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DOENÇA CELÍACA, Os sintomas típicos incluem dor abdominal, sensação de…

- - - - Prevalência na população em geral: 0,3 a 1%.
        
        Afeta cerca de um a cada 100 e um a cada 300 indivíduos da população.
- - - - Fatores Imunológicos: O indivíduo ao ter predisposição ao desenvolvimento da patologia e ser exposto à proteína hidrossolúvel gliadina, passa a desenvolver uma resposta imunológica inespecífica. Nesta, há o surgimento de células T inespecíficas que reconhecem as células induzidas por estresse e ocasiona achatamento das mucosas, principalmente na parte proximal do intestino delgado. Nas criptas há um aumento de Linfócitos intraepiteliais (principalmente LTCD4+ e em menor número LTCD8+) seguida
        
        Fatores Ambientais: Algumas teorias sugerem que o desmame e introdução precoce de alimentos que possuem glúten na dieta de lactentes podem predispor ao aparecimento da Doença Celíaca. Outros estudos ainda sugerem uma reação cruzada entre a proteína alfa-gliadina e a infecção por adenovírus sorotipo 12. A estação do nascimento, infecções gastrointestinais e o uso de antibióticos
- - - - apetite pobre; mal-estar digestivo; cansaço; mudanças de humor; diarreia/constipação; déficit de crescimento; menarca atrasada; anemia; defeitos do esmalte dentário.
      - c. Adultos/idosos:
        
        sintomas gastrointestinais altos; emagrecimento; fadiga crônica; mudanças de humor; depressão; diarreia/constipação; distensão abdominal; problemas gineco-obstétricos
  - - - • Músculoesqueléticas: artralgia, dor óssea, miopatia proximal, alterações da marcha, artrite, deformidades ósseas, osteomalacia, raquitismo, fraturas.
      - Gineco-obstétricas: atraso na menarca, amenorreia secundária, aumento no número de abortos, diminuição da fertilidade, menopausa precoce, oli - gospermia, diminuição dos caracteres sexuais se - cundários, diminuição do sêmen, hipogonadismo.
      - Endocrinológicas: baixa estatura, atraso de desenvolvimento sexual, deficiência de vitamina D.
      - Neuropsiquiátricas: irritabilidade, choro fácil, ansiedade, depressão, tentativa de suicídio, de - generação cérebro-espinhal, neuropatia perifé - rica, ataxia, cefaleia, neuropatia.
      - Metabólicas: cãibras, diurese noturna, parestesias, tetania.
      - Hematológicas: anemia, hematomas, sangramento.
      - Tegumentares: alterações nos cabelos, edema, hematomas, lesões pruriginosas, lesões bolhosas, pigmentação de pele, paquioníquia, rashes.
- - - - Os grupos de risco incluídos são anemia, osteoporose, doenças autoimunes (DAI), dermatite herpetiforme, diabete melito tipo 1, fadiga crônica, síndrome do intestino irritável e hipertransaminasemia idiopática, doença autoimune da tireoide, cirrose biliar primária, síndrome de Turner e síndrome de Down.
        
        Cerca de 20% dos pacientes diagnosticados com síndrome do intestino irritável ou colite microscópica (linfocítica) têm doença celíaca.
- - - - O ensaio imunoadsorvente ligado à enzima (ELISA) para detecção de anticorpos contra tTG apresenta sensibilidade semelhante à do teste EMA, porém é menos específico.
        O ensaio imunofluorométrico de gliadina antideamidada IgA e IgG anticorpos (um peptídeo γ-gliadina sintético biotinilado com ácido glutâmico substituído por glutamina) tem uma sensibilidade e especificidade que se aproximam à do anticorpo IgA anti-tTG.
- - - - Evitar todos os produtos que contenham trigo, centeio e aveia
        
        Aveia (se não estiver contaminada com trigo) é tolerada pela maioria.
        Por causa da deficiência secundária de lactase, deve-se recomendar uma dieta sem lactose até que os sintomas melhorem.
        
        As deficiências documentadas de vitaminas e minerais devem ser repostas, e mulheres em idade fértil devem tomar suplementos de ácido fólico. A massa óssea muitas vezes melhora em uma dieta livre de glúten sozinho.
        Os pacientes com deficiência de vitamina D ou cálcio devem receber suplementos com a dose monitorada por 25-OH níveis de vitamina D e um teste de urina de 24 horas para o cálcio.
- - - - QUADRO CLÍNICO
        
        Pode manifestar-se clinicamente com edema ou derrames cavitários, dependendo dos níveis séricos de albumina. Outros sintomas que podem estar presentes são: náuseas, vômitos, dor abdominal, diarreia e anorexia.
      - DEFINIÇÃO
        
        Doenças que causam má absorção ou perdas de proteína, tais como espru não tropical, doença de Whipple, linfangiectasia e gastroenteropatia alérgica. Os achados radiológicos incluem dilatação de alças, sinais de hipersecreção com diluição do meio de contraste e segmentação da coluna baritada.
    - - Manifestações Clínicas: normalmente, adultos com deficiência de lactase se queixam de gases, distensão e diarreia após ingestão de leite ou laticínios, mas não perdem peso.
  - - - DEFINIÇÃO
        
        A doença de Crohn (DC) é uma doença inflamatória transmural e recidivante que pode acometer qualquer segmento do tubo digestório, da boca ao ânus (mais comum é o intestino delgado e cólon, especificamente o íleo terminal), caracterizada por inflamação descontínua dos segmentos digestivos acometidos, com formas distintas de manifestações em cada indivíduo (luminal, penetrante ou fistulizante).
        É também considerada uma doença sistêmica por apresentar manifestações extraintestinais.
      - QUADRO CLÍNICO
        
        Dor abdominal no quadrante inferior direito;
        
        Pode ter massa abdominal, se o íleo estiver inflamado
        
        Períodos de diarreia, febre, fadiga, hematoquezia (em 20 a 30% dos pacientes, principalmente em doença distal);
        
        Obstrução intestinal parcial recorrente com cólica intensa, distensão abdominal, obstipação e vômitos
        
        Fístulas e abscessos abdominais e perianais, com febre, massas abdominais dolorosas;
        
        Paciente pode apresentar febre, emagrecimento, astenia, eritema nodoso, anemia. Além disso, artralgia, baqueteamento digital, déficit de crescimento, retardo no desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários, estomatite (aftas) e uveite.
        
        As manifestações extraintestinais se relacionam com a exacerbação da afecção. As mais comuns são fadiga, febre, emagrecimento. Os órgãos-alvo costuma ser articulações, pele e mucosas, olhos, fígado e rins. Exemplos: artrite, eritema nodoso, espondilite ancilosante, colangite esclerosante, uveíte, colelitíase, nefrolitíase, uretrite e amiloidose.
        
        O quadro clínico depende do segmento envolvido:
        
        Comprometimento do íleo terminal: pode ocorrer prejuízo na absorção de sais biliares e vitamina B12, levando a diarreia colerética e anemia megaloblástica, respectivamente;
        
        Se a doença se estender para intestino delgado: má absorção, esteatorreia, anemia, perda ponderal
        e desnutrição;
        
        As manifestações anais e perianais são muito comuns – os pacientes queixam-se de dor anorretal, ardor e secreção purulenta perianal; podem aparecer abscessos, fístulas, fissuras, úlceras, incontinência fecal e estenose.
        
        De acordo com a atividade da doença, também se classificam em:
        
        LEVE-MODERADA: Pacientes de ambulatório que toleram alimentos VO, sem desidratação, febre, dor abdominal, massas ou obstruções.
        
        MODERADA-GRAVE: Falha ao tratamento de leve-moderada e evolução da doença com febre, emagrecimento importante, dor abdominal e dor a palpação sem sinais de irritação peritoneal, náuseas, vômitos intermitentes e anemia significativa
        
        GRAVE-FULMINANTE: Febre alta, vômito persistente, evidência de obstrução intestinal, sinais de irritação peritoneal, caquexia e evidência de abcessos.
        
        EM REMISSÃO: Assintomáticos ou sem sequelas inflamatórias que responderam a intervenções e não precisam mais de corticosteroides.
      - DIAGNÓSTICO
        
        Testes sorológicos específicos (ASCA/pANCA)
        
        Exames de sangue
        
        Hemograma
        
        Eletrólitos
        
        Proteínas e frações
        
        Ferritina (pode estar elevada na DC ativa e pode estar normal mesmo na vigência de deficiência grave de ferro)
        
        Transferrina deve ser feita para avaliar anemia
        
        Dosagem de vitamina B12
        
        Provas de função hepática
        
        HIV
        
        Velocidade de hemossedimentação ou proteína C reativa ultrassensível
        
        Exames de fezes
        
        Rotina para parasitos, bactérias, vírus
        
        Clostridium difficile e toxina, pesquisar mesmo na ausência de uso de antibióticos
        
        Pesquisa de leucócitos e/ou sangue oculto
        
        Pesquisar citomegalovírus, principalmente em pacientes com uso de imunossupressores
        
        Pesquisa de alfa-1-antitripsina, calprotectina ou lactoferrina para determinar atividade da doença.
        
        História Clínica
        
        Queixa de dor abdominal intensa, noturna e associada a diarreia constituem os dados mais valorizáveis na anamnese. Deve-se investigar também sobre manifestações extraintestinais, distúrbios de humor, recentes problemas médicos ou infecções, história passada de tuberculose, viagens, medicações (antibióticos e AINEs), história familiar de DII, doença celíaca, câncer colorretal e uso de tabaco.
        
        Exame Físico
        
        Dados antropométricos e de desenvolvimento sexual relacionados com a idade; dor à palpação principalmente no quadrante inferior direito do abdome com ou sem massa palpável; presença de fissuras, abscessos ou fístula na região perianal e lesão perineais são importantes, podendo ser o único achado de exame.
        
        Exames de imagem:
        
        RX de abdome simples: Obstrução intestinal, extensão da colite, perfuração, oclusão de megacólon tóxico.
        
        RX com contraste: Associado a um enema de bário é contraindicado em casos graves. Do esôfago, estomago e duodeno pode revelar sinais de espessamento da mucosa ou estreitamento da luz. É possível observar o sinal de “lesão de corda”, típico de doença de Crohn que consiste em várias regiões de estenose em segmentos diversos do cólon, não confluentes.
        
        Trânsito intestinal: O exame é realizado por meio do uso de fluoroscopia e um agente de contraste (bário). O intestino poderá ser visualizado em RX. O paciente, em jejum, vai tomar um contraste (bário) cuja passagem através do intestino delgado será documentada, tirando-se algumas radiografias até que o contraste chegue ao intestino grosso. O exame demora em média de 3 a 5 horas. Mostra estenoses, ulcerações e fistulizações.
        
        Ultrassonografia: Pode identificar espessamento da mucosa intestinal, adenomegalia e liquido na cavidade abdominal.
        
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      - TRATAMENTO
        
        Derivados salicílicos (sulfassalazina e mesalazina), que tem ação tópica, podendo ser tentada nos casos leves de DC ativa com envolvimento colônico;
        
        Corticosteroides – prednisona oral (1mg/kg/dia) pode ser empregado até a resposta clínica, quando então se passa a fazer o desmame. São eficazes na indução de remissão da DC, mas não são boas opções para manutenção;
        
        Imunossupressores – nesse grupo estão incluídos a azatioprina (AZA), 6-mercaptopurina (6MP), ciclosporina e metotrexato (MTX). Embora potentes imunossupressores, a AZA e 6MP não são tão eficazes na indução de remissão em pacientes com doença ativa, já que o efeito desejado com pico de ação ocorre em até 3 meses. O risco de linfoma de Hodgkin é aumentado nos pacientes que fazem seu uso, assim como o risco de câncer de pele não-melanoma.
        
        gentes biológicos – UMIRA (mamãe – adalimumabe), remicade. Imunossupressores que agem como um anticorpo monoclonal recombinante do IgG1 com o TNG-alfa.
        
        Anti-TNF: inibe o fator de necrose tumoral alfa (TNFα) ao se ligar aos receptores de TNF na superfície celular
        
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    - - DEFINIÇÃO
        
        A retocolite ulcerativa é uma doença idiopática caracterizada por episódios recorrentes de inflamação que acomete predominantemente a camada mucosa do cólon e do reto, raramente afetando o íleo. A doença segue de forma contínua, sem áreas salteadas entre mucosas normais e afetadas.
      - QUADRO CLÍNICO
        
        O quadro clínico é muito variado, pois depende da duração, localização, extensão, atividade da doença, presença de complicações e fase da doença. A doença manifesta-se insidiosamente ou abruptamente, porém a evolução é crônica com surtos de exacerbação intercalados com períodos de calmaria.
        
        Principais sintomas: dor abdominal tipo cólica, diarreia (inúmeras evacuações por dia), geralmente líquida, sanguinolenta com muco e/ou pus, tenesmo, fadiga, anorexia, anemia, desidratação, perda de eletrólitos, alterações da motilidade intestinal e desnutrição. A fase aguda apresenta febre, perda de peso e mal-estar
      - DIAGNÓSTICO
        
        O diagnóstico da doença inflamatório intestinal é estabelecido através de dados da anamnese, história clínica, exame físico e exames complementares, como laboratorial, endoscópico, histopatológico e radiológico. Como citado anteriormente, o paciente irá apresentar alguns sintomas, dentre eles dores abdominais, diarreia, sangramento, febre e perda de peso
      - TRATAMENTO
        
        Importante conscientizar o paciente quanto à natureza e evolução da doença para obter adesão ao tratamento
        
        Dieta hiperprotéica, hipercalórica e pobre em resíduos (estudos relatam exacerbação da doença com o uso de leite e seus derivados).
        
        Psicoterapia em casos selecionados.
        
        O tratamento pode ser feito utilizando corticoides (prednisona), aminossalicilato (mesalazina ou sulfassalazina), imunossupressores (azatioprina, mercaptopurina, ciclosporina) e imunobiológicos (infliximabe, adalimumabe, vedolizumabe).
        
        Colectomia – paciente com quadros graves sem resposta a ciclosporina ou imunobiológicos após 4 a 7 dias devem ser encaminhados para o tratamento cirúrgico
        
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