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SÍNDROMES COLÔNICAS :checkered_flag: - Coggle Diagram
SÍNDROMES COLÔNICAS
:checkered_flag:
Homem, 67 anos
História da doença atual:
Sangramento retal de 6 horas. Sintomas iniciaram após episódio de urgência fecal, seguido por varias defecações volumosas de fezes acastanhadas misturadas com coágulos sanguíneos. Nega dor abdominal e queixa-se de vertigem antes de chegar ao hospital.
História clinica pregressa:
HAS, TTO dietético.
História cirúrgica:
Hérnia inguinal direita há 2 anos.
Exame físico:
PA: 10/8,
FC: 11O BPM,
FR: 20 IRPM,
AA sem alterações,
TR: sem massas e fezes acastanhadas volumosas.
:three:
Síndrome de Ogilvie ou pseudo-obstrução colônica
:warning:
Dilatação de uma parte do cólon ou do
reto sem obstrução intrínseca ou processo inflamatório extrínseco
Ocorre após traumas, como: pós-operatório de procedimentos gerais, ortopédicos,
neurocirúrgicos ou ginecológicos
Patogênese:
desconhecida (paralisia do músculo intestinal, permitindo distensão passiva sem aumento inicial da pressão intracolônica)
Manifestações clínicas
: distensão e dor abdominais, náuseas, vômitos, e baixo grau
de febre
Exame físico
: abdome se mostra doloroso, pode estar timpânico, apresentando também contratura muscular involuntária, com sensibilidade leve a moderada e ausculta de sons intestinais presentes
Diagnóstico:
RX de abdome, TC de abdome (padrão), exames laboratoriais (distúrbios eletrolíticos, como hiponatremia, hipomagnesemia, hipocalemia e leucocitose)
Tratamento:
hidratação e correção hidroeletrolítica;
farmacológica, com agentes procinéticos como eritromicina e metoclopramida, entretanto, as taxas de recidiva com o uso da eritromicina é em torno de 50%
cirúrgico: quando terapia conservadora e medicamentosa falharam, há três tipos principais de intervenção:
colostomia;
inserção transanal com passagem retrógrada guiada à mão de um longo tubo de drenagem multiperfurado
(tubo Faucher) no cólon distendido durante a laparotomia;
ressecções colônicas totais ou subtotais
(geralmente
realizadas se houver necrose ou perfuração)
:one:
Doença de crohn
:warning:
Definição
Doença inflamatória crônica panintestinal que pode afetar qualquer área desde a boca até o ânus, sendo mais comum no íleo terminal
Etiologia
Alteração da reação imune que resulta em inflamação e destruição de tecidos intestinais
Patologia
Granulomas não caseosos e múltiplos agregados linfoides em submucosa espessada e edemaciada
Úlceras aftosas, estreladas e lineares
Clínica
Dor abdominal intermitente, distensão abdominal, diarreia, náusea, vômitos, perda de peso e febre.
Insidiosa
Cavidade oral - Úlceras aftosas
Região perianal - fístulas, abscessos ou pólipos fibroepiteliais
Toque retal - estenose anal, fissuras e úlceras na mucosa do reto
Pele - eritema nodoso e pioderma gangrenoso
Diagnóstico
Colonoscopia com biópsia e avaliação do íleo terminal.
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TC de abdome - identificar fístulas entre alças intestinais e outras alterações.
Tratamento
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Aspecto de pedra de pavimentação
:six:
Retocolite Ulcerativa
:warning:
Etiologia
: • todas as faixas etárias
• ambos os sexos
Causas
: • desconhecida;
• influência de fatores ambientais, dietéticos mas sem papel definido;
• pode ter influência de agentes infecciosos;
• história familiar
Patologia
: • camada mucosa e submucosa do cólon
• mucosa hiperêmica
• ulcerações de tamanhos diferentes
• envolvimento retal
• inflamação da mucosa colônica começando no reto distal que se entende por uma distância variável >
aspecto cano de chumbo
• ceco e apêndice pode estar envolvido
• não compromete íleo terminal
Quadro clínico
: • Diarreia e eliminação de muco
• Pode estar associada a proctite distal
• Sangramento retal é comum
• Início agudo: desconforto abdominal
Diagnóstico
• Protossigmoidoscopia na fase aguda
• Endoscopia não é tão indicada
• Colonoscopia e biopsia
• Radiografia gastroinstestinal alta
Tratamento
:
medicamentoso
: • Aminossalicilatos
• Corticosteroides
• Imunomoduladores
cirúrgico
:seven:
Megacólon
:warning:
:eight:
Doença Diverticular Dos Cólons (DDC)
:warning:
Definição
Incidência
Etiologia
Entre as várias e possíveis causas, são freqüentemente citadas as seguintes:
Funcional (constipação)
Estresse
Funcional (dietéticos)
Constitucional (obesidade)
Congênita
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Dor (82,8%): localizada em fossa ilíaca esquerda ou hipogástrio, intensa nos processos agudos, torna-se mais branda com a cronificação da doença
Constipação: é freqüente, as fezes tem forma de cíbalos e torna mais acentuada nas fases avançadas da doença, quando a fibrose e a diminuição do calibre da alça tem caráter permanente.
Diarréia: é comum, sendo geralmente alternada com períodos de constipação acompanhando-se por perda moderada de muco.
Tratamento
A diverticulose e a doença diverticular são geralmente tratadas com controle da dieta e ocasionalmente com medicações para ajudar a controlar dor, cólicas e alterações no hábito intestinal.
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Hemorragia: é uma complicação grave.
Febre: referida nas fases de inflamação aguda, nas perfurações ou abscessos.
Náuseas e vômitos:
A incidência da DDC aumenta com a idade e raramente compromete pessoas abaixo dos 30 anos, mas supera os 30%, na 5º década da vida.
Cinqüenta por cento das pessoas com idade entre 80 e 90 anos tem DDC
Conseqüência da herniação da mucosa do intestino grosso por entre as fibras musculares da parede intestinal
É um aumento no tamanho do intestino grosso, associado com a perda de função progressiva dele, fazendo com que o paciente demore cada vez mais tempo entre uma evacuação e outra
Etiologia:
Pode produzida por defeitos congênitos como é o caso do megacólon congênito ou doença de Hirschsprung ou pode ser adquirido por ingestão de substância tóxica, efeito colateral de medicação, colites, hipotireoidismo, doença de Chagas ou infecção por Clostridium difficile ou por enterobactérias.
Tratamento
: o megacólon pode ser tratado de acordo com a sua causa, e consiste no alívio dos sintomas, com o uso de laxantes e lavagens intestinais, ou na realização de cirurgia para retirada da parte afetada do intestino, corrigindo de forma mais definitiva as alterações.
:five:
Isquemia Colônica
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:four:
Síndrome do Intestino Irritável
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Etiologia:
(1) Alterações de motilidade do TGI, com peristalse acelerada ou retardada, ou aumento das contrações espasmódicas e aumento da pressão luminal;
(2) Hipersensibilidade visceral do TGI, com diminuição do limiar para percepção da distensão mecânica;
(3) Processamento sensorial alterado no SNC, tornando o paciente mais sensível à dor visceral.
Fisiopatologia:
Distúrbio multifatorial consequente a anormalidades no eixo cérebro-intestino com alterações em diferentes níveis do sistema nervoso central e entérico ou das suas interações, como é o caso da liberação de substâncias com atividade neuroendócrina, que responderiam pelos mecanismos responsáveis pelas disfunções motoras, sensitivas e de secreção, que representam a base dos sintomas.
Clínica
: As queixas principais são representadas por dor ou desconforto abdominal que se aliviam com a eliminação do conteúdo colorretal, fezes ou gases. A dor pode não ter localização definida e ser variável. Essa sensibilidade é acompanhada de mudança do hábito intestinal, inicialmente ocasional e, progressivamente, mais frequente até se tornar constante. As evacuações variam conforme o modelo da disfunção.
Diagnóstico
: O diagnóstico da SII é essencialmente clínico, pela inexistência de anormalidades físicas, achados laboratoriais, radiológicos e endoscópicos indicativos de doença orgânica. E pela exclusão de outras causas.
Critérios
Critérios de Roma III:
Dor abdominal recorrente, pelo menos um dia por semana nos últimos três meses, associada a dois ou mais dos seguintes:
Relação com evacuação;
Associada à mudança na frequência das evacuações;
Associada à mudança na forma (aparência geral) das fezes.
Critérios de Manning
:
• dor abdominal aliviada pela evacuação;
• distensão abdominal referida ou visível;
• maior frequência de evacuações;
• fezes inconsistentes a partir do início do quadro doloroso;
• muco;
• sensação de evacuação incompleta.
Tratamento
:
Suporte Psicossocial;
Mudanças Dietéticas;
Tratamento Farmacológico: Antiespasmódicos, Antidiarreicos, Anticonstipantes, Antagonistas do receptor 5-HT3 de serotonina, Psicotrópicos, Probióticos, Antifiséticos.
É a forma mais comum de isquemia intestinal, sendo classificada como redução temporária do fluxo sanguíneo para o cólon, podendo ocorrer necrose,mas geralmente é restrita à mucosa e submucosa.
Etiologia:
É um pouco obscura mas parece ter relação devido a complicações do reparo de aneurisma aorta abdominal, doença aterosclerótica e condições que provocam hipotensão transitória. Ocorre principalmente em pessoas mais velhas >60 anos.
Apresentação:
A IC pode ser transitória, isquêmica crônica e gangrena.
Se limitada a mucosa: pode ser transitória e a recuperação pode ser completa;
Se envolver a muscular: pode resultar em ulcerações que ao cicatrizar pode levar uma estenose crônica por fibrose;
Se afeta a parede intestinal: pode resultar em gangrena com perfuração e peritonite fecal.
Clínica:
Dor abdominal, hematoquezia e febre. No entanto, variam conforme a gravidade.
Isquemia limitada a um pequeno segmento da mucosa: dor abdominal por cólicas e circulação de uma pequena quantidade de sangue;
Isquemia mucosa significativa: dor abdominal mais grave e hipersensibilidde sobre o segmento afetado do cólon, translocação bacteriana, febre, leucocitose e acidose
Toda espessura da parede: dor abdominal, febre, acidose e sinais de peritonite.
Diagnóstico:
Radiológico: inespecífico, mas com achados de cólon distendido, sinal de uma impressão digital (causado pelo edema da parede intestinal ou hemorragia submucosa);
TC com contraste IV: permite a visualização so suprimento arterial para todo o intestino;
Retossigmoidoscopia flexível: proporciona a vantagem da visualização direta da mucosa.
Conduta:
Admissão hospitalar, reposição de líquidos intravenoso, repouso intestinal e medidas gerias de suporte, antibióticos, registro dos sinais vitais, do débito urinário, pH sanguíneo e leucometria.
Tratamento Cirúrgico:
Indicação relativamente rara, mas quando indicada, o procedimento de escolha é a colectomia parcial ou total, com ou sem estoma terminal.
:two:
Câncer colorretal
:warning:
Mais frequente em homens e é influenciado por fatores ambientais e genéticos. Há alteração do hábito intestinal, emagrecimento, dor abdominal, hematoquezia e anemia.
Triagem:
Formas hereditárias de CCR, idade, história pessoal ou familiar de CCR esporádico (e possivelmente adenomas grandes ou avançados), doença inflamatória intestinal e história de irradiação abdominal.
Fatores modificáveis:
obesidade, diabetes, uso de tabaco, consumo excessivo de álcool, consumo excessivo de carne processada e falta de atividade física.
Fisiopatologia:
Sequência adenoma carcinoma; Via de instabilidade de microssatélites.
Sinais e sintomas:
obstrução intestinal,
peritonite,
sangramento GI agudo,
dor abdominal,
anemia ferropriva,
alteração do hábito intestinal,
hematoquezia.
Diagnóstico:
Colonoscopia (com ou sem biópsia)- Padrão ouro;
Colonografia por TC;
Estadiamento: exame físico, TC de abdome e pelve, imagens do tórax.
Tratamento:
Ressecção tumoral + retirada de linfonodos regionais
Rastreio:
Risco médio é a partir dos 50 anos, Risco alto aos 40 anos;
Colonoscopia 10/10 anos; ou
colografia por TC a cada 5 anos,
Sangue oculto nas fezes anualmente.