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ATEÍSMO - Coggle Diagram
ATEÍSMO
CIENTÍFICO
O ateísmo científico é influenciado pelas ideias de
LeDrew (principal), Comte, Darwin, Spencer.
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Darwin
A teoria de Darwin fornecia uma explicação científica da aparente teleologia no mundo dos seres vivos. Darwin não foi um ateísta, mas sua própria teoria mina suas crenças religiosas.
O ateísmo científico tomará a teoria da evolução de Darwin como um importante instrumento para desqualificar a cientificidade e a razão das crenças religiosas como cognitivamente falhas.
Spencer
A influência de Spencer foi igualmente indireta, pois este sustenta com Comte que as explicações religiosas são falsas, mas seu foco não é o problema religioso, e sim a aplicação equivocada da teoria da evolução à sociedade.
As sociedades evoluem, e algumas estão mais evoluídas e outras são inferiores; a sociedade evoluída é a liberal, capitalista e europeia. Essa ideia de progresso atingido e idealizado pela sociedade vitoriana também influenciará o ateísmo científico.
LeDrew
Define como o conjunto de crenças nos poderes das ciências e, no caso das ciências naturais, na capacidade de serem eliminadas as pseudoexplicações científicas das religiões, principalmente o criacionismo, que contradiz a teoria darwinista.
Além disso, supõe-se que a sociedade fará progressos quando for dirigida pela autoridade da ciência: a ciência como planejadora da sociedade trará o progresso e eliminará os problemas humanos.
Concebe a religião como um conjunto de crenças e uma explicação falsa do mundo natural, além de considerá-la um empecilho para o desenvolvimento da ciência e da sociedade. Ela seria eliminada pela boa educação científica, que permite à razão suplantar a superstição.
O ateísmo científico é limitado, pois está centrado fundamentalmente nos aspectos cognitivos da crença religiosa e nos argumentos que fundamentam essa crença.
HUMANISTA
Para o ateísmo humanista, que assume muitas das críticas da ciência em relação às crenças religiosas, o importante é conceber a religião não apenas como uma teoria explicativa do mundo, mas enquanto um fenômeno tipicamente social, uma forma de vida.
Para o ateísmo humanista, a religião é uma ilusão, e isso é central para Sigmund Freud em sua compreensão do fenômeno religioso. Freud concorda com o iluminismo racionalista que a religião oferece uma falsa explicação, mas elabora uma explicação psicológica da sua origem.
O filósofo alemão Friedrich Nietzsche compreende o animal religioso como uma fase de sua evolução ao “Além do homem”. O homem só se tornará o que de fato pode ser por meio da “morte de Deus”, pois não há um fundamento último e transcendente que alicerce o sentido da vida, da moral, do conhecimento, da beleza, da sociedade.
A fé, por sua vez, rouba do ser humano a capacidade de entender, dependendo o indivíduo da religião, do clero, para prover de sentido sua existência.
Compreende a religião não apenas como uma teoria, mas como um fenômeno humano que é provocado por certa forma de vida, de condições materiais e psicológicas. A religião é uma expressão da alienação, do sofrimento, da injustiça.
A religião não é uma teoria, mas sobretudo um modo de vida em certo contexto material (social e político). A religião só muda e desaparece se as condições materiais e psicológicas que a propiciam mudarem.
Religião
A religião não é somente uma ideia desencarnada, mas uma espécie de epifenômeno que surge de certas condições sociais e pessoais.
L. Feuerbach, que compreende a religião, e especificamente o conceito de divindade, como a projeção das características do próprio ser humano de forma hiperbólica.
Marx segue linha semelhante, defendendo que a religião é um fenômeno social que depende das condições materiais de vida. Seria a expressão da alienação, isto é, algo que pertencia ao indivíduo lhe foi tirado, de modo que o próprio indivíduo já não tem consciência de pertencer a si.
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