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Sócrates - Coggle Diagram
Sócrates
A filosofia socrática: a ignorância como ponto de partida
A ironia socrática começa quando ele aceita, aparentemente, a explicação de seu interlocutor, ao mesmo tempo que lhe formula uma pergunta;
Nessa ironia socrática, exercita-se detalhadamente a dúvida como recurso indispensável para revelar que o suposto conhecimento é apenas uma opinião que não expressa a verdade;
O diálogo, conforme Sócrates, realiza-se com a participação de pessoas que, por intermédio de perguntas e respostas cuidadosamente elaboradas, examinam um tema com um propósito comum: ultrapassar as simples opiniões dos indivíduos e atingir a verdade racionalmente identificada por todos;
É praticando a dúvida que nos tornamos racionalmente capacitados a identificar e, consequentemente, a remover o que for falso;
O método de Sócrates, chamado de dialógico ou dialético, aspira à eliminação dos saberes aparentes e à construção racional do verdadeiro conhecimento. O procedimento intelectual socrático caracteriza-se pelo diálogo;
Para Sócrates, a dúvida é parte imprescindível do caminho, e não o ponto final;
Por essa razão, Sócrates é o mais sábio: ele sabe que nada sabe, e o reconhecimento de sua ignorância é entendido como o passo inicial e fundamental no longo caminho para o conhecimento;
Esse modo de agir de Sócrates era visto como algo que corrompia as leis, que ameaçava as autoridades, os quais temiam parecer injustos;
O filósofo conclui que, na realidade, eles são apenas aparentemente sábios: pensam que são sábios, mas, na verdade, não são. São, portanto, duplamente ignorantes, ou seja, nada sabem e pensam que sabem;
Para Sócrates, devemos ser praticantes da dúvida para removermos falsos conhecimentos;
A sacerdotisa do oráculo de Delfos declarou que Sócrates é o mais sábio entre todos os seres humanos. Ele se surpreende com essa afirmação, pois se considera um ignorante. Então ele decidiu procurar por poetas, artesãos, políticos, enfim, por todos aqueles que, de algum modo, julgam-se detentores de conhecimentos e são socialmente admirados por seus supostos saberes;
O conhecimento definitivo – verdades universais e racionalmente acessíveis a todos os seres humanos – sempre foi a meta do projeto filosófico socrático. Portanto, quando todos estiverem convencidos da própria ignorância, nova etapa do diálogo será iniciada, com o objetivo de conquistar a verdade;
O ponto de partida do método do Sócrates é o reconhecimento de sua ignorância: só sei que nada sei;
Sofistas
O relativismo dos sofistas para eles, não há valores morais universalmente verdadeiros que devam ser seguidos por seres humanos de diferentes sociedades. Os princípios de moralidade e seus conteúdos são construídos na vida em sociedade;
Assim, os conteúdos de valores, como bem e mal, justo e injusto e certo errado não são absolutos e objetivos, variando de sociedade para sociedade, de acordo com suas diferentes formações culturais;
Os sofistas não acreditam em critérios absolutos de distinção entre a verdade e a falsidade. Essa postura, expressa-se em um relativismo cultural e ético;
De acordo com essa perspectiva, pode-se argumentar com competência em defesa da existência dos deuses, tanto quanto é possível discursar coerentemente acerca da não existência desses seres, este é apenas um entre os variados temas sujeitos a antilogias;
Para os sofistas, não devemos procurar uma moral única e definitiva para todos os seres humanos, pois a moralidade é uma simples criação da vida em sociedade, cuja finalidade é regular as relações sociais;
Os sofistas refletem sobre o ser humano em sua condição política, exibem as qualidades argumentativas necessárias aos cidadãos para participarem dos debates públicos. Protágoras de Abdera, é um exemplo dessa projeção, ele é mestre das antilogias;
Juntamente com os sofistas, Sócrates elege o ser humano como o tema essencial da investigação filosófica;
Sócrates é contemporâneo dos sofistas. E ambos protagonizam uma significativa mudança temática na filosofia;
Sócrates contesta a moral aristocrática porque ela não se baseia em critérios racionais. Para substituí-la, ele propõe a busca por valores morais identificados racionalmente e fundamentados no conhecimento da natureza humana. Para Sócrates, a verdadeira meta da filosofia é a conquista da autonomia moral dos seres humanos. Para ele, o conhecimento racional sobre o ser humano e o sentido de sua vida proporcionam acesso a princípios morais verdadeiros e universais, com os quais se alcança a felicidade;
Sócrates concede especial importância ao exercício da dúvida para a conquista do conhecimento;
Assim, Sócrates se diferencia dos sofistas, uma vez que compreende a filosofia como o percurso para a verdadeira moralidade, acima das diversas noções morais que encontramos nas sociedades humanas. Sócrates critica severamente o que avalia como descompromisso dos sofistas com a verdade, destacando que a atividade filosófica é autêntica somente se estiver empenhada na obtenção de conhecimentos verdadeiros;