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Caso da semana 09, Objetivos - Coggle Diagram

- - - - Paciente descreve uma dor excruciante e sangramento produzido pela defecação.
        
        Os episódios de dor duram de 15 a 20 minutos .
        
        Paciente não consegue defecar há três dias .
        
        Nega ter tido febre , dificuldade para urinar ou episódios prévios de dor .
        
        Não toma medicamentos .
        
        História médica anterior não é reveladora
      - Exame físico
        
        Temperatura: 37,7ºC .
        
        Frequência da pulsação : 100bpm
        
        Pressão arterial : 140/90 mmHg
        
        O exame da região perianal revelou a existência de um apêndice cutâneo anal localizado às 12 horas.
        
        Não há massas , eritema nem sensibilidade na região perianal ou nas nádegas .
        
        Durante a tentativa de exame retal digital, o paciente apresentou uma sensibilidade extraordinária que resultou em uma avaliação inadequada .
        
        Exames laboratoriais
        
        Valores normais para :
        
        LEU
        
        Hemoglobina
        
        Hematócrito
        
        Contagem plaquetária.
- - - - Fístulas
        
        Ocorre por oclusão da cripta por resíduos alimentares ou fecais e por até edema pós traumático, dificultando a drenagem e seguida de infecção local.
        Pode ter relação com doença inflamatória intestinal, hidradenite supurativa, TB, neoplasias e doença actínica.
        Ainda, pode ocorrer depois de hemorroidectomia ou esfincterotomia.
        
        Diagnóstico
        
        Classificação de Parks: Interesfincteriana, transesfinctriana, isquiorretais, supraelevadoras e extraesfincteriana.
        
        Simples: Trajeto submucoso ou interesfincteriano, nunca tratadas cirurgicamente.
        Complexa: Outras e as recidivas.
        
        É possível observar um orifício externo à borda anal, drenando material fecal e pus. Quando múltiplas deve alertar para doença inflamatória intestinal.
        
        Tratamento
        
        Na interesfincteriana, pode-se realizar a fistulotomia em um único tempo. Nas transesfincterianas, por vezes é necessário ser em 2 tempos, com sedeho ou drenos por 4 a 8 semanas. As extraesfincterianas, também podem ser tratadas com sedenho, avanço de retalho mucoso, ampliação do orifício de drenagem externa ou material de preenchimento, como plug de colágeno ou cola biológica.
      - Abscessos
        
        Fisiopatologia
        
        Processos infecciosos, relacionados com doença das glândulas nas criptas de Morgagni.
        
        Representa a fase infecciosa aguda.
        
        70% cornifica e evolui para fístula.
        
        Pode ser: perianal, isquiorretal, interesfincteriana, e supraelevadora.
        
        Diagnóstico
        
        Na clínica o paciente apresente dor local, podendo ter somente dor perianal.
        Pode ser encontrado: dor, calor, rubor e tumor.
        Caso no exame físico não mostre outra causa como, trombose ou fissura, pode ser indicado o exames como USG e TC de pelve para excluir abscesso profundo.
        
        Tratamento
        
        Devem ser drenados precocemente. ATB não é essencial, mas é recomendado para valvulopatas, diabéticos e imunodeprimidos.
        
        A drenagem deve ser feita o mais próximo o possível da borda anal, pois caso evolua para fístula, o trajeto será menor.
    - - - Definição :
        É uma patologia infecciosa
        da região sacrococcígea de origem
        relacionada, em geral, a fatores adquiridos.
        
        Epidemiologia :
        Adultos jovens, do sexo masculino na proporção de 2:1 em relação ao feminino, na raça branca e em hirsutos.
        
        Etiopatogenia :
        
        A doença pilonidal seria resultado da sucção de pêlos da pele para o subcutâneo por pressão negativa das nádegas, formando uma cavidade recoberta por tecido de granulação, com pêlos aprisionados em seu interior, que atuariam como corpo estranho.
        
        Causada pelo atrito da região interglútea, provocado pelos movimentos de deambulação e/ou por traumas locais que propiciariam a justaposição de pêlos em feixes. Estes migrariam, por sucção, para o tecido celular subcutâneo, por causa da pressão negativa que se forma no tecido subcutâneo da região, pelo estiramento da pele, nos movimentos de sentar e levantar, aliados à elevação da fascia sacrococcígea
        
        Quadro clínico :
        
        Na fase aguda:
        
        presença de tumoração sacrococcígea ;
        
        associada a dor intensa e febre;
        
        indicativos de processo supurativo abscedado.
        
        Na fase crônica :
        
        presença de tumoração na região sacrococcígea;
        
        acompanhada por orifício único ou múltiplo;
        
        secreção e dor;
        
        Pode haver, também, eliminação de pêlos pelos orifícios da lesão.
        
        Em alguns enfermos há o relato de trauma local, antecedendo os sintomas.
        
        Diagnóstico :
        
        história clínica
        
        exame físico da região sacrococcígea, com presença de tumoração subcutânea de forma, tamanho e consistência variáveis.
        
        Na maioria dos enfermos, há um orifício primário, em geral, de pequena dimensão, situado na linha interglútea.
        
        Outros orifícios secundários podem estar presentes, nesta mesma linha ou lateralmente a ela, com ou sem eliminação de secreções purulentas ou muco-sangüinlentas, ou com a presença de pêlos saindo de seu interior.
        
        Estes achados caracterizam a fase crônica da doença pilonidal.
        
        Algumas vezes o cisto pilonidal pode manifestar-se na forma de um abscesso sacrococcígeo, que pode ou não, drenar espontaneamente.
        
        O diagnóstico diferencial deve ser feito com as seguintes enfermidades: foliculites, hidroadenite supurativa, fístula da região anorretal e tumores benignos e malignos da região.
        
        Tratamento :
        
        O tratamento da doença pilonidal sacrococcígea é, essencialmente, cirúrgico.
        
        Objetivando a retirada dos pêlos e do tecido de granulação que o circunda. A ferida resultante poderá ficar aberta, cicatrizando por segunda intenção ou ser fechada por meio de suturas ou plásticas com retalhos cutâneos.
        
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        Manifesta-se de várias maneiras, em especial, pela formação de uma cavidade sinusal crônica, eventualmente, abscedada. Esta cavidade não possui parede própria (sendo, portanto, um pseudocisto) e é reacional ao processo inflamatório com formação de tecido de granulação decorrente da presença de pêlos no seu interior.
      - Hidradenite Supurativa
        
        Definição: É uma doença crônica, recidivante, da pele e tecido celular subcutâneo, caracterizada pela formação de abscessos e trajetos fistulosos, acometendo, inicialmente, as glândulas sudoríparas apócrinas. A hidroadenite supurativa localizada nas regiões perineal, inguinal e glútea é pouco frequente, porém ocasiona intenso sofrimento aos enfermos, com repercussão psicológica, familiar e profissional.
        
        Etipatogênia : As glândulas sudoríparas apócrinas são glândulas tubulares compostas, situadas no tecido subcutâneo profundo, maiores e muito menos numerosas do que as écrinas, em íntima relação com os folículos pilosos. Sua localização é restrita, principalmente, ao dorso do pescoço, axilas, aréola mamaria, região inguinal, púbis, nádegas, regiões perianal e perineal, incluindo vulva e escroto, e coxas. Seus ductos excretores desembocam no folículo piloso ou diretamente na pele, perto dele. Só se ativam na puberdade, regredindo gradualmente com a idade, sendo, dessa maneira, consideradas glândulas sexuais, com produção da 5-alfa testosterona-redutase e com secreção espessa e de composição complexa (protoplasma).
        
        Quadro clínico :
        
        A enfermidade tem curso crônico e recidivante.
        
        apresentam vários orifícios fistulosos nas regiões perineal, inguinal, glútea, na raiz das coxas, no escroto ou na vulva;
        
        Com queixa de supuração crônica e dor.
        
        Há endurecimento da pele e do tecido celular subcutâneo e palpam-se nódulos hipodérmicos e trajetos fistulosos múltiplos e serpiginosos.
        
        As cicatrizes deixadas pelos abscessos e fístulas têm aspecto de quelóide.
        
        Diagnóstico:
        
        É feito essencialmente pelo seu quadro clínico.
        
        A presença de vários orifícios fistulosos nestas regiões, com endurecimento da pele e celular subcutâneo e supuração crônica.
        
        O diagnóstico diferencial deverá ser com a furunculose, a tuberculose, o linfogranuloma venéreo, a actinomicose, o cisto pilonidal, a doença de Crohn, os abscessos e as fístulas perianais.
        
        Tratamento:
        
        O tratamento clínico com antimicrobianos é utilizado no combate da infecção local, porém é ineficaz para a erradicação da moléstia.
        
        A excisão cirúrgica é a única opção para sua cura definitiva. Deverá ser ampla e radical, incluindo toda a área comprometida, com margem segura e profundidade suficiente, até atingir os tecidos normais e, sempre que possível, preservando a pele perianal.
        
        De acordo com a extensão e complexidade das áreas cruentas resultantes dessa excisão, a mesma poderá ser tratada pela sutura primária, pela cicatrização por segunda intenção ou pelos enxertos livres de pele, imediatos ou tardios, após o controle da infecção.
        
        Sua recidiva pode ocorrer, segundo a literatura, entre 5 e 30% dos enfermos, independentemente do método optado para o tratamento da ferida resultante.
      - Prurido anal
        
        As condições de normalidade da pele na região anal e perianal são facilmente deterioráveis por falta de ventilação, pelo calor, pela umidade e pela contaminação por fezes, podendo ocasionar uma dermatite, definida pela presença de um processo inflamatório ou infeccioso e caracterizada pelo prurido anal.
        
        Etiopatogenia:
        As dermatites perianais, sob a visão da coloproctologia, podem ser classificadas de acordo com sua extensão em:
        • superficiais ou de primeiro grau: comprometem somente a camada epidérmica, ocasionando um eritema local com ou sem erosão ou ragade, podendo ser única ou múltiplas;
        • profundas ou de segundo grau: atingem as camadas da derme e da hipoderme, podendo exprimir-se na pele pela presença de vesículas, ulcerações, liquenificação e/ou verrucosidades, entre outras alterações morfológicas.
        
        Em relação à intensidade, são classificadas em: discreta, moderada ou grave.
        
        Quanto à presença ou predominância dos tipos de lesão na pele, em: aguda, subaguda ou crônica.
        
        De acordo com sua etiologia são chamadas de:
        • primárias: quando são dermatites provenientes da própria pele perianal;
        • secundárias: quando são lesões de outros órgãos ou sistemas que se manifestam por alteração da pele perianal.
        
        A despeito da patogenia diversa, suas manifestações clínicas são frequentemente semelhantes, estando o prurido anal presente na maioria delas, de maneiras variáveis, contínuas ou com períodos de acalmia e paroxismos, geralmente, mais intensos à noite.
        
        A ardente necessidade de coçar-se pode provocar escoriações na pele, agravando a lesão e perpetuando o prurido.
        
        Enfermidades coloproctológicas ou ginecológicas podem estar envolvidas, bem como reações metabólicas ou psicológicas.
        
        Em todos os casos portanto, é necessário uma anamnese criteriosa, exame clínico, proctológico, ginecológico e dermatológico completos e quando indicada, uma investigação laboratorial complementar e biópsia das lesões.
        
        A dermatite dita de contato proporciona o quadro dermatológico mais comum de reação inflamatória da região anal e perianal que provoca o prurido anal.
        
        Quadro Clínico : O quadro inicial pode ser agudo, fundamentalmente eritematoso, com a presença de prurido anal de intensidade variável, sangramento discreto e raramente dor.
        
        Diagnóstico:
        
        A inspecção perianal revelará um simples eritema da região, com ou sem exsudação. Sua evolução é para uma dermatite subaguda, dita eczematosa.
        
        Apresenta-se, à inspecção, como lesões congestivas, microerosivas ou exsudativas, raramente vesiculares, escoriações provocadas pela coçadura da região e com formação de ragades perianais direcionadas ao canal anal.
        
        Em alguns casos, podem estender-se às nádegas, ao períneo, ao escroto ou à região vulvar, particularmente nos casos de longa duração ou por tratamentos impróprios.
        
        O prurido anal, nessa fase, tem um começo gradual ou abrupto, manifestando-se geralmente pelo desejo de coçar, com maior intensidade à noite. Esse sintoma é, por vezes, intermitente, podendo persistir por longos períodos com grande intensidade.
        
        A fase crônica pode apresentar uma dermatite perianal liquenificada, caracterizada por um espessamento cutâneo coberto por pedaços brancos macerados, o qual pode atingir progressivamente a pele adjacente. Nessa fase, o prurido anal é intenso, podendo provocar insônia, ansiedade e depressão.
        
        A infecção secundária pode surgir como complicação da fase aguda exsudativa ou por coçadura na crônica. É causada por bactéria piogênica (estafilococos ou estreptococos) ou pelas bactérias intestinais.
        
        Tratamento:
        
        Abordagem local com medicamentos e conduta higiênica e dietética.
        
        Remove-se todo agente irritante ou sensibilizante, procurando esclarecer o paciente.
        
        É importante notar que, nas dermatites de contato crônicas, de longa duração, após instituído o tratamento, as alterações cutâneas regridem lentamente.
        
        Corticosteróides tópicos, preferencialmente na forma de creme, para não agravar a maceração da pele, devem ser usados em pequena quantidade, só no local lesado, por curto período e não de maneira contínua.
        
        Na fase inflamatória aguda, indica-se um a dois banhos de assento diários de permanganato de potássio na diluição de 1:40.000, em água morna.
        
        Na presença de intenso prurido anal, pode-se administrar anti-histamínicos para seu alívio.
        
        Estão contra-indicados os tratamentos locais mistos de antimicóticos e antimicrobianos, o uso de cáusticos tópicos e antibióticos orais.
        
        Lavar a região perianal após cada evacuação, com água e, eventualmente, sabonete neutro, enxugando cuidadosamente com toalha de algodão.
        
        Proibir o uso de papel higiênico, para limpeza ou para enxugar o ânus, de alimentos condimentados, de pimentas, de bebidas alcoólicas e de laxativos.
        
        Corrigir a obesidade, caso presente, evitar permanecer sentado por longos períodos e atividades que possam traumatizar a região perianal, como cavalgar e andar de bicicleta, faz parte das medidas preventivas a tomar com o enfermo.
  - - - O câncer do ânus corresponde a 4% de todas as neoplasias malignas do trato digestivo baixo, sua incidência tem aumentado após a década de 80
        
        Cerca de 75% a 80% destes tumores são carcinomas espinocelulares
        
        o câncer anal aumentou cerca de 3 vezes - mais nas mulheres que nos homens - numa taxa anual global estimada em 2,6%
        
        A doença acomete principalmente pacientes na sexta e sétima décadas de vida
        
        O epitélio do canal anal - da borda anal até a linha pectínea - tem revestimento pluriestratificado do tipo escamoso. A linha pectínea - facilmente identificável - representa o epitélio de transição (escamoso e não escamoso) entre o distalmente escamoso revestimento do canal anal e o proximal representado pela mucosa do reto
        
        Os tumores que aparecem distais à linha pectínea são carcinomas de células escamosas (ceratinizados), são também chamados de epidermóides; os oriundos de tecidos que estão logo acima da linha denteada são carcinomas de células escamosas (não ceratinizadas), chamados de epitelióides.
        
        O carcinoma epidermóide é o câncer mais comum do ânus e é responsável por 85% das lesões malignas dessa região6. Os outros, pelas diversidades histológicas, são denominados de tumores de células transicionais ou cloacogênicos, escamosos, basalóides, epitelióide e muco-epitelióides.Prefere-se, no entanto, que sejam reconhecidos como uma variante do tipo escamoso que perdeu a diferenciação final3. Como a bexiga urinária compartilha semelhante origem embriológica com o canal anal há razão para que seu epitélio dê origem a tumores morfologicamente similares, com comportamento biológico e respostas terapêuticas parecidas entre si.
        
        A apresentação clínica e a gravidade do tumor dependem do tamanho e de sua localização no ânus. Lesões pequenas (menor que 2 cm) e móveis têm probabilidade de cura em 80% dos casos contra menos de 50% de chance para os tumores maiores (5 cm ou mais), não só porque são invasivos, mas porque se associam a maior comprometimento linfonodal
        
        Sabe-se que 20% dos pacientes são assinto-máticos, porém o sangramento e a dor associada à sensação de massa ocupando o canal anal são o sinal e o sintoma mais freqüentes quase sempre erroneamente associados às doenças hemorroidárias
        
        A história de lesão verrucosa perianal aparece em 50% dos homens homossexuais que desenvolveram câncer anal, e em somente 20% das mulheres e homens não homossexuais
        
        fatores de riscos fortes e moderadamente fortes para o câncer anal. Aqueles são: a infecção viral (condiloma anal), coito anal, história de doenças sexualmente transmissíveis, mais de 10 parceiros sexuais, história de câncer cervical, vulvar ou vaginal, imunossupressão após transplante de órgãos; estes são: a infecção pelo vírus da imunodeficiência, o uso prolongado de corticosteróides e o tabagismo
        
        Tratamento: Antigamente o tratamento convencional para o carcinoma de canal anal foi a ressecção abdominoperineal
        
        O tratamento do carcinoma anal pode, atualmente, ser dividido em cirúrgico e clínico; consistindo, o cirúrgico, na excisão local da lesão ou na amputação abdominoperineal do ânus e do reto e, o clínico, na preservação do segmento ano-retal, por meio do uso da quimioradiação ou da radioterapia isolada.
    - - carcinoma espinocelular in situ com potencial para transformar-se em invasivo
        
        crescimento lento
        
        desde placas eritêmato-descamativas de contornos bem definidos até lesões vegetantes
        
        ulcerações
      - assintomática ou apresenta mínimos sintomas
        
        queimação e prurido, dor e sangramento
      - ressecção cirúrgica com margens de segurança + enxerto ou retalho
        
        enxerto: pedaço de pele retirada de uma área corpórea e transferida para outra área, a receptora, sem nenhum pedículo de comunicação entre elas
        
        retalho: suprimento vascular próprio movido; comunicaçãocom a área doadora por meio de um pedículo
      - infeccão pelo HPV, doenças inflamatórias
        intestinais e neoplasias de colon
    - - mulheres brancas entre 60 e 80 anos;
        
        áreas com alta densidade de glândulas apócrinas
      - prurido de longa data
        
        lesões eczematosas e
        descamativas
      - tratamento
        
        se nenhuma neoplasia associada
        
        excisão da lesão
        com margem de segurança
        
        se e doença avançada
        ou contraindicação à cirurgia
        
        terapias coadjuvantes
        
        seguimento de longo prazo com
        reestadiamento e rastreamento periódicos
  - - - Hemorroidas: coxins vasculares presentes nas extremidades no canal anal, compostos por vênulas e arteríolas, entremeados por tecido conectivo conjuntivo e elástico. Têm a função de proteger o canal anal na defecação e na continência fecal. São ancoradas na musculatura retal pelo músculo de Treitz e drenam para a veia cava inferior através da veia pudenda.
        
        Classificação
        
        Externas: distalmente à linha pectínea, subcutânea. Recobertas por epitélio estratificado do ectoderma - dor.
        
        Internas: acima da linha pectínea. São recobertas por mucosa do tecido endodérmico, sem sensibilidade à dor.
        
        Mistas
        
        Classificação de Goliguer:
        
        Grau 1: sangramento anal sem prolapso;
        
        Grau 2: prolapso hemorroidário com retorno espontâneo;
        
        Grau 3: prolapso hemorroidário que requer redução manual;
        
        Grau 4: prolapso hemorroidário constante irredutível.
      - Doença Hemorroidária: hemorroidas + sangramento, dilatação, prolapso e trombose.
        
        Acomete até 50% dos indivíduos com mais de 50 anos.
        
        É uma das afecções anorretais mais comuns, sendo necessário tratamento cirúrgico em cerca de 10-20% dos sintomáticos.
        
        Fatores que predispõem: predisposição hereditária, hábitos nutricionais e ocupacionais, senilidade, gravidez e constipação.
        
        Outros: hiperfluxo arterial e fluxo venoso retrógrado devido aumento da pressão intra-abdominal (exercícios, tosse, vômitos, uso de roupas constritivas e postura ereta). Também pode haver ingurgitamento vascular pelas falhas de relaxamento do esfíncter interno do ânus (EIA) durante a defecação.
        
        Diagnóstico
        
        Clínico: história + exame proctológico
        
        Principais sintomas: hematoquezia após evacuação, prolapso percebido durante a evacuação, trombose (dor anal + abaulamento fixo no ânus - endurecimento local doloroso com melhora em 2-4 dias - após quadro agudo pode permanecer plicoma anal).
        
        Inspeção: hemorroidas internas prolapsadas; Inspeção dinâmica: hemorroidas graus 2 e 3. Tromboses e plicomas anais.
        
        Anuscopia: hemorroidas internas sem prolapso.
        
        Toque retal: hemorroidas com complicações, como trombose, diagnósticos diferenciais (tumor) e avaliação do tônus anal.
        
        Tratamento
        
        Conservador
        
        Quadros leves, gestantes de 3º semestre, cirróticos Child C, cardiopatas e pneumopatas graves, coagulopatas e portadores de DII.
        
        Correção da constipação intestinal, prevenção de fatores precipitantes das crises, medidas higiênicas e medicações sintomáticas.
        
        Dieta rica em fibras e líquidos, diminuição do álcool e outros irritativos da mucosa. Substituir higiene mecânica por duchas ou banhos de assento. Exercício físico.
        
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        Cirúrgico
        
        Mais utilizado: hemorroidectomia - ressecção do tecido hemorroidário doente. Técnicas mais utilizadas: Milligan-Morgan (aberta) e Ferguson (fechada).
        
        Outras opções:
        
        Anopexia mecânica/ Procedimento para Prolapso de Hemorroidas (PPH): reposicionamento dos coxins hemorroidários com o uso de grampeadores;
        
        Derarterialização hemorroidária transanal guiada por Doppler (THD).
        Técnicas indicadas para hemorroidas com pouco componente externo.
        Principais complicações: dor, sangramento, retenção urinária, infecção, estenose anal, incontinência fecal, fissura anal, impactação fecal e formação de plicomas residuais.
  - - - definição
        
        lesão ulcerada no endoderma do canal anal
      - características
        
        dolorosa
        
        intensifica-se após evacuações
        
        lesões podem chegar a expor as fibras musculares
        
        localiza-se principalmente na região posterior do canal anal (redução da elasticidade)
        
        quando associada à plicoma sentinela e papila hipertrófica é chamada de tríade fissurária
      - fisiopatologia
        
        ocasionada por trauma no canal anal
        
        ocorre estimulação de terminações sensitivas e provoca uma constante excitação do esfíncter anal, gerando uma hipertonia.
        
        a passagem de fezes pelo canal faz com que as fibras musculares se distendam exacerbando a dor.
        
        todo esse processo pode levar à ativação de um mecanismo reflexo resultando na inibição da atividade evacuatória e dessa forma haverá um ressecamento das fezes e assim agravar todo o quadro.
      - tipos
        
        aguda
        
        lesão em forma de fenda, estreita e superficial, com bordas planas e bem delimitadas
        
        crônica
        
        lesão de bordas lisas ou grossas e bem definidas com presença de fibras brancas e transversais do músculo interno
      - quadro clínico
        
        pode se manter por horas após a defecação
        
        a dor pode se estender de forma espasmódica para região genital, costas e/ou MMII
        
        a lesão pode gerar um sangramento anal (sangue vivo nas fezes ou no papel higiênico)
        
        pode haver exsudação e prurido anal
        
        dor anal intensa, aguda, do tipo penetrante que surge durante ou imediatamente após defecação
      - diagnóstico
        
        toque retal
        
        retossigmoidoscopia para rastreio de enfermidades associadas
        
        anamnese - quadro clínico
        
        diagnóstico diferencial: carcinoma anal, ulceração sifilítica primária, entre outros.
      - tratamento
        
        cirúrgico
        
        indicação para o tratamento cirúrgico da fissura anal crônica é a falha do tratamento clínico ou presença de condição anal
        cirúrgica associada:
        
        dilatação anal forçada;
        
        esfincterotomia parcial do músculo esfíncter interno do ânus;
        principal complicação: incontinência.
        
        medicamentoso
        
        fissura anal aguda:
        
        combinação de analgésicos orais e anestésicos locais;
        
        nitratos tópicos (Nitroglicerina); - vasodilatador e provoca relaxamento da musculatura lisa
        
        bloqueadores dos canais de cálcio (Nifedipina) - relaxamento de fibras musculares lisas
        
        e bloquear a
        terminação nervosa (Toxina botulínica). - denervação temporária do esfíncter anal
- - - - Colunar: As válvulas anais em conjunto formam a linha denteada (ou pectínea), influenciando o suprimento sanguíneo, inervação e drenagem linfática de/para o canal anal.
        
        Intermediária
        
        Cutânea
    - - Os três músculos são inervados por ramos do plexo sacral -s3-s5 e pelo nervo pudendo. Têm uma importante função na estabilização dos órgãos pélvicos e abdominais, isto é, impedem que os órgãos caiam da pelve e do abdômen.
        
        O esfíncter interno é composto de musculatura lisa, comandado por inervação autônoma, enquanto que o externo é formado de musculatura estriada, possuindo inervação somática.
    - - A drenagem venosa se dá pelo plexo retal inferior e veia retal inferior que se ligam às veias pudendas até a veia ilíaca interna e também se liga à veia mesentérica inferior. A drenagem linfática segue caminho adjunto ao venoso
  - - - Colorretal: epitélio colunar (cilíndrico) simples
      - Transicional: epitélio colunar (cilíndrico) simples e escamoso (pavimentoso) estratificado
      - Anoderma: epitélio escamoso (pavimentoso) estratificado não queratinizado
      - Cutânea: epitélio escamoso (pavimentoso) estratificado queratinizado