A contaminação ocorre por meio da ingestão da forma cística da Entamoeba, que pode ser encontrada na água, alimentos ou objetos contaminados e qualquer tipo de contato fecal-oral. No intestino delgado, ocorre o desencistamento, e a nova forma liberada, chamada de trofozoíto, migra para o intestino grosso. Quando encontrados na forma invasiva, os trofozoítos atravessam a mucosa intestinal e, por meio da corrente sanguínea, atingem outros órgãos, causando doenças extraintestinais.
No intestino grosso, os trofozoítos originam novos indivíduos, por divisão binária, que passam pelo processo de encistamento e são liberados pelas fezes. Os cistos podem sobreviver dias e até semanas no meio ambiente.
Nem todas as pessoas com amebíase apresentam sintomas, mas quando eles ocorrem, apresentam-se na forma de diarreia, com as fezes podendo apresentar sangue, muco e até mesmo pus; flatulência; cólicas estomacais e perda de peso.
Prevenção: Para evitar a contaminação, são imprescindíveis cuidados básicos de higiene, como lavar bem as mãos com água e sabão sempre antes das refeições, antes de preparar alimentos, após usar o banheiro e após a troca de fraldas; descartar de forma adequada qualquer objeto que tenha contato com fezes; ingerir sempre água filtrada ou fervida e lavar bem todas as frutas e legumes que serão consumidos crus.
Tratamento: hidratação, antibiótico e antiparasitário.
Amebicida: metronidazol ou tinidazol. O metronidazol precisa ser tomado por 7 a 10 dias. O tinidazol precisa ser tomado por 3 a 5 dias. O tinidazol tem menos efeitos colaterais que o metronidazol. As pessoas não devem consumir álcool enquanto estiverem tomando qualquer um desses medicamentos ou por vários dias depois de interrompê-los, pois isso poderá causar enjoos, vômitos, rubores e dores de cabeça.
A nitazoxanida tem sido proposta como uma alternativa para o tratamento de amebíase. Administra-se metronidazol, tinidazol ou nitazoxanida a gestantes somente se os benefícios superarem os riscos.
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