O mecanismo principal de origem da apendicite é a obstrução de seu lúmen, pela presença de fecálito (mais comum), hiperplasia linfóide, corpo estranho, parasitas ou tumores (carcinoides, adenocarcinoma, sarcoma de Kaposi e linfoma). O apendicólito, fecálito calcificado, é menos freqüente e está mais associado a perfuração e formação de abscesso. Após a obstrução do lúmen, há acúmulo de secreção, que eleva a pressão intraluminal e determina estímulo das fibras viscerais aferentes, entre T8 e T10, com conseqüente dor referida na região epigástrica ou periumbilical. O aumento gradativo da pressão intraluminal excede a pressão de perfusão capilar, o que determina isquemia das paredes do apêndice, ocasionando perda da proteção do epitélio e proliferação bacteriana, com penetração mural do processo infeccioso.