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Hepatite viral - Coggle Diagram
Hepatite viral
HEPATITE A
Não causa hepatite crônica ou um estado de portador e apenas raramente causa hepatite fulminante
O HAV também pode ser detectado no soro e na saliva
Período de incubação de 3 a 6 semanas.
Transmissão: Fecal-oral
Vírus: HAV
Diagnóstico: Detecção de anticorpos IgM no soro
Anticorpos IgM específicos contra o HAV aparecem no sangue no início dos sintomas, constituindo um marcador confiável de infecção aguda
A eliminação fecal do vírus termina quando o título de IgM aumenta.
A resposta de IgM geralmente começa a decair em alguns meses e é seguida pelo aparecimento de IgG anti-HAV.
Clinica: Nessa população a HAV aguda tende a ser uma doença febril esporádica. Os indivíduos afetados apresentam sintomas inespecíficos, como fadiga e perda do apetite, e frequentemente desenvolvem icterícia.
Profilaxia: Vacina
HEPATITE B
Vírus: HBV
Período de incubação prolongado de 4 a 26 semanas
Ao contrário do HAV, o HBV permanece no sangue até e durante episódios ativos de hepatite aguda e crônica.
Pequeno número de pacientes adultos infectados por HBV desenvolvem hepatite crônica.
Transmissão : Parenteral, contato sexual, perinatal.
Diagnóstico: Detecção de HBsAg ou anticorpos contra HBcAg
HBsAg aparece antes do início dos sintomas, atinge o pico durante a doença evidente e então diminui até níveis indetectáveis em 3 a 6 meses.
O anticorpo anti-HBs não aumenta até que a doença aguda tenha passado e geralmente não é detectável por algumas semanas a vários meses após o desaparecimento do HBsAg.
Os anticorpos anti-HBs podem persistir por toda a vida, conferindo proteção; essa é a base para as estratégias de vacinação atuais usando HBsAg não infeccioso.
A persistência de HBeAg é um indicador importante de replicação viral contínua, infectividade e provável progressão para hepatite crônica.
O aparecimento de anticorpos anti-HBe implica que uma infecção aguda atingiu seu pico e está declinando.
Clínica: 70% -> apresentam sintomas leves ou até mesmo nenhum e não desenvolvem icterícia.
30% -> apresentam sintomas constitucionais inespecíficos, como anorexia, febre, icterícia e dor no quadrante superior direito.
Profilaxia: Vacina e triagem de sangue. órgão e tecidos de doadores.
HEPATITE D
Vírus: HDV
O vírus da hepatite Delta atua em conjunto com o vírus da hepatite B (HBV), pelo fato do vírus HDV ser incompleto e necessitar das proteínas de superfície do HBV para replicação do seu genoma
Apresenta tropismo hepático e sua multiplicação ocorre nos hepatócitos, assim pode causar danos irreversíveis ao fígado, e os portadores crônicos podem apresentar à cirrose hepática ou a hepatocarcinoma celular (HCC), sendo que a cronicidade da doença está diretamente relacionada ao tipo de infecção e ao genótipo do HDV
A infecção por HDV surge nas seguintes situações
Coinfecção aguda
Após a exposição a soro contendo tanto HDV quando HBV
A eliminação da hepatite B leva à eliminação do HDV.
Superinfecção
Quando um portador crônico de HBV é exposto a um novo inóculo de HDV
Infecção latente independente do auxiliar
Transplante de fígado
Transmissão: Parenteral
Período de incubação: 1 a 4 meses
Diagnóstico: Detecção de anticorpos IgM e IgG; HDV RNA no soro; HDAg no fígado
O HDV RNA é detectável no sangue e no fígado imediatamente antes e nos primeiros dias de doença sintomática aguda.
IgM anti-HDV é o indicador mais confiável de exposição recente ao HDV.
Profilaxia: Vacina da hepatite B
Patogenese
A imunopatogênese do HDV está relacionada às células Natural Killer (NK), que possuem um papel fundamental no bloqueio do desenvolvimento do HDV e, consequentemente, das lesões hepáticas.
O HDV se replica apenas nos hepatócitos, e por isso os danos causados são limitados as alterações patológicas do fígado.
A principal característica de dificultar a ação das respostas imunológicas do hospedeiro
Ativação de linfócitos T específicos na resposta de citocinas
Fator de necrose tumoral alfa
Inibição da sinalização do Interferon–α (IFN- α)
Fator sinalizador nuclear kappa B
HEPATITE C
Vírus: HCV
Transmissão: Parenteral; objetos contaminados
Período de incubação: 7 a 8 semanas
Diagnóstico: PCR para HCV RNA; ELISA de 3-geração para detecção de anticorpos
Consiste em elevações episódicas das aminotransferases séricas, com períodos normais ou quase normais intercalados. Insuficiência hepática fulminante ocorre raramente
A progressão para doença crônica ocorre na maioria dos indivíduos infectados por HCV, e cirrose eventualmente ocorre em 20% a 30% dos indivíduos com infecção crônica por HCV.
Não tem vacina
HEPATITE E
Transmissão: Fecal- oral
Período de incubação: 4 a 5 semanas
Diagnóstico: PCR para HEV RNA; detecção de anticorpos IgM e IgG no soro
Vírus: HEV
HEV é uma doença zoonótica com reservatórios animais, como macacos, gatos, porcos e cães.
Não causam hepatite crônica e não tem vacina.
INTRODUÇÃO
É uma infecção que gera necroinflamação do fígado, com manifestações clínicas e laboratoriais relacionadas à lesão hepática inflamatória.
Vírus -> podem causar uma ampla variedade de manifestações clínicas, que vão desde estado de portador assintomático do vírus até outras formas de doença, como hepatite aguda, fulminante ou crônica e cirrose hepática.
Existem 5 vírus principais relaciona- dos às hepatites virais, sendo eles es- sencialmente hepatotrópicos: são es- tes os vírus A, B, C, D e E.
Hepatites virais agudas ➡ São infecções autolimitadas ou estágios da infecção que precedem a sua cronificação.
As manifestações clínicas não são patognomônicas dessa enfermidade e que a distinção entre os cinco tipos de vírus é impossível de ser feita com base nos sinais e sintomas clínicos
Hepatite Crônica ➡ É definida como a evidência sintomática, bioquímica ou sorológica de doença hepática contínua ou recorrente por mais de 6 meses.
Infecção por HCV causa hepatite crônica com alta frequência, enquanto apenas um pequeno número de pacientes infectados por HBV desenvolve doença crônica.
Quadro clínico
Fase pré-ictérica
Sintomas são inespecíficos
Tais como mal-estar, astenia, febre, cefaleia, mialgia, diarreia ou obsti- pação, fadiga, náuseas, anorexia e leve dor em quadrante superior di- reito do abdome
Esse período possui sintomas que não nos dizem lá muita coisa e são altamente inespecíficos.
Os sintomas dessa fase geralmente duram de 3 a 15 dias.
Fase ictérica
Observamos o escurecimento da urina e clareamento das fezes. A acolia fecal, por vezes, se acompanha de prurido cutâneo.
A febre e a artralgia costumam desaparecer, persistindo os sintomas digestivos.
Fase de convalescença
Desaparecimento gradual dos sintomas e alterações laboratoriais.
Síndromes Clinicopatológicas da Hepatite Viral
Várias síndromes clínicas podem desenvolver-se após a exposição aos vírus de hepatite:
Hepatite sintomática aguda com recuperação, anictérica ou ictérica
Hepatite crônica, com ou sem progressão para cirrose
Infecção assintomática aguda com recuperação (apenas evidência sorológica)
Hepatite fulminante com necrose hepática maciça ou submaciça