidroaéreos
Perfuração: massa palpável (abscesso periapendicial= contenção pelo omento)
Dor em QID após extensão da coxa direita ccm paciente em decúbito E (sinal do psoas)
Avaliação seriada do paciente é ESSENCIAL!
EXAMES COMPLEMENTARES
Hemograma (todos os pacientes)
Leucocitose leve (10-18000). Se > que 15 mil, suspeitar de complicações
TC de abdome e pelve
Apendicolito calcificado
Espessamento >2mm e dilatação da parede,
Inflamação periapendicial, acúmulo de gordura
TC contrastada tem sensilidade aproximada de 100%
Rotina nos EUA
Útil nos quadros atípicos
Baixa sensibilidade para visualização de pelve feminina (não solicitar se suspeita de causa ginecológica, pedir USG)
RNM abdominal
Em gestantes que a USG foi inconclusiva
BHCG
Descartar gravidez ectópica
EAS
Eritrócitos, leucócitos ou nitratos- considerar colica renal ou ITU
USG abdominal
Estrutura aperistáltica ou não comprimível com diâmetro externo >6mm, coleção de fluidos em caso de perfuração, acúmulo de gordura, apendicolito
Mais disponível, barato e pode ser feito a beira do leito
Maior sensibilidade em crianças do que adultos
Gestantes e crianças (evitar radiação)
Apendice visualizado no tamanho normal- exclui apendicite (achado difícil)
Útil por detectar uma causa alternativa da dor abdominal
Imagem: dúvida diagnóstica e em mulheres auxilia no diagnóstico diferencial de patologias diagnósticas
Diagnóstico é clínico
PCR elevada aumenta probabilidade de apendicite
FATORES DE RISCO
Aleitamento <6meses
< resposta imunológica à microorganismos
Tabagismo
Melhor higiene pessoal
Uso de atb e melhor higiene diminui a exposição e resistencia por alteração da microbiota intestinal, assim há > chance de infecções virais e apendicite
Dieta pobre em fibras (controverso)
Leva a constipação
CRITÉRIOS DE ALVARADO
Quanto > pontuação, > chance de apendicite
M: Migração da dor para o quadrante inferior direito = 1 ponto.
A: Anorexia = 1 ponto.
N: Náuseas e vômitos = 1 ponto
T: Sensibilidade no quadrante inferior direito = 2 pontos.
R: Dor à descompressão brusca = 1 ponto.
E: Temperatura elevada = 1 ponto.
L: Leucocitose = 2 pontos.
S: Desvio da contagem leucocitária para a esquerda = 1 ponto
TRATAMENTO
QUADRO NÃO COMPLICADO (sem necrose ou perfuração)
Jejum absoluto a partir do diagnóstico
Reposição volêmica (Ringer lactato)
ATB direcionada para a flora (cefoxitima)
Analgesia
Correção de distúrbios eletrolíticos
Apendicectomia imediata
QUADRO COMPLICADO (com necrose e perfuração ou abscesso intra-abdominal)
Jejum absoluto
Reposição volêmica (Ringer lactato. E, se choque presente, estabilizar o paciente)
ATB até que febre e a leucocitose sejam corrigidas (cefoxitina,
ticarcilina/ácido clavulânico ou piperacilina/tazobactam, carbapenêmico se infecção mais grave)
Se peritonite aguda, apendicectomia imediata
Se abscesso: ATB + drenagem guiada por TC ou operatória + apendicectomia tardia (após 6 semanas)
Se melhora total, apendicectomia pode não ser realizada
OPÇÕES CIRÚRGICAS
Apendicectomia aberta
Apendicectomia laparoscópica
resultados estéticos melhores
menor tempo de internação
dor pós-operatória reduzida
menor risco de infecção de feridas
recomendadapara apendicite não complicada ou complicada
mais segura em pacientes obesos
menor complicações pós-operatórias em crianças
Escolha depende da experiência do cirurgião