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Infecção do Trato Urinário, Grupo 2, Profª. Andréia Zanon - Coggle Diagram
Infecção do Trato Urinário
Anatomia
O sistema urinário humano é composto por rins, ureteres, bexiga urinária e uretra.
Os rins são os órgãos localizados na porção posterior da cavidade abdominal, sendo responsáveis pela formação da urina. Eles possuem um formato de feijão e são formados por cápsula renal, córtex e medula.
Denominamos de cápsula renal o revestimento externo do rim.
Na região do córtex estão localizados os néfrons, que são os responsáveis pela formação da urina. Por fim temos a medula renal, que é a parte mais interna do rim, onde é verificada a presença dos ductos coletores e as alças néfricas (estrutura que compõe o néfron).
Cada rim é formado por milhões de néfrons, que são formados pelo corpúsculo renal e o túbulo néfrico.
O corpúsculo renal é formado por uma expansão denominada cápsula renal e por uma rede de capilares localizados no interior da cápsula chamados de glomérulo renal.
O túbulo néfrico é formado pelo túbulo contorcido proximal, alça néfrica e túbulo contorcido distal.
Epidemiologia
A ITU é mais frequente nas mulheres do que nos homens, exceto nas faixas etárias extremas.
Durante o período neonatal, a incidência de ITU é levemente maior nos homens do que nas mulheres, devido à maior frequência de anomalias congênitas do trato urinário em bebês do sexo masculino.
Após os 50 anos de idade, a incidência de ITU entre os homens passa a ser quase tão alta quanto nas mulheres, provavelmente por causa da obstrução decorrente da hipertrofia prostática.
Em indivíduos com idade entre 1 e 50 anos, a ITU é predominantemente uma doença feminina. A ITU recorrente, assim como na infecção inicial, é mais frequente entre as mulheres do que nos homens.
Mulheres
Cerca de 50 a 80% das mulheres da população em geral adquirem ao menos 1 ITU durante a vida.
A maioria destas infecções são cistites não complicadas. Em um envolvendo mulheres saudáveis sexualmente ativas, a incidência de cistite aguda era de 50 a 70 episódios a cada 100 indivíduos durante os anos
É difícil estabelecer a incidência da pielonefrite simples aguda, pois esta infecção é menos comum do que a cistite e, além disso, a maioria dos episódios é tratada no contexto ambulatorial.
A incidência anual da pielonefrite entre as mulheres foi de 12 a 13 casos em cada 10.000 pacientes de ambulatório e 3 a 4 casos em cada 10.000 pacientes internadas.
Entre os homens, a incidência da condição foi bem menor, sendo observada a uma taxa de 2 a 3 casos para cada 10.000 pacientes de ambulatório e 1 a 2 casos em cada 10.000 pacientes internados
Homens jovens
A ITU é rara entre os homens jovens e, quando ocorre, é atribuída à presença de anormalidades urológicas.
Entretanto, parece que a ITU sem complicação pode ocorrer em homens que são infectados por uropatógenos diretamente via contato sexual, sob a forma de intercurso sexual anal sem proteção com um homem ou uma mulher, ou através do intercurso sexual vaginal sem proteção com uma mulher cuja vagina esteja colonizada com uropatógenos.
A falta de circuncisão também está associada ao risco aumentado de ITU, devido à incidência aumentada de colonização da glande e do prepúcio por Escherichia coli e migração subsequente desta bactéria para o trato urinário.
ITU recorrente
Cerca de 20 a 30% das mulheres que passam por um episódio de ITU sofrem episódios recorrentes.
Estudos sobre a história natural de ITU recorrente em mulheres constataram que a taxa de recidivas varia de 0,3 a 7,6 infecções/paciente/ano, com uma taxa média de 2,6 infecções/ano.
Gestação
A incidência de bacteriúria assintomática em gestantes é de aproximadamente 4 a 10%.
Este percentual é similar à taxa relatada para mulheres sexualmente ativas não gestantes em idade fértil.
Sem tratamento, 20 a 40% das gestantes com bacteriúria no 1º trimestre adquirem pielonefrite aguda em fases posteriores da gestação.
Segundo as estimativas fornecidas por uma metanálise, o tratamento da bacteriúria assintomática levaria a uma redução aproximada de 75% na incidência da pielonefrite
Diabetes
As taxas de bacteriúria assintomática e ITU entre as mulheres diabéticas são 2 a 3 vezes maiores do que entre as mulheres não diabéticas.
A ITU também é mais prevalente entre pacientes tratados com insulina, em comparação àqueles tratados com medicação oral.
Em pacientes diabéticos internados, em particular naqueles com complicações envolvendo múltiplos órgãos, a incidência de infecção e pielonefrite verdadeira também parece ser maior, em parte devido ao funcionamento precário da bexiga e ao cateterismo urinário.
Fisiopatologia
Vias de infecção
Via hematogênica
Episódio de bacteremia
Staphylococcus aureus e Candida spp.
Via linfática
Pode ser operantes em certos casos.
Conexões linfáticas entre os ureteres e os rins
Aumento na pressão intravesical
Vias ascendente
Principal via de infecção
Meato uretral ➡ colonizada por bactérias comensais dos gêneros Diphteroides, Streptococcus, Staphylococcus e Lactobacillus.
As enterobactérias Gram-negativas não costumam estar presentes nessa região.
Certas condições predispõem à perda da flora normal, o que “abre espaço” para micro-organismos provenientes do intestino
Colonização do períneo ➡ introito vaginal/ ou prepúcio nos homens ➡ uretra distal e ascensão par a bexiga.
E como essas bactérias causam pielonefrite?
Capacidade de adesão ao epitélio urinário conseguem “subir” até os rins por conta própria
Inoculação direta por fístula vesicoenteral
Germes anaeróbios
Conexão entre o trato urinário e o intestino.
Determinantes da infecção
Presença de corpos estranhos
Biofilme
Cateter vesical e cálculos
Gravidez
Redução do tônus e da peristalse na musculatura lisa urinária
Compressão da bexiga
Dextroversão uterina
Adesão bacteriana
De acordo com a cepa bacteriana.
E. coli e os Proteus uropatogênicos ➡ fímbrias
Tamanho do Inóculo
Colonização periuretral
Fatores de risco
Atrofia do epitélio vaginal pós- menopausa
Observa-se redução do número de lactobacilos produtores de H2O2
Uso de espermicidas
Uso de antibióticos
Fatores de defesa do hospedeiro
Mucosa do trato urinário
Inibidores bacterianos
Esvaziamento vesical
Válvula vesicureteral
Característica da urina
Micrbiota vaginal
Diagnóstico
- Anamnese e exame físico
sinais e sintomas de cistite
- Urocultura + antibiograma
Sensibilidade do respectivo patógeno
Formas de coleta:
1) Jato médio da urina
2) Punção suprapúbica
Antes do início de uso de antibiótico empírico
- Bactériúria assintomática
microbiológico com base nos resultados da urocutura
gestantes, diabéticos e idosos
- Análise da urina
sumário de urina/urina tipo 1
levando resultados como infecção:
leucocitúria, nitrito positivo e hematúria.
- Exames de imagem
USG ou tomografia
ausência de melhora da febre
após 72h
Definição
Sítio frequente de infecção tanto em pacientes da comunidade como em pacientes internados em unidades hospitalares, representando uma das principais causas de infecção nosocomial.
É a forma mais comum de infecção bacteriana e afeta as pessoas ao longo de toda a sua vida
O termo ITU abrange uma variedade de entidades clínicas, desde a bacteriúria assintomática até a cistite, prostatite e pielonefrite. As ITU podem ser também caracterizadas como simples (ausência de causas anatômicas ou de outros fatores predisponentes) ou complicadas (anormalidades estruturais ou funcionais do trato urinário e dos rins), e como adquiridas na comunidade ou nosocomiais (em geral, associadas a sondagem vesical).
Quadro Clínico
Quadro clínico variável.
Polionefrite
Dor lombar
Febre alta
Sinal de giordano positivo;
Leucocitose;
Astenia
Prostração
Vomitos
Nauseas
Cistite
Cistite
Disúria;
Polaciúria;
Dor em baixo ventre;
Piúria;
Polionefrite Xantogranulomatosa
:
Polionefrite Xantogranulomatosa
Dor;
Febre Persistente;
Hematúria;
Mal-estar; Urgência miccional;
Disúria;
Polaciúria;
Perda ponderal;
Dor à palpação renal;
Rim palpável pelo seu aumento;
ITU associada a cateter
-Febre
-Desconforto no flanco ou suprapúbico
-Sensibilidade no ângulo costovertebral
-Obstrução do cateter
-Pacientes com lesão medular podem apresentar sintomas inespecíficos e atípicos como espatiscidade, mal-estar e letargia.
-Indivíduos que retiraram o cateter recentemente e evoluem com ITU costumam ter disúria, frequência e urgência.
Tratamento
Empírico
Aguardar Urocultura + Antibiograma
Cistite não complicada
✔Nitrofurantoína VO, 12/12h por 5 dias
✔Sulfametoxazol+trimetropim (SMX-TMP) VO, 12/12h, por 5 dias
✔Fosfomicina VO, dose única
✔Para
Homens
o TTO deve ter duração de 7 dias
✔Para
Gestantes
, opção Cefalexina ou Amoxicilina por 7 dias
✔Para
Idosos
, Ciprofloxacina VO, 12/12h por 3 dias
✔Ácido nalidíxico, 8/8h
Dose única em mulheres com a primeira ITU não complicada (cistite)
Pielonefrite
Se paciente não estiver internado, receber a 1a dose do antibiótico endovenoso ainda no serviço de saúde
✔Ciprofloxacina VO ou IV, 12/12 h por 7 dias
✔Ceftriaxone IM ou IV 1x ao dia
✔Amicacina IM ou IV
Pacientes com infecção associada a cateter, é recomendada a retirada da sonda vesical e avaliação se há persistência da da bacteriúria após 48h.
Se persistência, o tratamento deve ser iniciado
com duração 10-14 dias
Profilaxia
Ingestão oral de fluidos com frequência, Aumentar a frequência de micções , Evitar uso de espermicidas, Evitar cateterização vesical.
Etiologia
Os agentes etiológicos:
Straphylococcus saprophyticus
Espécies da Proteus e Klebsiella
Escherichia coli
Mais frequente 70 a 85% dos casos
Enterococcus faecalis
Quando adquirida no hospital, os agentes são diversificados predominando as enterobactérias, redução na E. coli, um crescimento de Proteus sp, Pseudomonas aeruginosa, Klebsiella sp, Enterobacter Faecalis e de fungos com destaque para Cândida
Vias de infecção
Ascendente
A maioria dos microrganismos causadores de ITU tem origem na flora comensal do trato gastrointestinal e atinge a trato urinário por via ascendente a partir da uretra até a bexiga e , por vezes, até o rim
Hematogénea
É a principal via de infecção do trato urinário nos recém-nascidos, condicionando na maioria as vezes um quadro infecioso sistémico
Linfática
É rara e pode ocorrer em contexto de infecção intestinal grave ou de abscesso retroperitoneal
Grupo 2, Profª. Andréia Zanon
Brenda Granato
Isabela Ramos
Núbia Kênia
Fernando Vieira
Wennder Telles
Júlia Gondim
Mariana Nunes
Marília Andrade