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MALÁRIA, E pode se calcular a densidade da parasitemia em relação aos…
MALÁRIA
INTRODUÇÃO
A malária é uma doença infecciosa
febril aguda.
Pode ser causada por quatro protozoários do gênero Plasmodium: Plasmodium vivax, P. falciparum, P. malariae e P. ovale.
Transmitido pela picada de mosquitos do gênero Anopheles infectados com o Plasmodium.
É uma doença prevalente nos países de clima tropical e subtropical.
VETOR
O mosquito necessita, para
o seu desenvolvimento
Criadoros de porte pequeno a médio
Água limpa, fria e corrente
Sombra
Transmitida pelo mosquito da Família
Culicidae e Gênero Anopheles
O gênero Anopheles é composto por
cerca de 450 espécies
41 estão envolvidas na transmissão do
Plasmodium ao homem
Distribuídos nas Américas
Anopheles darlingi
Anopheles freeborni
Anopheles aquasalis
Anopheles marajoara
Anopheles nuneztovari
Anopheles pseudopunctipennis
Anopheles qudrimaculatus
Anopheles albimanus
Anopheles albitarsis.
Ovo
elípticos
Cada fêmea põe 50-500
Larva
Pupa
formato de vírgula
constitui estágio de transição
para a forma adulta
Adulto
FÊMEAS: são hematófagas e precisam do
repasto sanguíneo completo para o amadurecimento dos ovos
Fase terrestre
Fase aquática
Fase aquática
Fase aquática
Parasito:
Protozoário, Classe Aconoidasida, Família Plasmodiidae, Gênero Plasmodium
5 espécies do Plasmodium:
Plasmodium ovale
Por meio da invasão nos reticulócitos, que podem ser ativados em semanas - anos, no fígado causam infecções, relapsos.
Pouca importância na clínica.
África subsaariana, Índia e Indonésia
Plasmodium knowlesi
Invade células vermelhas jovens e maduras
Transmitida pelos vetores
Causa malária humana grave no Sudeste
Asiatico
Plasmodium falciparum
Afeta células vermelhas jovens e maduras de
forma mais agressiva, levando a morte.
África.
Plasmodium vivax
Forma hipnozoítos nas células hepáticas que
pode causar recidivas tardias da infecção, invadindo preferencialmente as células
vermelhas jovens.
Comum em região tropical.
Plasmodium malariae
Malária branda, infecções crônicas e
raramente síndrome nefrótica crônica(morte).
EPIDEMIOLOGIA
Grave problema de saúde pública no mundo.
Doença de maior impacto na morbidade e mortalidade da população de países tropicais e subtropicais .
Segundo a OMS, 228 milhões de novos casos em 2018 e 405 mil óbitos.
No Brasil
Na região da Amazônia legal acontece 99% dos casos autóctones.
Os casos em outras regiões do Brasil, 80% são importados da região endêmica amazônica.
80% dos casos ocorrem em áreas rurais ou indígenas e 11% em garimpos e assentamentos.
O pico sazonal corre no período de transição úmida e seca.
FISIOPATOLOGIA
As quatro espécies de Plasmodium que infectam seres humanos são:
P. falciparum
P. vivax
P. ovale
predominante na Africa
P. malariae
P. knowlesi (rarely)P. knowlesi (raramente)
TRANSMISSÃO
se inicia quando uma fêmea do mosquito Anopheles se alimenta em uma pessoa com malária e ingere sangue contendo gametócitos.
Durante 1 a 2 semanas depois, gametócitos dentro do mosquito se reproduzem sexualmente e produzem esporozoítas infectados.
Quando o mosquito se alimenta de novo em uma pessoa, esporozoítas são inoculados e rapidamente atingem o fígado infectando os hepatócitos.
Período de transmissibilidade:
Caso não sejam adequadamente tratados, pacientes infectados por P. vivax ou P. malarie podem permanecer com capacidade infectante para o mosquito por até três anos, já no caso de P. falciparum esse período é de 1 ano;
A transmissão da malária pode ocorrer pela picada do mosquito, por transfusão de sangue contaminado, através da placenta (congênita) para o feto e por meio de seringas infectadas.
Ciclo de vida do Plasmodium
O ciclo de vida do parasita da malária envolve 2 hospedeiros. Ao se alimentar de sangue, a fêmea do mosquito Anopheles infectada pelos plasmódios inocula os esporozoítos no hospedeiro humano.
Os esporozoítos infectam as células do fígado.
Lá, os esporozoítos amadurecem para esquizontes.
Os esquizontes se rompem, liberando merozoítos. Essa replicação inicial no fígado é chamada de ciclo exoeritrocítico.
Os merozoítos infectam os eritrócitos. Então, o parasita multiplica-se assexuadamente (o chamado ciclo eritrocítico). Os merozoítos se desenvolvem em trofozoítos em estágio de anel. Alguns, então, amadurecem para esquizontes.
Os esquizontes se rompem, liberando merozoítos.
Alguns trofozoítos se diferenciam em gametócitos.
Ao se alimentar de sangue, um mosquito Anopheles ingere os gametócitos masculinos (microgametócitos) e femininos (macrogametócitos), dando início ao ciclo esporogônico.
No estômago do mosquito, os microgametas penetram nos macrogametas, produzindo zigotos.
Os zigotos tornam-se móveis e alongados, evoluindo para oocinetes.
Os oocinetes invadem a parede do intestino médio do mosquito, onde se desenvolvem em oocistos.
Os oocistos crescem, rompem-se e liberam esporozoítos, os quais se deslocam para as glândulas salivares do mosquito. A inoculação dos esporozoítos em um novo hospedeiro humano perpetua o ciclo de vida da malária.
Período de incubação: Varia de acordo com a espécie de plasmócito, da seguinte forma:
P. falciparum: de 8 a 12 dias;
P. vivax: 13 a 17 dias;
P. malariae: 18 a 30 dias;
QUADRO CLÍNICO
Quadro clínico geral
Febre
Calafrio
Dor de cabeça
Mal estar
Dor muscular
Sudorese
Náusea
Forma clínica não complicada
Período de incubação varia de 7-14 dias.
Caracterizado pelos sintomas gerais com duração de 6-12 horas.
Forma clínica grave e complicada
Apresenta mais sintomas: prostração, alteração da consciência, dispneia ou hiperventilação, convulsões, hipotensão arterial ou choque, edema pulmonar, hemorragias, icterícia, hemoglobinúria, e oligúria.
O quadro clínico da malária pode ser leve, moderado ou grave, na dependência da espécie do parasita, da quantidade de parasitas circulantes, do tempo de doença e do nível de imunidade adquirida pelo paciente
DIAGNÓSTICO
Só é exato com a demonstração do parasito ou antígenos relacionados, no sangue periférico do paciente.
Gota espessa:
Método de escolha no Brasil.
Padrão-ouro pela OMS
Método simples, eficaz, de baixo custo e fácil realização.
Visualiza o parasito por meio da microscopia óptica, após a coloração pelo método de Walker, e permite a diferenciação específica dos parasitos, a partir da análise morfológica e dos estágios de seu desenvolvimento encontrados no sangue periférico
Teste de diagnóstico rápido- TDR
Imunocromatográficos: baseiam-se na detecção de antígenos dos parasitos por anticorpos monoclonais.
Realizados em 15 a 20 minutos.
Desvantagens: não distinguem P. viva, P. malariae e P. ovale. E não medem o nível de parasitemia, e nem detectam infecções mistas que incluem o P. falciparum. E é um teste de custo mais elevado e que pode ter perda de qualidade se for armazenado por meses em condições de campo.
A reação é revelada macroscopicamente em fita de nitrocelulose.
Os antígenos irão se combinar com os anticorpos e formar uma banda em cada região, em que cada banda vai possuir anticorpo de cada espécie e ao fim tem uma banda controle, que deve sempre corar.
Testes moleculares
Pelo custo elevado, da necessidade de infraestrutura e mão de obra especializada seu uso ainda é restrito a laboratórios de referência.
Os mais utilizados para malária são o Nested PCR ou PCR convencional e o PCR em tempo real.
Esfregaço delgado
Baixa sensibilidade
Permite ais facilmente a diferenciação específica dos parasitos a partir da análise de sua morfologia e alterações provocadas no eritrócito infectado. Tendo grande relevância epidemiológica.
No Brasil deve priorizar uso de TDRs (Testes de diagnósticos rápidos) em locais de difícil acesso ao diagnóstico microscópico pela distância geográfica ou incapacidade local do serviço de saúde, como na região extra-amazônica.
TRATAMENTO
Como tratar o paciente com malária
:
Atingir o parasita no seu ciclo evolutivo em pontos chaves como: 1- interromper a esquizogonia sanguínea, 2- destruir as formas latentes e 3-interromper a transmissão
Conhecer a espécie de plasmódio infectante;
CONFORME CLASSIFICAÇÃO
2-MALÁRIA COMPLICADA
A malária grave deve ser considerada uma emergência médica/ ambiente hospitalar.
Foi infectado pelo Plasmodium falciparum
Injeção pela veia de Artesunato durante 8 dias e Clindamicina durante 7 dias
Injeção pela veia de Quinina e Clindamicina durante 7 dias.
Injeções de Artemeter durante 5 dias e Clindamicina durante 7 dias
1-MALÁRIA NÃO COMPLICADA
1.1-Malária causada por Plasmodium vivax ou Plasmodium ovale:
Cloroquina durante 3 dias + Primaquina durante 7 ou 14 dias
Em gestantes e crianças com idade inferior a 6 meses - Cloroquina durante 3 dias
1.2-Malária causada por Plasmodium malariae:
Cloroquina durante 3 dias
1.3-Malária causada por Plasmodium falciparum:
Artemeter + Lumefantrina durante 3 dias + Primaquina em dose única
Artesunato + Mefloquina durante 3 dias + Primaquina em dose única
Quinina durante 3 dias + Doxiciclina durante 5 dias + Primaquina no 6º dia
Em gestantes no primeiro trimestre e crianças com menos de 6 meses - Quinina + Clindamicina
Em gestantes no segundo e terceiro trimestres - Artemeter + Lumefantrina ou Artesunato + Mefloquina
PROFILAXIA MALÁRIA
Permanecer no interior da habitação do anoitecer ao amanhecer;
Uso do mosquiteiro;
Usar roupas de mangas compridas e calças compridas;
Usar repelente de insetos nas áreas de pele exposta.
NOTIFICAÇÃO
A malária é uma doença de notificação compulsória e, portanto, todos os casos suspeitos ou confirmados devem ser, obrigatoriamente, notificados às autoridades de saúde, utilizando-se as fichas de notificação e investigação.
SUS
CONTROLE DE CURA
E pode se calcular a densidade da parasitemia em relação aos campos microscópicos examinados
Idade do paciente, pela maior toxicidade para crianças e idosos;
História de exposição anterior à infecção uma vez que indivíduos primo infectados tendem a apresentar formas mais graves da doença;
Condições associadas, tais como gravidez e outros problemas de saúde;
Gravidade da doença, pela necessidade de hospitalização e de tratamento com esquemas especiais de antimaláricos.