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Caso clínico - Coggle Diagram
Caso clínico
Aneurisma
Conceito: Aneurisma é a dilatação anormal de uma artéria. Um aneurisma pode se romper e causar uma hemorragia ou permanecer sem estourar durante toda a vida. Os aneurismas podem ocorrer em qualquer artéria do corpo, como as do cérebro, do coração, do rim ou do abdômen. Os do tipo cerebral e da aorta torácica e abdominal apresentam altas taxas de mortalidade.
Causas: O aneurisma surge pelo enfraquecimento ou defeito da parede arterial. A pessoa pode nascer com o problema ou adquiri-lo, a partir de fatores como hipertensão (não controlada com medicamentos), tabagismo ou traumatismo (golpes ou ferimentos penetrantes).
Sintomas: Aneurismas pequenos costumam ser assintomáticos. Quando crescem, podem comprimir uma estrutura cerebral e provocar sintomas que variam conforme a área do cérebro afetada. A intensidade dos sintomas está diretamente relacionada com o tamanho e a extensão do sangramento. Os mais comuns são dor de cabeça súbita, náuseas, vômitos, perda da consciência. Sangramentos abundantes podem ser fatais.
Aneurisma abdominal: Os aneurismas abdominais estão associados à aterosclerose, que é caracterizada pela presença de placas de gordura e calcificação nas artérias, e não têm relação com o aneurisma cerebral. Mesmo sendo uma doença assintomática, o aneurisma da aorta abdominal pode apresentar alguns sinais, como sensação de pulsação abdominal. Quando um aneurisma se expande rapidamente, está prestes a se romper ou já se rompeu, alguns sintomas podem aparecer de maneira brusca, como dor forte ou persistente no abdômen ou nas costas; náuseas e vômitos; frequência cardíaca acelerada; queda de pressão e choque hemorrágico, quando ocorre grande perda de sangue.
Fatores de risco:Os dois principais fatores de risco para formação e/ou ruptura de um aneurisma são o fumo e a pressão alta não controlada. Doenças que aumentam o risco de fragilidade das artérias cerebrais, como as do colágeno (síndromes de Marfan e de Ehler Danlos) e a renal policística, também influenciam. Os fatores de risco se dividem em dois grupos: não modificáveis (sexo masculino, história familiar e idade) e modificáveis (fumo, hipertensão arterial, colesterol elevado, obesidade, raça branca e doença aterosclerótica pré-existente).
Prevenção:
controlar a pressão arterial;
manter índices adequados de glicose, colesterol e triglicérides;
ter uma alimentação saudável, à base de vegetais, frutas, fibras e carnes magras;
praticar exercícios físicos regularmente;
não fumar;
não ingerir bebidas alcoólicas em excesso.
Referências: JUNIOR, Gustavo Luiz Gouvêa de Almeida et al. Aneurismas Coronarianos, Cerebral e de Aorta Abdominal: uma Rara Associação. Revista Brasileira de Cardiologia, [s. l.], 18 set. 2019. Disponível em: Revista Brasileira de Cardiologia. Acesso em: 3 maio 2021.
Mapa geral do caso
Homem, 72 anos
História clinica
angina instável
foi realizado angioplastia de coronária e colocação de stent há oito meses
Hipertensão e gota
medicações em uso
metoprolol, alopurinol e ácido acetilsalicílico
O paciente nega dispneia noturna ou sintomas pulmonares
Hábitos de vida
atividade física
caminhava 1600m - diariamente
fumava 60 maços de cigarro por ano, mas parou a 8 meses
Consome bebida alcoólica socialmente
Avaliação para tratamento de aneurisma da aorta abdominal
Exame físico
PA= 138/82 mmHg
FC= 66 bpm
O paciente não possui distensão venosa jugular e nem sopros cardíacos.
Pulmões estão limpos, e as bulhas cardíacas normais
a massa não sensível pulsátil no abdome
não há cianose ou edema em membros inferiores
Exames laboratoriais e de imagem
Hemograma completo e níveis de eletrólitos sem alterações
níveis séricos de ureia e creatinina são de 80/ 1,4 mg/dl
exame de urina apresenta traços de proteinúria
ECG revela ritmo sinusal normal e hipertrofia ventricular esquerda
Angiotomografia computadorizada confirma a presença de um AAA infrarrenal anatomicamente desfavorável para reparo endovascular.
Exames pré operatórios e escalas
GOLDMAN
fatores de risco / pontuação
Ritmo diferente do sinusal ou extra-sístoles supra-ventriculares no eletrocardiograma pré-operatório / 7 pontos
Estenose aórtica grave / 3pontos
Mais de cindo extra-sístoles ventriculares documentadas em qualquer eletrocardiograma, qualquer período / 7 pontos
PaO2 < 60 ou PaCO2 > 50mmHg; K < 3 ou HCO3 < 20 mEq/L; uréia > 50 ou creatina > 3 mg/dl; trasaminases anormais; sianis de doença crônica hepática ou o paciente a acamado. / 3 pontos
Presença da 3º bulha ou estase jugular / 11 pontos
Operação envolvendo a aorta, intraperitoneal ou intratorácica / 3 pontos
IAM há menos de seis meses / 10 pontos
Operação de emergência / 4 pontos
Idade > 70 anos / 5 pontos
Classes
Classe II (6-12 pontos) risco intermediário
5% complicações não fatais / 2% fatais
Classe III (13 a 25 pontos) risco alto
11% complicações não fatais / 2% fatais
Classe I (0-5 pontos) baixo risco
0,7% complicações não fatais / 0,2% fatais
Classe IV (> 26 pontos) risco alto
22% complicações não fatais / 56% fatais
A classificação de Goldman é multifatorial, atribuindo pontos a variáveis que se referem à avaliação clínica, tipo de cirurgia e eletrocardiograma.O Índice de Goldman separa os pacientes nos níveis de I a IV, sendo IV o risco mais grave de apresentar complicações cardiovasculares que podem evoluir para a morte.
Referências: I Diretriz de Avaliação Perioperatória. Comissão de Avaliação Perioperatória (CAPO) – Sociedade Brasileira de Cardiologia. Arq Bras Cardiol 2007;88(5):e139-e178.
No paciente do caso, dos 9 fatores de risco ele se inclui em 4 deles. São eles: a idade acima dos 70 anos (5 pontos); . creatina > 3 mg/dl alterado. (3 pontos); operação envolvendo a aorta (3 pontos) e supra-ventriculares no eletrocardiograma (7 pontos)que na somatoria final 7 +5+3+3 = 18 pontos. logo o paciente esta classificado na classe III risco alto onde 11% complicações não são fatais e 2% são fatais
ASAAA
LIDERY
Avaliação geral
Estabilização
O paciente precisa ser estabilizado antes de ser encaminhado para a cirugia.
Parâmetros a serem observados
Função cardiovascular
Frequência cardíaca
Pressão arterial
Pulso
Eletrocardiograma
Estabilidade neurológica
Função respiratória
Frequência respiratória
SpO2
Controle de infecções
Função renal
Metabolismo e equilíbrio acido-base
Pode ser necessário
Cardioversão
Cateter venoso central
Drenagem torácica
Flebotomia
Punção lombar
Cateterismo vesical
Intubação
Preparo do paciente
Jejum de 8h
Suspensão de certos medicamentos
Higiene corporal
Tricotomia
Acessos vasculares
Monitorização
Orientação e preparo psicológico
Verificação de documentos
Preparo do centro cirúrgico
Componentes: Victor Marlos, Marlília Moura, Valéria Ribeiro, Sileivane Magalhães, Fábio Dias, Renan Galeno, Israel Nunes, Ronnyel, Lucas Carvalho, Levi Carvalho, Eduardo.