Ideias demográficas

Autores Italianos

Campanella (1568-1639): Adota um eugenismo de cariz platónico (dimensão qualitativa). Para ele, nas relações sexuais deveriam unir-se mulheres notáveis pelo tamanho e beleza, com homens grandes e robustos. Lamenta que se faça melhoria nos animais e não se faça nos humanos

Botero (1540-1617): Ter uma população numerosa deve ser a primeira preocupação do Estado. Defende a colonização para evitar o excesso de população na relação com os recursos alimentares, o desenvolvimento da agricultura, da indústria e da diversificação dos ofícios

Maquiavel (1467-1527): Não é um mercantilista propriamente dito. Adota uma atitude populacionista quando defende que uma população numerosa reforça o poder do Príncipe

Autores franceses

materializado por Colbert (ministro de Estado e da Economia de Luís XIV)

Populacionista mais racional

Populacionista intransigente

Autores ingleses

1º corrente: não há populacionista intransigentes, mas autores que abordam o equilíbrio entre a população e os recursos

2ª corrente: Autores que consideram a população uma variável independente. Nota-se aqui uma perspetiva de entendimento da Demografia como ciência

✅Os autores ingleses são diferentes dos continentais, pois existe um pensamento mais estruturado e racional

Bodin (1530-1596): "Não existe maior riqueza nem maior força do que os homens". Uma população numeorosa permite a valorização de um país e numa terra bem explorada não existe perigo de fome

Mont Chrestien (1575-1621): "A grande riqueza de França é a inesgotável abundância dos seus homens, particularmente de um grupo: os artesãos"

Vauban (1633-1707): "A grandeza de um monarca não se mede pelo número de súbditos. Importa que sejam felizes, particularmente as classes inferiores." É populacionista quando defende que a falta de população é a maior desgraça de um Reino.

Francis Bacon (1561-1626): Preconiza um crescimento da população dominantemente qualitativo

Thomas Hoobes (1588-1679): concentra as suas atenções no equilíbrio entre a população e os recursos

Thomas More (1478-1535): Estudou a miséria no seu país e atribuiu-lhe três razões

existência de muitos domésticos improdutivos

extensão de pastagens em prejuízo de terra cultivada

luxo da nobreza

Deixam de discutir sobre as vantagens e inconvenientes do crescimento da população e o seu impacto sobre os recursos

O importante é a medição rigorosa dos acontecimentos demográficos. É a fase dos aritméticos políticos

Consideravam as variáveis demográficas como interessantes em si próprias. É possível tratá-las cientificamente

Autores

John Grant (1620-1674)

Edmund Helly (1656-1742)

William Petty (1623-1687)