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Planejamento de auditoria, Gleice Milena UC 18101407 - Coggle Diagram
Planejamento de auditoria
o planejamento de auditoria compreende três partes principais: avaliação dos controles internos (CI) e sistema de informações (SI); revisão analítica; avaliação dos riscos da auditoria. Planejamento da auditoria propriamente dito é um processo de avaliação que se inicia após a contratação dos serviços e vai geralmente até pouco antes do início dos trabalhos de campo. Conforme a NBC TA – 210, os termos do trabalho de auditoria estabelecidos devem ser formalizados na carta de contratação de auditoria ou outra forma adequada de acordo por escrito que devem incluir:
O objetivo precípuo do planejamento é determinar os riscos da auditoria e a extensão dos exames a serem efetuados no campo. O grau de confiança nos controles internos e sistema de informação será o pilar de todo o trabalho de campo. Erros ou omissões cometidos nessa fase podem acarretar sérias consequências nos trabalhos e nos resultados da auditoria.
a)o objetivo e o alcance da auditoria das demonstrações contábeis;
b)as responsabilidades do auditor;
c)as responsabilidades da administração;
d)a identificação da estrutura de relatório financeiro aplicável para a elaboração das demonstrações contábeis; e
e)referência à forma e ao conteúdo esperados de quaisquer relatórios a serem emitidos pelo auditor e uma declaração de que existem circunstâncias em que um relatório pode ter forma e conteúdo diferentes do esperado
O planejamento deve considerar todos os fatores relevantes na execução dos trabalhos, especialmente os seguintes:
a)o conhecimento detalhado das práticas contábeis adotadas pela entidade e as alterações procedidas em relação ao exercício anterior;
b)o conhecimento detalhado do sistema contábil e de controles internos da entidade e seu grau de confiabilidade;
c)os riscos de auditoria e identificação das áreas importantes da entidade, quer pelo volume de transações, quer pela complexidade de suas atividades;
d)a natureza, a oportunidade e a extensão dos procedimentos de auditoria a serem aplicados;
e)a existência de entidades associadas, filiais e partes relacionadas;
f)o uso dos trabalhos de outros auditores independentes, especialistas e auditores internos;
g)a natureza, o conteúdo e a oportunidade dos pareceres, relatórios e outros informes a serem entregues à entidade; e
h)a necessidade de atender a prazos estabelecidos por entidades reguladoras ou fiscalizadoras e para a entidade prestar informações aos demais usuários externos.
Outro ponto importante no planejamento da auditoria e relacionado diretamente com a continuidade da empresa auditada é o fato de o auditor avaliar as principais questões econômicas relativas direta ou indiretamente ao cliente e que possam vir a afetar suas decisões relativas ao planejamento, tais como:
o nível geral da atividade econômica na área de atuação da entidade e fatores que podem influenciar seu desempenho, tais como níveis de inflação, crescimento, recessão, deflação, desemprego, situação política, entre outros;
•as taxas de juros e as condições de financiamento;
•as políticas governamentais, como monetária, fiscal, cambial e tarifas para importação e exportação; e
•o controle sobre capitais externos.
A realização de uma primeira auditoria numa entidade requer alguns cuidados especiais da parte do auditor independente, podendo ocorrer duas situações básicas: i)as demonstrações contábeis do período anterior não foram auditadas ii)as demonstrações contábeis do período anterior foram auditadas por auditor independente antecessor. Nestes casos, conforme a NBC TA 510, ao conduzir um trabalho de auditoria inicial, o objetivo do auditor com relação a saldos iniciais é obter evidência de auditoria apropriada e suficiente sobre se: a)os saldos iniciais contêm distorções que afetam de forma relevante as demonstrações contábeis do período corrente; e b)as adequadas políticas contábeis refletidas nos saldos iniciais foram aplicadas de maneira uniforme nas demonstrações contábeis do período corrente, ou as mudanças nessas políticas contábeis estão devidamente registradas e adequadamente apresentadas e divulgadas de acordo com a estrutura de relatório financeiro aplicável.
Avaliação dos controles internos e sistema de informação: A avaliação do grau de confiabilidade nos controles internos (CI) e no sistema de informações (SI) é uma fase crucial do planejamento da auditoria e irá determinar inclusive a aceitação ou não do serviço, bem como o escopo, extensão e procedimentos dos trabalhos a serem executados.
Controles internos: O controle interno pode ser definido como um processo integrado e operado pela empresa como um todo, com a intenção de fornecer razoável segurança tanto às atividades administrativas quanto às operacionais, de forma a diminuir as possibilidades de desvios de ativos, desobediência às normas internas, bem como de erros não intencionais. Pode ser dividido ainda nas seguintes categorias, conforme seu objetivo: •confiabilidade das informações geradas; •salvaguarda de ativos; •observância (compliance) às leis e regulamentos aplicáveis; •eficiência e eficácia das operações.
Sistema de informações: Os sistemas de processamento eletrônico de dados (PED) são atualmente uma ferramenta imprescindível na condução de quaisquer tipos de negócio. Todas as informações importantes, sejam administrativas ou operacionais e mesmo as informações de cunho confidencial, circulam em redes internas e externas. A segurança e a confiabilidade dessas informações é um ponto fundamental para as empresas e, por conseguinte, para a auditoria.
Procedimentos de conhecimento das atividades do cliente: Para o bom andamento do processo de auditoria, no planejamento é fundamental conhecer como são executadas as principais atividades do cliente. Esse conhecimento possibilita detectar com antecedência possíveis áreas que necessitem de maior atenção durante os trabalhos de campo, principalmente por possíveis falhas nos controles internos ou nos sistemas de informações. Para tanto, são identificadas e descritas três grandes áreas ou fluxos de documentos:•compras; •vendas; •folha de pagamento.
Revisão analítica: Considerada também como um teste substantivo, a revisão analítica, diferentemente do primeiro, que é realizado na fase de campo, é efetuada de modo geral na fase de planejamento da auditoria.Alinhada com a análise dos controles internos e sistemas de informações, a revisão analítica consiste na avaliação pormenorizada do comportamento, discrepâncias e uniformidade tanto nas contas patrimoniais e de resultado quando na avaliação das atividades operacionais.
Gleice Milena UC 18101407