Independente do momento de vida em que a pessoa se encontra, todos temos sempre inúmeros problemas e desafios a resolver. Por natureza, o ser humano não é muito afeito ao sofrimento e tende a buscar uma maneira menos dolorosa de enfrentar suas dificuldades (isso não significa que existam saídas simples e indolores para essas situações, e de um modo ou de outro nos deparamos com a necessidade de encarar esses conflitos). Entretanto, quando esses conflitos geram intensa angústia e o sujeito não se percebe capaz de lidar com isso, pode-se lançar mão (geralmente sem se dar conta) de estratégias de evitação, isto é, de tentar desviar ou “escapar” do problema. Nessas horas, os inúmeros e incríveis serviços disponíveis na internet (jogos de intensa imersão, infinitos vídeos e as redes sociais) podem acabar servindo como um ambiente em que o jovem consegue ocupar sua mente de modo a afastar do seu pensamento as coisas que estavam gerando intensa ansiedade. Na grande maioria dos estudos, o escapismo é apontado como uma das características mais associadas à dependência de jogos eletrônicos e redes sociais.