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INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO, Ana, Pielonefrite na gestante,…
INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO
Quadro Clínico
Pielonefrite
É caracterizada pela
tríade: febre alta, calafrios e dor lombar
Queda do estado geral
Sintomas inespecíficos
Cefaleia
Náuseas
Vômito
Diarreia
Sintomas de ITU baixa concomitantes (disúria, polaciúria, urgência)
Pacientes de grupos especiais
Desenvolvem pielonefrite oligossintomática, não manifestando febre ou mesmo dor lombar.
Exame físico
Sinal de Giordano: é a dor à percussão da
região lombar (ângulo costovertebral), geralmente intensa, provocada pelos movimentos do rim inflamado quando da onda de choque.
ITU baixa
Cistite aguda
Disúria
Polaciúria
Dor em região suprapúbica
Hematúria
Dor abdominal
Exame físico
Dor à palpação do hipogastro
Uretrite
A duração mais longa dos sintomas (> 7 dias)
Em homens, a uretrite é marcada por disúria e corrimento uretral.
Prostatite
prostatite bacteriana aguda
Febre alta e calafrios associados a sintomas acentuados de irritação e obstrução urinária.
prostatite bacteriana crônica
síndrome da dor pélvica crônica.
Dor perineal, que pode se irradiar
para a região lombar e hipogastro
Epididimite
Dor e edema no epidídimo e testículo.
ITU em crianças
Neonatos e lactentes
Deficit de ganho ponderal,
irritabilidade, anorexia, vômitos, diarreia,
icterícia, convulsão, letargia
Pré-escolares e escolares
Febre, calafrios, dor lombar, disúria e polaciúria
Definição
Infecção do trato urinário (ITU) caracteriza-se pela invasão e multiplicação de microrganismos patogênicos (bactérias e fungos), em qualquer segmento do trato urinário, que geralmente é estéril
Classificação
Quanto à presença de complicações
Não complicadas: quando envolvem o trato urinário normal
Complicadas: presença de alterações estruturais ou funcionais; risco de falha terapêutica
e complicações graves
Quanto à evolução
Aguda
Crônica
Quanto à origem
Comunitária: adquirida na comunidade ou início dos sintomas até 48 horas de internação
Nosocomial: início dos sintomas após 48 horas de internação; relacionada ao uso de dispositivos invasivos (sonda vesical de demora), imunossupressão, entre outros fatores
Bacteriúria assintomática: duas culturas de urina positivas, colhidas em mais de 24 horas de diferença, contendo 100.000 uropatógenos/mL da mesma cepa bacteriana e ausência de manifestações clínicas de ITU; mais comum em idosos, mulheres, diabéticos e gestantes
Quando a localização
Cistite: acometimento do trato urinário baixo
Pielonefrite: acometimento do trato urinário superior
FISIOPATOLOGIA
O trato urinário, dos rins ao meato uretral, é normalmente estéril e resistente à colonização bacteriana apesar da contaminação frequente da uretra distal com bactérias colônicas.
A principal defesa contra ITU é o esvaziamento completo da bexiga durante a micção
Outros mecanismos: válvula vesicoureteral e várias barreiras mucosas e imunológicas
ITU não complicada
considerada cistite ou pielonefrite que ocorre em mulheres adultas na pré-menopausa sem nenhuma anormalidade estrutural ou funcional do trato urinário e que não estão grávidas e não têm nenhuma comorbidade
ITU complicada
pode envolver um ou outro sexo em qualquer idade. Considerada pielonefrite ou cistite que não preenche os critérios para ser considerada não complicada.
quando o paciente é criança, está grávida ou tem um dos seguintes:
• Anormalidade estrutural do aparelho urinário ou funcional
• Comorbidade que aumenta o risco de contrair a infecção ou resistência ao tratamento
• Instrumentação ou cirurgia recente do trato urinário
A diferença em relação a essas doenças se dá à sua localização. Enquanto a cistite aguda é a infecção do trato urinário baixo, a pielonefrite aguda é a infecção do trato urinário alto
Existem quatro possíveis vias para o agente infeccioso atingir o trato urinário:
Via Ascendente
PRINCIPAL via de infecção
TU é uma grande coluna de urina que vai da uretra até a pelve renal... A pele em volta do meato uretral é normalmente colonizada por bactérias
comensais
dos gêneros Diphteroides, Streptococcus, Staphylococcus e Lactobacillus
As enterobactérias Gram-negativas – causadoras da maioria dos casos de ITU – não costumam estar presentes nessa região
Porém certas condições predispõem à perda da flora normal, o que “abre espaço” para micro-organismos provenientes do intestino (“Determinantes da Infecção”, adiante).
colonização do períneo – introito vaginal (ou prepúcio nos homens) – uretra distal e ascensão para a bexiga
Pielonefrite: somente as bactérias com capacidade de adesão ao epitélio urinário conseguem “subir” até os rins por conta própria. Entretanto, qualquer bactéria poderá atingi-los, quando existirem condições como o refluxo vesicureteral
1 more item...
Via Hematogênica
o parênquima renal pode ser invadido durante um episódio de
bacteremia
, embora esta via não seja comum
principais agentes envolvidos são Staphylococcus aureus e Candida spp., oriundos de um foco infeccioso à distância
casos mais raros de infecção renal por Mycobacterium tuberculosis ou Histoplasma spp., a via hematogênica também é a principal porta de entrada
Via Linfática
conexões linfáticas entre os ureteres e os rins cujo fluxo de linfa se dirige à pelve renal na vigência de aumento na pressão intravesical
(ex.: HPB)
. ( fluxo de linfa se dirige a pelve renal pelo aumento da pressão)
Fístula vesicoenteral
bacteriúria por germes
anaeróbios
(como o Bacteroides fragilis) sugere a existência de uma conexão entre o trato urinário e o intestino
tais germes também podem ser encontrados nos pacientes que tiveram o trato urinário reconstruído com segmentos intestinais (ex.: neobexiga pós-cistectomia).
Em geral, é causada pela bactéria Escherichia coli, presente no intestino e importante para a digestão. No trato urinário, porém, essa bactéria pode infectar a uretra (uretrite), a bexiga (cistite) ou os rins (pielonefrite).
Formas de Infecção Urinária Baixa
CISTITE
Infecção geralmente superficial na mucosa da bexiga, causada na maior parte das vezes por enterobactérias.
URETRITE
Infecção da uretra, com frequência causada por germes sexualmente transmissíveis
PROSTATITE E EPIDIDIMITE
. Infecção da próstata e do epidídimo. Os agentes infecciosos provêm do refluxo de urina pelos ductos prostáticos e ejaculatórios, respectivamente
Formas de Infecção Urinária Alta
PIELONEFRITE AGUDA
É uma forma de nefrite intersticial aguda caracterizada pela invasão tecidual de leucócitos polimorfonucleares, geralmente unilateral
FATORES DE RISCO
Colonização Periuretral
uso de antibióticos
atrofia do epitélio vaginal pós-menopausa
uso de espermicidas
Redução do número
de lactobacilos produtores de H2
O2
Facilita a adesão de enterobactérias
E. coli
Adesão bacteriana e sangue tipo “P”
E. coli e os Proteus uropatogênicos
possuem
fímbrias
capazes de se aderir às células da
mucosa urinária
Receptor celular dessas estruturas é o
antígeno do grupo sanguíneo P
Indivíduos que possuem esse antígeno tem maior probabilidade de desenvolver pielonefrite
Sexo Feminino
uretra feminina além de mais
próxima do ânus é mais curta
Facilita a ascensão de E. Coli presentes na região retal
Atividade sexual
pode favorecer a entrada das bactérias
Espermicidas
por alterarem o
pH e a flora do introito vaginal
Gravidez
compressão
da bexiga pelo útero aumentado
(com refluxo
vesicureteral)
dextroversão uterina
(mais
hidronefrose à direita)
redução do tônus e da peristalse musculatura lisa
urinária
hidronefrose fisiológica
Tamanho do Inóculo
importante nas infecções hematogênicas
necessária uma grande
quantidade de bactérias para iniciar o quadro
Sexo Masculino
maior predisposição à infecção
quando na presença de
obstrução ureteral
hipertrofia
prostática
prostatite
Bexiga neurogênica
Pacientes
com
lesão da medula espinhal
esclerose múltipla
disfunção motora da
bexiga
gerando estase urinária
favorecendo a possibilidade de proliferação e infecção bacteriana no trato urinário
diabetes
mellitus
COMPLICAÇÕES
ITU BAIXA
refratariedade
recorrência dos sintomas
(1) persistência - a urinocultura permanece positiva durante o tratamento
(2) relapso – a urinocultura novamente positiva para o mesmo agente após o
tratamento
(3) reinfecção – urinocultura positiva para um micro-organismo diferente do
primeiro, após o término do tratamento
ITU ALTA
Pielonefrite aguda
Sepse Urinária
Idosos
Imunossuprimidos
Lactentes
Obstrução Urinária
perda completa do parênquima renal
Formação de abcessos
Cálculos de Estruvita
Abscesso Intrarrenal e Perinefrético
Pielonefrite Enfisematosa
Necrose de Papila Renal
Pielonefrite Crônica
pielonefrite bacteriana de repetição
processo de atrofia
progressiva do parênquima renal
insuficiência renal crônica
hipertensão arterial
Pielonefrite Xantogranulomatosa
o desenvolvimento de um
processo inflamatório peculiar
resposta imune anormal à infecção
Pieloureterite Cística e
Malacoplaquia
metaplasia das glândulas mucosas ou da hiperplasia
dos folículos linfáticos
DIAGNÓSTICO
Potencialmente clínico
Exames complementares apenas para pacientes com cistite com sinais e sintomas de ITU complicada
Clínica
Sinal de Giordano
Situações em que urocultura deve ser solicitada em pacientes com cistite
Febre
DM
Alterações urológicas, doença renal crônica ou litíase renal
Internação hospitalar há 2 semanas
Sintomas > 7 dias
Dor abdominal, náuseas e vômitos
Hematúria em pacientes com >50 anos
Imunossupressão
Tratamento para ITU há 2 semanas
ITU sintomática recente
Urocultura: exame que confirma diagnóstico de ITU
Realizada antes do ATB
Solicitado com antibiograma
Avaliar o perfil de sensibilidade do respectivo patógeno para os agentes microbianos
Resultado positivo: contagem >10^5 unidades formadoras de colônia
Pacientes com cateter vesical: coleta jamais realizada a partir da bolsa coletora que armazena a urina
Retirar o cateter e tentar coletar a urina média
Diagnóstico de bacteriúria assintomática
Exclusivamente microbiológico
Comum em gestantes, diabéticos e idosos
Tratamento
Gestantes, neutropênicos, transplantados de órgão sólidos ou pré-operatório de cirurgias urológicas
Exame de imagem
Ausência de melhora da febre após 72h, ITU recorrente ou suspeita de complicações
USG: visualização de cálculos, cistos e abscessos
ETIOLOGIA
bactérias gram -
E. coli
Klebsiella sp
Proteus mirabilis
mulheres com vida sexual ativa
Staphylococus saprophyticus
gram +
Ureaplasma urealyticum
herpes vírus
Neisseria gonorrhoeae
Chamydia trachomatis
hospitalar
Enterococcus
Staphylococcus aureus
Pseudomonas sp
VIRULÊNCIA BACTERIANA
capacidade do patógeno em romper a camada de mucina e aderir à célula urotelial
fímbrias
flagelo
produção de hemolisina
cápsula
antígeno O
TRATAMENTO
Tratamento se baseia na antibioticoterapia e analgesia (Fenazopiridina)
Resposta adequada é melhoria significativa dos sintomas nas primeiras 24~48hrs
Ausência de melhora em ITU BAIXA pensar em: (1) trata-se de uretrite e não cistite; (2) trata-se de bactéria resistente
No caso da ITU ALTA, devemos pensar na existência de complicações: (1) obstrução urinária; e (2) abscesso intrarrenal ou perinefrético
Escolha do antibiótico
Melhores antibioticos para formas comunitárias comuns são inadequados para casos de maior resistência
(1) uso prévio de antibióticos; (2) ITU hospitalar relacionada a cateter vesical; e (3) ITU complicada
antibióticos com grande concentração na urina capaz de combater gram negativos entéricos da comunidade:
fluoroquinolonas, fosfomicina, nitro- furantoína, amoxicilina, ampicilina e cefa- losporinas de 1a geração
(a sensibilidade ao sulfametoxazol-trimetoprim diminuiu muito nas últimas décadas, mas algumas cepas ainda são sensíveis)
Especificidades
Cistite
Norfloxacina, fosfomicina ou nitrofurantoína
Uretrite/Vaginite
Tetraciclinas ou macrilídeos
- ex. Doxiciclina
Prostatite
Ofloxacina para <35 anos e Ciprofloxacino > 35 anos( geralmente ocasionada por bacterias gram - entéricas)
ITU hospitalar
( + cateter vesical)
Perfil de resistência , devendo ser guiado por urinocultura com antibiograma. De forma geral utilizar
fluoroquinolona de amplo espectro
para gram - ou
amplicina
para enterococo . Ex. Ciprofloxacino, ceftazidima, cefepime, ampicilina + sulbactam, piperacilina + tazobactam e etc.
Gestantes
Preferência à
nitrofurantoína
e
penicilinas
ou as
cefalosporinas
Cistite na gestante
Amoxilina ou cefalexina ou nitrofurantoína
Tratamento da bacteriúria assintomática deve ocorrer em situações de
gestação, pré-operatório, transplante renal, infecção por proteus mirabilis e infecção por Providencia ssp. + Bexiga Neurogênica + Cateter Vesical.
Revisão do Sistema Urinário
2 Rins
Hilo
Vasos, nervos e ureter
Cápsula
Medula
10 a 18 pirâmides
Córtex
Arco cortical e colunas
Cálice maior
União de 2 ou 4 cálices menores
Rim direito 1 a 2 cm mais baixo que o esquerdo
Néfron
Túbulo contorcido proximal
Alça de Henle
Túbulo contorcido distal
2 Ureteres
25 a 30 cm de comprimento
Órgão de condução
1 Bexiga
Órgão de armazenamento
Remoção de produtos tóxicos, produz hormônios a renina e a eritropoietina, participa da ativação da vitamina D, do equilíbrio ácido-básico, hidroeletrolítico, mantendo a homeostase.
1 Uretra
Transporta a urina da bexiga para o exterior pelo ato da micção
A do homem é maior que a da mulher
Ana
Grupo 3
Gláuber D'Lamare
Guilherme
Ana
Tonny
Livia
Paulo
Tassio
Letícia
APG 25
Pielonefrite na gestante
Ceftriaxone ou cefotaxima ou ceftizoxima
fluoroquinolonas e o sulfametoxazol-trimetoprim são antibióticos contraindicados