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Cirrose, Os miofibroblastos são células contráteis, capazes de comprimir…
Cirrose
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DEFINIÇÃO
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É um processo difuso caracterizado por fibrose e pela conversão do parênquima normal em nódulos estruturalmente anormais.
Esses nódulos regenerativos perdem a organização lobular normal e são circundados por tecido fibroso.
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QUADRO CLÍNICO
Aproximadamente 40% dos indivíduos com cirrose são assintomáticos até um ponto tardio na evolução da doença
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FISIOPATOLOGIA
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Patogenia
Os processos patogênicos centrais na cirrose consistem em morte dos hepatócitos, deposição de matriz extracelular (MEC) e reorganização vascular.
No fígado normal, os colágenos intersticiais (tipos I e III) estão concentrados em tratos portais e ao redor das veias centrais, e faixas delgadas de colágeno de tipo IV estão presentes no espaço de Disse.
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Na cirrose, o colágeno de tipos I e III é depositado no espaço de Disse, criando tratos septais fibróticos.
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A deposição de colágeno no espaço de Disse é acompanhada pela perda de fenestrações das células endoteliais dos sinusoidais , prejudicando a função dos sinusoides como canais que permitem a troca de solutos entre os hepatócitos e o plasma
A arquitetura vascular do fígado é distorcida pela lesão e cicatrização do parênquima, com a formação de novos canais vasculares nos septos fibróticos que conectam os vasos da região portal às veias hepáticas terminais, desviando o sangue do parênquima.
Fibrose
Mecanismo predominante é a proliferação de células estreladas hepáticas e sua ativação para células altamente fibrogênicas.
A proliferação de células estreladas hepáticas e sua ativação em miofibroblastos são iniciadas por uma série de alterações:
O aumento na expressão do receptor do fator de crescimento derivado de plaquetas β (PDGFR-β) nas células estreladas.
As células de Kupffer e os linfócitos liberam citocinas e quimiocinas que modulam a expressão dos genes nas células estreladas envolvidos na fibrogênese.
Quando são convertidas em miofibroblastos, as células liberam fatores quimiotáticos e vasoativos, citocinas e fatores de crescimento.
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Durante todo o processo de lesão hepática e fibrose no desenvolvimento da cirrose, a regeneração dos hepatócitos sobreviventes é estimulada e estes proliferam na forma de nódulos esféricos que confinam os septos fibrosos.
O resultado final é um fígado fibrótico e nodular, no qual o suprimento de sangue para os hepatócitos está severamente comprometido, assim como a capacidade de os hepatócitos secretarem substâncias no plasma.
A degeneração da interface entre o parênquima e os tratos portais também pode sumir os canais biliares, levando ao desenvolvimento de icterícia.
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Os miofibroblastos são células contráteis, capazes de comprimir os canais vasculares sinusoidais e aumentar a resistência vascular no interior do parênquima hepático; sua contração é estimulada pela endotelina-1 (ET-1).