Comuna de Oaxaca
Uma Comuna Latinoamericana
Remodelamento da ordem política e econômica
Nacionalização dos recursos energéticos, de empresas monopolísticas e de setores estratégicos da economia.
Rejeita a clássica estratégica da tomada de poder de assalto e a condução partidária vanguardista da sociedade liberada
Superação do monopólio das tarefas do governo pelas classes dominantes e da divisão social do trabalho político entre governante e governado
APPO
Embrião de uma nova configuração da esfera política
Greve dos professores do magistério estadual de Oaxaca pela reinvidicação salarial
Governo contrário as demandas dos professores e ação violenta dos policiais
Atuação de grupos paramilitares para refrear o movimento
Marcha das mulheres
tomando o canal 9 ( canal do governo)
Transmissor foi derrubado a tiros por contra-campanha das mulheres
Força policia
Promessa do governador Ruiz de demissão dos professores
14 de junho repressão pelo estado
População vai as ruas apoiando os professores
O Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Educação (SNTE), foi o principal fio condutor da greve, principalmente por ser a única organização coletiva com atuação em todas as cidades de Oaxaca
Adesão da população local e de 300 organizações sociais do estado.
Fórum Nacional "Construindo a Democracia e a Governabilidade em Oaxaca", tema: "transformando o Estado", crítica a monopolização do poder e dos recursos econômicos pelas elites mexicanas
Estabelecimento da Assembléia Estadual dos Povos de Oaxaca (AEPO) e a criação do Conselho Popular dos Povos de Oaxaca (CPPO)
APPO como pólo aglutinador dos movimentos populares dos Estados de Oaxaca
Maio de 2006
22/05/2006 - 70 mil professores entraram em greve, solicitando melhorias na educação
Junho de 2006
Acampamento Plantón
Utilização da Rádio Plantón para a divulgação da greve
Governo ameaçou desalojar professores da Plantón
14/06/2006 - Polícia retira professores do acampamento
Rádio Pantón invadida pela Polícia
Além dos professores, a população ajudou a recuperar o acampamento.
Estudantes tomaram a rádio Universidad.
Entre 17/06 e 20/06 formou-se a APPO
Julho de 2006
Procuravam retirar o governador Ulises Ruiz Ortiz
Professores e APPO estimularam o voto de castigo ao PRI, dando a vitória aos senadores do PRD
Rádio Plantón volta a transmissão e Rádio Universidad permanece com o controle do movimento.
24/06 ocorre a Guelaguetza, que havia sido cancelada pelo governador
Agosto de 2006
01/08 Mulheres realizam uma manifestação, tomando as instalações do canal 9.
Transmissão de informações que os outros canais não divulgavam.
09/08 Três indígenas assassinados e sequestro de Germán Mendoza Nube
Violência contra os movimentos.
Rádio Plantón, Universidad e Canal 9 destruídos pelo governo.
13 Estações de rádio ocupadas pelos manifestantes
Setembro de 2006
Ulises ameaça demitir professores que não voltarem às salas de aula.
Mais de 1000 barricadas formadas pela cidade
06/09 Felipe Calderón eleito
21/09 3 mil professores e membros da APPO marcharam para a Cidade do México.
Outubro de 2006
16/08 Inicia a greve da fome
Ulises exige a volta dos professores em 30/10
25/10 somente duas rádios ficaram no ar,
Rádio Universidade e Rádio Ciudadana
Rádio Ciudadana - Rádio do governo trazendo falsas informações
27/10 Policiais fizeram ataques armados às barricadas
Morte de 3 pessoas
Movimentos pelo mundo
Novembro de 2006
02/11 PFP tentou encerrar as atividades da radio APPO
APPO cria espaços que divulgavam uma nova forma de governo.
Uma nova constituição
10/11 Primeiro Congresso Constitucional da APPO
25/11 PFP atacou a cadeia humana da APPO,
Fevereiro de 2007
Rádio Plantón volta ao ar
O estado de Oaxaca possui o maior contingente de povos indígenas do México, que se fizeram presentes na adesão da APPO.
Em 2006 ocorreram três grandes encontros no país, com temas de organização popular e
das mudanças institucionais.
05/02/2006 - Terceiro Diálogo Nacional por um Projeto de Nação Alternativo ao Neoliberalismo
16 e 17 de agosto de 2006 a sediou o Fórum Nacional
“Construindo a Democracia e a Governabilidade em Oaxaca”
Tema principal era “a transformação do Estado”, reconhecimento da necessidade de promover mudanças institucionais nas
instâncias de poder pela via pacífica, articulando as reformas em três dimensões
Reforma do Estado
Reforma social da economia
Reforma da política social
O documento expressava ainda um pedido para que o Congresso Nacional reconhecesse o desaparecimento de poderes no Estado e organizasse um governo de transição com a participação da APPO
Primeira
Assembleia Estadual dos Povos de Oaxaca (AEPO)
Lançou as principais bases para sua
posterior formalização
Criação do Conselho Popular dos Povos
de Oaxaca (CPPO)
Princípios que deveriam nortear a constituição
Disciplina;
Transparência;
Revogabilidade das funções eletivas;
Democracia;
Caráter Anti-capitalista e antiimperialista;
Consenso, igualdade e autonomia;
Crítica e autocrítica;
Indempendência em relação ao Estado e aos partidos;
Solidariedade internacionalista;
Respeito mútuo;
O SNTE foi o principal fio condutor da rebelião em curso, e de certa maneira veio a constituir a espinha dorsal da APPO
Hegemonia pelas
bordas: privilegiando a apropriação de certos espaços como forma de quebrar o
monopólio da atividade de governo