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Europa - Coggle Diagram

- - - - Principal parceiro econômico e fonte de investimentos ao longo do XIX até o XX, países romperam relações em 1863 (Christie) e partilhavam fronteira terrestre até 1966, possuem parceria estratégica desde 2007
      - Cooperação: destaque para as áreas de educação, ciência, tecnologia e inovação, defesa, trilateralismo (banco de leite humano no Moçambique em 2018), reforma da governança global (UK apoia pleito brasileiro ao CSNU) e eventos esportivos
      - Divergências: espionagem britânica revelada em 2013, ausência de condenação do Brasil à Rússia pelo atentado contra espião russo em Salisbury (2018)
      - Comércio: corrente aumentou cerca de 15% em 2021, Brasil é superavitário. Exportamos ouro não monetário, despojos comestíveis de carnes processados e minério de ferro, e importamos obras de ferro/aço, medicamentos veterinários e bebidas alcoólicas
      - Investimentos: concentrados nas indústrias de transformação e extrativas, nas atividades financeiras e no comércio de peças e acessórios para veículos
    - - Fronteira terreste: fronteira entre a Guiana Francesa e o Amapá foi delimitada em definitivo por laudo arbitral em 1900, é a maior fronteira terrestre francesa; há uma ponte entre as cidades de Oiapoque e Saint-Geoger-de-l'Oyapock desde 2017
      - Parceria estratégica desde 2006, países possuem relações longevas, sociedade brasileira foi muito influenciada pela francesa; França apoia pleito brasileiro por assento permanente no CSNU
      - Cooperação estratégica em defesa (PROSUB, helicópteros), setor espacial (primeiro Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicação brasileiro foi lançado com cooperação francesa em 2017) e supercomputadores
      - Divergências: incêndios na Amazônia em 2019 e protecionismo agrícola francês
      - Comércio: 10ª principal origem de produtos para o Brasil, corrente aumentou cerca de 20% em 2021, Brasil é deficitário. Exportamos farelos de soja, minério de ferro e celulose, e importamos motores e máquinas não elétricos, compostos organo-inorgânicos e medicamentos
    - - Relações estabelecidas em 1871 e rompidas ao longo das Guerras Mundiais (ao longo da Guerra Fria, estabeleceu-se relações com a RFA em 1951 e com a RDA em 1973)
      - Relações densas pautadas na convergência histórica de valores e interesses
      - Economia: 1960s e 70s foram marcadas pelo grande ingresso de empresas alemãs no Brasil; Alemanha permanece um grande investidor no Brasil e um grande parceiro comercial
      - Ciência e Tecnologia: Acordo de Cooperação em Pesquisa Científica e Desenvolvimento Tecnológico (1969); Acordo de Cooperação no Campo dos Usos Pacíficos da Energia Nuclear (1975, vem sendo renovado, previa transferência de tecnologia)
      - Parceria estratégica firmada em 2002, mesmo ano em que Alemanha declarou apoio ao pleito brasileiro pela reforma do CSNU (países atuam em conjunto sobre o tema no âmbito do G4)
      - Cooperação técnica: muito profícua, destaque às áreas de meio ambiente, energias renováveis, desenvolvimento sustentável; Fundo Amazônia foi criado em 2008 em conjunto com Noruega para financiar projetos de conservação e combate ao desmatamento (críticas entre os governos em 2019 fez com que europeus interrompessem os repasses)
      - Comércio: Alemanha é nosso 4º maior parceiro comercial (4ª maior origem de produtos pra cá), corrente aumentou cerca de 20% no último ano, com um grande déficit para o Brasil. Exportamos café bruto, minério de cobre e farelos de soja, e importamos compostos organo-inorgânicos, partes de veículos e medicamentos veterinários
      - Sistema político alemão
        
        São poucos, Constituição impõe limites, fomenta as coalizões
        
        União Cristã (se divide em União Democrática Cristã, CDU, partido de Merkel, e União Socialista Cristã, CSU, partido da Bavária): fundado após a 2ª Guerra para atrair o público católico na RFA, normalmente ligado a uma imagem de estabilidade
        
        Partido Verde: fundado em 1980, tem tido grande ascensão, fundamental para compor a coalizão do governo atual
        
        Partido Liberal Democrata (FDP): popular entre profissionais liberais autônomos, tradicional, ocupa lugar de coadjuvante nas coalizões
        
        Partido Social-Democrata (SPD): partido do atual chanceler (Olaf Scholz), ligado às classes trabalhadoras e sindicatos, trata-se do partido mais antigo do país, costuma defender pautas envolvendo políticas sociais (viés reformista, não revolucionário)
        
        A Esquerda: mais popular nas regiões que compunham a RDA e entre eleitores mais jovens, é considerado descendente do partido que governou a RDA, apesar de ter sido criado só em 2007 a partir da fusão de vários movimentos da esquerda. Tem experiência em governos estaduais somente, mas não compôs nenhuma coalizão federal (partidos tradicionais o rechaçam por estar ligado ao regime autocrático da RDA)
        
        Alternativa para a Alemanha (AfD): popular entre homens jovens com baixa instrução, foi fundado em 2013 a partir de um grupo de eurocéticos. O partido se coloca contra a imigração e defende a prevalência da cultura alemã, rechaçando o islão (outros partidos o associam aos movimentos neonazistas, logo o partido nunca fez parte do governo)
      - Política externa alemã
        
        Alinhamento com o Ocidente após a 2ª Guerra, política externa pouco independente e imagem de país pacifista (contexto de reconstrução, o que não impediu inversões em países como o Brasil, sobretudo na indústria automobilística, com a empresa DKV)
        
        Retomada de uma postura mais autônoma no contexto do fim da Iuguslávia (apoio à independência de Eslovênia e Croácia), retomada da presença militar no exterior, ostpolitik (pragmatismo na condução da política externa, aproximação com o Leste)
        
        Mudança climática: país enxerga as mudanças nas cadeias de produção como uma oportunidade de recuperar relevância econômica mundialmente (é também uma demanda da população de modo geral)
- - - - Conflitos internos culminaram na dissolução da federação, mas questões étnicas permaneceram não resolvidas (genocídio bósnio em 1995, crimes de guerra no Kosovo, levou ao estabelecimento do Tribunal Penal Internacional para a ex-Iugoslávia pela ONU)
      - Macedônia do Norte: nome do país foi disputado pela Grécia, contra a adoção do nome sem o do Norte, pois possui uma província chamada Macedônia e a maioria do território de o que foi o reino de Macedon; questão resolvida por meio do Acordo de Prespa (2018), pelo referendo norte-macedônio que optou pela adição de do Norte e pela emenda constitucional que adicionou enfim o qualificador em 2019
      - Kosovo
        
        1ª autodeclaração de independência (1990): Assembleia da província declarou, contexto de repressão por parte do governo sérvio na década anterior (somente Albânia reconheceu)
        
        Povoado por maioria albanesa e minoria sérvia, foi província autônoma da República Sérvia desde 1974 (já pleiteava tornar-se uma república independente da Sérvia)
        
        Exército de Libertação do Kosovo (KLA, 1990s): surgiu como resposta à inércia da situação kosovar, era de vertente islâmica radical e defendia a independência através da luta armada
        
        Guerra do Kosovo (1998-9): após atos de violência perpetrados pelo KLA contra a minoria sérvia do Kosovo, o presidente sérvio (Slobodan Milosevic) autorizou diversos ataques ao grupo e a kosovares albaneses, o que só cessou após o bombardeio promovido pela OTAN em território kosovar (sem autorização do CSNU, em violação da Carta da ONU)
        
        Res. 1244 (1999): estabelecimento de uma administração provisória da ONU (UNMIK) e reconhecimento da soberania sérvia sobre o Kosovo (Brasil era membro não permanente do CSNU e votou a favor)
        
        Plano Ahtissari (2007): elaborado pelo representante do Sec-Geral para o Kosovo, previu a criação de um novo Estado como solução para os problemas (serviu de base para mais uma declaração de independência pela Assembleia em 2008)
        
        Metade dos países da ONU reconhecem Kosovo, que jogou como país independente nas classificatórias para a Eurocopa (Brasil não reconhece a independência)