Please enable JavaScript.
Coggle requires JavaScript to display documents.
Paciente, sexo masculino, 36 anos. - Coggle Diagram
Paciente, sexo masculino, 36 anos.
QP: Dor na virilha há 01 dia, com inchaço na região, após uma partida de tênis.
Exame Físico
- Bem nutrido
- Abd: sem distensões nem sensibilidade. Ausculta normal.
- Inguinal: ausência de massa inguinal à direita.
- Inchaço não eritematoso de 3cm junto à porção medial da coxa, logo abaixo do ligamento inguinal direito.
- Palpação: sensibilidade localizada
- MMII: normal.
Achados Laboratoriais
- Leuco: 6.500/mm3
- Hb e Ht: normais
- Eletrólitos: normais
- EAS: normal
Exames Complementares
- Exames Cardiopulmonares: não significativos
- RX de abdome: sem anormalidades
HIPÓTESES DIAGNÓSTICAS
Hérnia inguinal
Tipos
indireta
tipo mais comum e ocorre no local da fraqueza causada pela passagem do testículo para a bolsa escrotal. Podem crescer e chegar até a bolsa escrotal; têm maior risco de complicações.
-
-
incidência: Constitui o tipo mais comum de hérnia e responde por 75% dos casos. Pode ocorrer na infância ou na vida adulta, com mecanismos etiológicos diferentes. É mais comum à direita (60%), seguida da esquerda (30%) e da bilateral (10%). Também é mais comum em homens do que em mulheres e, anatomicamente, divide-se em direta e indireta
Epidemiologicamente, a hérnia mais comum é a indireta, do lado direito.
Diagnóstico
História clínica e exame físico :
- Saliência na região inguinal ainda é o principal achado diagnóstico na maioria das hérnias inguinais.
- Dor associada ou desconforto vago na região,
- Na ausência de achados físicos, causas alternativas de dor precisam ser levadas em consideração.
- Sensação de parestesias relacionadas com compressão ou irritação dos nervos inguinais pela hérnia.
- A região inguinal é examinada com o paciente em ambas as posições, supina e de pé.
- O examinador inspeciona visualmente e palpa a região inguinal, observando quanto à assimetria, abaulamentos ou uma massa.
- Realizar a manobra de Valsalva pode facilitar a identificação da hérnia.
- O examinador coloca a ponta de um dedo sobre o canal inguinal e repete o exame.
- A ponta de um dedo é colocada no canal inguinal por invaginação da bolsa escrotal para detectar uma hérnia pequena.
- Uma protuberância movendo-se de lateral para medial no canal inguinal sugere uma hérnia indireta.
- Se a protuberância progredir de profunda para superficial através do assoalho inguinal, suspeita-se de uma hérnia direta.
- Uma protuberância identificada abaixo do ligamento inguinal é compatível com uma hérnia femoral.
Exames de imagem
- A ultrassonografia.
- Existe um alto grau de sensibilidade e especificidade do ultrassom na detecção de hérnias ocultas, direta, indireta e femoral.
- A tomografia computadorizada do abdome e pelve pode ser útil para o diagnóstico de hérnias obscuras e incomuns, bem como para massas atípicas da virilha.
:warning: Outras massas além de hérnias podem ocorrer na região da virilha.
O exame físico isoladamente em geral diferencia a hérnia inguinal e essas massas
- Diagnóstico Diferencial de Tumores da Virilha
- Hérnia inguinal
- Hidrocele
- Varicocele
- Testículo ectópico
- Epididimite
- Torção testicular
- Lipoma
- Hematoma
- Cisto sebáceo
- Hidradenite das glândulas apócrinas inguinais
- Linfadenopatia inguinal
- Linfoma
- Neoplasia metastática
- Hérnia femoral
- Linfadenopatia femoral
- Aneurisma
- Pseudoaneurisma da artéria femoral
-
Tratamento
-
Reparos de Tecido
- Os reparos de tecido tenham sido amplamente abandonados em função das taxas inaceitavelmente altas de recidiva, eles ainda são úteis em determinadas situações.
- Nas hérnias estranguladas em que a ressecção do intestino é necessária, próteses de malha são contraindicadas, e um reparo de tecido é necessário.
- As opções disponíveis para reparo de tecido incluem trato iliopúbico, reparos de Shouldice, Bassini e McVay
Reparo peritoneal
útil para reparo de: hérnias inguinais recidivadas, hérnias por deslizamento, hérnias femorais e algumas hérnias estranguladas.
-
-
Reparo Laparoscópico
A abordagem TEP para reparo laparoscópico de hérnia é demonstrada. O acesso à bainha do reto posterior é ganho na região periumbilical.
-
outro método de reparo com tela livre de tensão, com base em uma abordagem pré-peritoneal.
proporciona a vantagem mecânica de colocação de uma tela por trás do defeito cobrindo o orifício miopectíneo e usando as forças naturais da parede abdominal para ancorar a tela no local.
recuperação mais rápida, menos dor, a melhor visualização da anatomia permite corrigir todos os defeitos da hérnia inguinal e ter menos infecções do local cirúrgico.
Pacientes com sintomas mínimos, o clínico em geral é levado a ponderar entre o risco de complicações relacionadas com a hérnia.
- Espera vigilante para pacientes com hérnias assintomáticas ou minimamente sintomáticas.
- Uso de cinta funda
Hérnia Femoral
Incisional
Ventrolateral de Spiegel
Projeção do saco herniário através da linha semilunar ou pararretal externa, geralmente no nível da arqueada de Douglas, onde tem uma mudança da configuração da bainha, tornando a aponeurose mais larga.
Não tem uma explicação para o surgimento, ocorre mais na oitava década de vida e discretamente predominante no sexo feminino.
-
Na clinica o paciente apresenta dor e abaulamento, principalmente em pacientes magros e longilíneos.
O anel pode ser estreito, impossibilitando a palpação da massa no exame físico.
Ultrassom pode ser útil no diagnóstico. Ainda, pode ser realizado TC de abdome em pacientes obesos.
Tratamento cirúrgico, com acesso recomendado na região paramediana pararretal
Protrusão do conteúdo abdominal por meio de áreas enfraquecidas na parede abdominal em virtude de intervenções cirúrgicas anteriores.
A incidência varia de 7 a 13% e pode chegar a 30% em cirurgias contaminadas. Algumas incisões são mais susceptíveis de ocorrer hérnia.
Na clínica o paciente apresenta um abaulamento na cicatriz da cirurgia prévia.
Localmente pode ocorrer escoriações e úlceras, encarceramento, obstrução intestinal e fístulas enterocutâneas.
-
Os principais fatores de risco envolve: infecção, desnutrição, DM, uso de corticoides, quimioterapia e radioterapia, aumento da pressão intra-abdominal e técnica cirúrgica inadequada.
O tratamento é cirúrgico e deve ser feito precocemente. Hérnias com evolução arrastada podem evoluir com perda do conteúdo herniado. A correção é difícil e pode evoluir com restrição respiratória e síndrome compartimental abdominal.
Alguns profissionais pode usar a técnica do pneumoperitôneo progressivo. O objetivo da técnica é fazer com que haja melhora da complacência abdominal, a ponto de permitir a redução da hérnia sem prejuízo à função respiratória.
Em caso de encarceramento do conteúdo herniado, pode ser preciso enterectomias ou estomas. Deve ser evitado ressecções muito amplas, para que o paciente não evolua com síndrome do intestino curto.
-
-
Hérnias
classificação
segundo o local
crurais, umbilicais, diafragmáticas, paramedianas, epigástricas, lombares ou de Petit, obturadoras, perineais
-
segundo etiologia
congenitas, adquiridas e pós-operatórias
-
conforme conteúdo
intestino delgado, intestino grosso, bexiga e gástricas
conforme redutibilidade
redutíveis, encarceradas ou estranguladas
-