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Ingurgitamento Mamário e Mastite no Aleitamento Materno - Coggle Diagram
Ingurgitamento Mamário e Mastite no Aleitamento Materno
Ingurgitamento Mamário Patológico
Tres componentes presentes: Congestão ou aumento da vascularização da mama; Retenção de leite nos alvéolos; Edema da mama, pela retenção ou pela diminuição da drenagem linfática.
Como resultado, pode-se ter uma comprensão/obstrução dos ductos lactiferos, o leite não sai dos alvéolos e não passa pelos ductos, assim a mama fica congestionada.
Se não ocorrer o alivio dessa situação, a própria produção do leite pode acabar sendo interrompida. O leite retido nos alvéolos fica mais viscoso.
Na mama ingurgitada há a presença de pontos dolorosos durante a mamada.
Fatores que favorecem o ingurgitamento mamário: Início tardio da amamentação > leite ficando retido nos alvéolos; Mamadas que não são frequentes; Restrição da duração e da frequencia das mamadas; Dificultade de sucção do bebe, etc.
Quando ocorre um ingurgitamento fisiológico, a paciente não apresenta esses sintomas, tem o sinal positivo que o leite esta sendo produzido e descendo.
O aleitamento tem que ser em livre demanda.
Ocorre quando a produção do leite é maior que a demanda.
Presença de estase láctea e congestão vascular e/ou linfática.
Principais causas: esvaziamento incompleto da mama; obstrução de ductos ou fatores mamilares.
Sintomas locais: Aumento do volume mamário, dor, hipertermia discreta e hiperemia discreta. Sintomas gerais: mal-estar e febre.
Ocorre entre o 3 e 5 dia pós-parto (durante a descida do leite)
Tem duração entre 24 e 48h ou enquanto há um desequilíbrio entre a oferta e a procura do leite materno.
MANEJO DO INGURGITAMENTO MAMÁRIO
Ordenha manual da aréola, se ela estiver tensa, antes da mamada;
Mamadas frequentes, sem horários pré-estabelecidos (livre demanda);
Suporte para as mamas, com o uso ininterrupto de sutiã com alças largas e firmes;
Massagens delicadas das mamas, com movimentos circulares, particulamente nas regiões mais afetadas pelo ingurgitamento;
Uso de analgésicos sistemicos/anti - inflamatórios;
Crioterapia (aplicação de gelo ou gel gelado) em intervalos regulares após ou nos intervalos das mamadas. Em situações de maior gravidade, podem ser feitas de duas em duas horas.
Importante: o tempo de aplicação das compressas frias não deve ultrapassar 20 min devido ao efeito rebote, ou seja, um aumento de fluxo sanguineo para compensar a redução da temperatura local. Se o bebe não sugar, a mama deve ser ordenhada manualmente ou com bomba de sucção.
Não pode ser aplicada compressa morna ou quente, visto que a temperatura vai aumentar a vascularização e dilatar os ductos, assim estimulando a maior produção de leite, sendo que o objetivo é o contrário.
Mastite
Processo inflamatório de um ou mais segmentos da mama, geralmente unilateral, que pode progredir ou não para uma infecção bacteriana.
Pode ocorrer em qualquer período da amamentação e está relacionada ao acúmulo de leite, resposta inflamatória e dano tecidual.
Infecção, comumente causada pelo Staphylococcus (aureus e albus) e ocasionalmente pela Escherichia coli e Streptococcus (a-, b- e não hemolítico), sendo as lesões mamilares, na maioria da vezes, a porta de entrada da bactéria.
Geralmente, a região mais afetada, é o quadrante superior esquerdo. Ocorre, com maior frequencia, na segunda e na terceira semana após o parto.
Ocorre um aumento da pressão entre os ductos por causa do acumulo, levando a um achatamento das células dos alvéolos mamários, com a formação de espaço entre essas células, por esse espaço vai ter a passagem de alguns componentes do plasma para o leite e do leite tambem vai passar para o tecido intersticial da mama, causando uma resposta inflamatória.
Possui as mesmas causas do ingurgitamento mamário, além disso: longo período de sono do bebe durante a noite, assim a mama ficando muito tempo parada; uso de chupetas e/ou mamadeira; criança com sucção fraca; produção excessiva de leite; separação da mãe e do bebe; desmame muito abrupto.
Mulheres que já tiveram mastite, tem uma chance maior de desenvolver novamente.
Infecciosa: tambem tem a presença de febre (38) e calafrios.
Quando não tem resposta ao antibiotico, é realizado a cultura do leite com antibiograma ou quando se trata de uma mastite recorrente ou se for adquirida no próprio ambiente hospitalar ou mastite epidemica.
O sabor do leite pode ficar mais salgado, podendo o bebe rejeitar. O volume de leite secretado pode estar diminuido.
MANEJO DA MASTITE
Identificação e tratamento da causa que provocou a estagnação do leite;
Esvaziamento adequado da mama: esse é o componente mais importante do tratamento da mastite. Preferencialmente, a mama deve ser esvaziada pelo próprio lactente, pois apesar da presença de bactérias no leite materno, quandohá mastite, a manutenção da amamentação está indicada por não oferecer riscos ao recém-nascido a termo sadio;
Antibioticoterapia;
Suporte emocional;
Outras medidas de suporte: repouso da mãe (preferencia no leito); analgésicos ou anti-inflamatórios não-esteroides, como ibuprofeno; líquidos abundantes; iniciar a amamentação na mama não afetada; e usar sutiã bem firme.
Mín 10 dias.
Se não houver melhora do quadro em 48h, pode ter um abcesso mamário, encaminhar a paciente pro centro de referencia.