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PRECONCEITO - Causas, consequências e curas -…
PRECONCEITO -
Causas, consequências e curas
Preconceito:
Uma atitude hostil ou negativa direcionada a pessoas de determinado grupo, baseada apenas no pertencimento a esse grupo.
Traços ou comportamentos
individuais do alvo do preconceito passarão despercebidos ou serão desprezados. O preconceito tem um elemento cognitivo (o estereótipo) e pode influenciar o comportamento (na forma de discriminação).
Estereótipos:
A generalização de um grupo de pessoas, em que certos traços são atribuídos a praticamente todos os membros, sem se considerar a real variação entre os membros.
Estereotipar é um processo cognitivo e os estereótipos podem ser positivos ou negativos. Se você gosta de um grupo, seu estereótipo será positivo. Mas se você não gosta dele, seu estereótipo do mesmo comportamento será negativo.
Estereotipar é meramente uma técnica que todos usamos para simplificar nossa percepção de mundo — um instrumento bastante útil de nossa caixa de ferramentas mental.
Considerando nossa capacidade limitada de processar informações, é razoável que os seres humanos se comportem como “sovinas cognitivos” — pegando atalhos e adotando certas regras simples na tentativa de entender outras pessoas.
O estereótipo pode servir de atalho
adaptativo para lidar com situações complexas. Porém, se nos impede de enxergar as diferenças individuais dentro de uma classe de pessoas, ele pode se tornar desajustado, injusto e nocivo tanto para a pessoa que o mantém como para as pessoas que estão sendo amontoadas numa categoria.
estereótipos — “pequenas imagens que
carregamos dentro de nossas cabeças”.
Correlação Ilusória:
A tendência a ver relações ou correlações entre eventos que na verdade são não relacionados.
O que Há de Errado com os Estereótipos Positivos?
O abuso dos atalhos mentais do estereótipo pode ser flagrante e óbvio, como quando um grupo étnico é considerado preguiçoso e outro é considerado violento. Porém, o potencial abuso pode ser mais sutil e até mesmo envolver um estereótipo de atributo positivo.
Estereótipos de Gênero:
Exemplos - As mulheres são mais empáticas e falantes, os homens são mais competentes e agressivos. Porém, como sempre,
os estereótipos exageram as diferenças entre os sexos, ignoram os diferentes traços de personalidade e as habilidades dentro de cada gênero e simplificam demais
.
O sexismo toma duas formas básicas:
Sexistas hostis mantêm estereótipos negativos das mulheres:
elas são
inferiores aos homens porque são inerentemente menos inteligentes, menos competentes, menos corajosas, menos capazes em matemática e ciências e assim por diante.
Os sexistas benevolentes mantêm um estereótipo positivo das mulheres:
elas são mais amáveis que os homens, mais empáticas, mais caridosas.
Ambos os estereótipos rebaixam as mulheres porque os sexistas benevolentes,
assim como os hostis, supõem que as mulheres são um sexo mais frágil.
Emoções: O Componente Afetivo
Se você alguma vez já discutiu com alguém cujo preconceito é profundamente enraizado, deve saber como é
difícil fazer essa pessoa mudar de ideia É principalmente o aspecto emocional das atitudes que torna tão difícil argumentar com a pessoa preconceituosa.
Argumentos lógicos não são eficazes para enfrentar emoções.
Se você tem um estereótipo de um
grupo que você não conhece muito bem e não investiu emocionalmente tanto nele, é provável que haja abertura para informações que o contestem.
Esse é o sinal de que o raciocínio emocional está trabalhando: ele é impenetrável à lógica ou à evidência.
“derrotado intelectualmente, o
preconceito perdura emocionalmente”. Ele quis dizer que o componente emocional — os sentimentos negativos profundamente enraizados — pode persistir mesmo quando a pessoa tem consciência de que o preconceito está errado.
Os preconceitos explícitos,
conscientes declinaram e os sentimentos negativos
implícitos, inconscientes, entre os grupos também diminuíram.
Sustentam que as atitudes implícitas, sendo
automáticas e não intencionais, refletem a permanência dos sentimentos negativos que mantêm o preconceito vivo abaixo da superfície.
Discriminação: O Componente Comportamental
Discriminação:
Ação negativa injustificada ou prejudicial dirigida a um membro de um grupo apenas por pertencer a ele.
O preconceito também pode levar à discriminação através das “microagressões”: os “desprezos, indignidades e
humilhações” que muitas minorias e pessoas com deficiências físicas experimentam.
preconceito — um misto de estereótipo e de “calor” emocional dirigido a um grupo particular.
O Racismo Moderno e Outros Preconceitos Implícitos
Com a ilegalidade da maior parte das discriminações manifestas, muitas pessoas se tornaram mais cuidadosas,
agindo exteriormente sem preconceitos embora internamente mantenham sentimentos preconceituosos.
Racismo Moderno:
Externamente atuar sem preconceito embora mantendo, internamente, atitudes preconceituosas.
Ativação de Preconceitos Implícitos:
Não é necessário muito para ativá-los e, uma vez que isso acontece, eles podem gerar terríveis consequências para
a maneira como percebemos e tratamos um membro específico de um grupo externo. Os participantes conseguem suprimir seus sentimentos negativos sob condições normais, porém, logo que ficam irritados ou frustrados, expressam seus preconceitos implícitos diretamente.
Processamento Automático e Controlado de Estereótipos:
Um estereótipo é automaticamente ativado quando a pessoa encontra um membro de um grupo minoritário, mas pode ser ignorado ou refutado através do processamento controlado. E o que
acontece se a pessoa está ocupada, sobrecarregada ou distraída? Ela pode não conseguir iniciar o nível controlado de processamento.
Efeitos do Preconceito na Vítima:
Um resultado comum de ser alvo do preconceito é a diminuição da autoestima, com a internalização da visão da sociedade de que um grupo seria inferior, pouco atraente ou incompetente.
Profecia Autorrealizadora:
Caso em que as pessoas têm uma expectativa de como outra pessoa é, o que influencia como agem em relação a ela, fazendo com que ela se comporte de acordo com a expectativa original das pessoas, tornando as expectativas realidade.
Ameaça do Estereótipo:
A apreensão experimentada por membros de um grupo de que seu comportamento possa confirmar um estereótipo cultural.
A ameaça do estereótipo pode afetar o desempenho não apenas dos muitos afro-americanos e das mulheres de qualquer etnia, mas também dos latino-americanos, pessoas de baixa-renda e idosos — todos eles desempenham melhor quando não estão autoconscientes de pertencerem a um grupo negativamente estereotipado. Quanto mais consciência do estereótipo de seu grupo têm os indivíduos, maior é o efeito no desempenho.
A Ameaça do Estereótipo Pode Ser Superada?
Se meramente pensar num estereótipo pode prejudicar o desempenho, então algum tipo de set mental pode ajudar a melhorá-lo, caso contrarie esse estereótipo. O set mental “sou boa aluna” contrariou eficazmente o estereótipo “mulheres não são boas em matemática”, melhorando significantemente o desempenho espacial das participantes do teste.
O que Causa o Preconceito?
Discriminação institucional:
Práticas que discriminam, legal ou ilegalmente, grupos minoritários em razão de sua etnia, gênero, cultura, idade, orientação
sexual, ou outro alvo de preconceito da sociedade ou da companhia.
Racismo Institucionalizado:
Atitudes racistas mantidas pela vasta maioria das pessoas que vivem numa sociedade em que estereótipos e discriminações
são a norma.
Sexismo Institucionalizado:
Atitudes sexistas mantidas pela vasta maioria das pessoas que vivem numa sociedade em que os estereótipos e discriminações são a norma.
Conformidade Normativa:
A tendência de acompanhar o grupo para atender às expectativas do grupo e ser aceito.
A compreensão desse fenômeno ajuda a explicar por que as pessoas profundamente preconceituosas podem não agir contra isso, e por que as pessoas não preconceituosas podem se comportar de maneira discriminatória: elas estão se conformando às normas de seus grupos sociais ou instituições. Ser um não conformista é bastante difícil: os amigos podem rejeitá-lo ou seu empregador pode demiti-lo.
No caso do preconceito, muitas pessoas preferem acompanhar a visão predominante de seus amigos e da
cultura a remar contra a corrente. É como se dissessem “todo mundo acha que os Xs são inferiores. Se eu for simpático com eles, as pessoas não vão gostar de mim. Elas vão falar mal de mim. Eu poderia perder o emprego.
Não preciso desse aborrecimento. Vou apenas me juntar a todos os outros”.
Categorização Social: Nós versus Eles
O primeiro passo para formar o preconceito é a criação de categorias — colocar pessoas dentro de um grupo de acordo com certas características e outras dentro de outro grupo com base em características diferentes.
Quando encontramos pessoas com essas características, confiamos em nossas percepções de como eram as pessoas com características semelhantes no passado para nos ajudar a determinar como reagir a outra pessoa com as mesmas características. Por isso, a categorização social é útil e necessária, mas tem implicações profundas.
O Viés do In-Group:
sentimentos positivos e tratamento especial para as
pessoas que definimos ser do nosso grupo e sentimentos negativos e tratamento injusto para os outros simplesmente por definirmos que são membros de outro grupo.
O grande motivo subjacente é a autoestima: os indivíduos procuram elevá-la identificando se com grupos sociais específicos. Contudo, a autoestima só aumentará se o indivíduo considerar esses grupos superiores aos outros.
Homogeneidade do Out-Group:
A percepção de que os indivíduos do out-group são mais semelhantes entre si (homogêneos) do que realmente são, assim como mais homogêneos do que os membros do in-group.
Como Atribuímos Significado: Vieses Atribucionais
Erro Final da Atribuição:
A tendência de fazer atribuições disposicionais a um grupo inteiro de pessoas.
Atribuições disposicionais — isto é, saltar para a conclusão de que o comportamento é
devido a algum aspecto da personalidade, e não da situação. Esse é o familiar erro fundamental de atribuição.
Culpar a Vítima:
A tendência de culpar os indivíduos (fazer atribuições disposicionais) por sua vitimização, tipicamente motivada pelo desejo de enxergar o mundo como um lugar justo.
Ver o mundo como bom e justo, onde as pessoas recebem o que merecem e merecem o que recebem. Esse raciocínio constitui a demanda de que os membros do out-group devam se conformar a padrões de comportamento mais rigorosos do que os da maioria.