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Capítulo 3: Brasil: a construção da República. - Coggle Diagram
Capítulo 3: Brasil: a construção da República.
Depois do golpe de 15 de novembro de 1889 e o fim do regime monárquico no Brasil, três grupos republicanos passaram a disputar poder:
Grupos:
Grandes proprietários de terra
: era a favor de uma República federal federalista inspirado no modelo estadunidense.
Militares
: que eram a favor de uma espécie de ditadura.
Grupos urbanos
: pessoas como proprietários de pequenas lojas, jornalistas, estudantes etc. Se inspiravam-se na República Jacobina, que foi implantada na França em 1792 e 1793.
O período inicial da república se divide em duas partes:
1889- 1894 - República da Espada (os militares governaram o país neste período.
1894- 1930 - República Oligárquica (época em que latifundiários de elite governaram o país)
Na República da Espada, as províncias foram transformadas em estados, que formavam os Estados Unidos do Brasil. Assim, foi criado um governo provisório, chefiado pelo marechal Deodoro da Fonseca.
Para consolidar o sistema, foram criadas medidas, algumas delas foram:
-Fechamento de Câmara, Senado e Assembleias Provinciais,
-Exílio da família imperial para a Europa
-Adoção de uma nova bandeira nacional para substituir a do Império.
Em 1890, houveram as eleições para a Assembleia Constituinte, entre os eleitos haviam militares, membros da elite agrária e das camadas médias urbanas(advogados, jornalistas, e comerciantes). Em 1891, a nova constituição foi promulgada.
Ao determinar que apenas os cidadãos homens e alfabetizados podiam votar, a constituição de 1891 excluiu grande parte da população do processo político.
Como Ministro da Fazenda do Governo Provisório, Rui Barbosa procurou incentivar o desenvolvimento industrial, elevando os impostos sobre produtos importados. Mas isso criou um cenário negativo, houveram crises e em janeiro Rui Barbosa se demitiu.
Pela nova Constituição o Congresso Nacional deveria escolher o presidente da República e seu vice. Duas chapas foram inscritas e uma delas era de Deodoro da Fonseca que foi eleito presidente por meio de uma eleição indireta e Floriano Peixoto era o seu vice
Porém, o mandato do marechal Deodoro da Fonseca foi marcado por uma série de atritos entre o presidente e o Congresso.
Diante de tantas pressões e temendo uma guerra civil, Deodoro da Fonseca renunciou ao cargo em 1891, sendo substituído pelo vice Floriano Peixoto.
Floriano Peixoto era autoritário, usando a força para repreender seus opositores. Mesmo implantando medidas que favoreciam a camada popular, sofria fortes oposições de civis e militares
Os opositores pediram uma convocação para novas eleições, mas levantes armados que exigiam isso foram mortos, resultando na Revolta Armada (1893-1894)
Floriano respondeu duramente, isso durou meses até que os governistas foram os vitoriosos nesses enfrentamentos.
Com o fim do governo de Floriano Peixoto houveram eleições diretas em 1894. O vencedor foi um cafeicultor chamado Prudente de Morais, o controle do Estado passou para as mãos de uma Oligarquia de latifundiários. Tal domínio foi sustentado por três elementos: O coronelismo, o voto de cabresto e a política dos governadores.
As eleições diretas eram feitas por meio de voto não secreto, assim os coronéis pressionavam os eleitores a votarem em seus canditados e prometiam coisas a eles, como proteção, emprego, mas nem sempre essas promessas eram cumpridas, essa praática era chamada de
voto de cabresto
.
Outra prática comum nesse período foi a chamada
política dos governadores
. Por meio dela, os governantes estaduais garantiam, em seus estados, a eleição de deputados e senadores que fossem favoráveis ao governo federal. Isso ocorria com a ajuda dos coronéis. Em troca, o presidente deixava de intervir nesses locais, garantido maior poder às oligárquias da região.
Para manter essa política ,foi criado a Comissão de Verificação, cuja função era dar a palavra final sobre a posse de deputados e senadores eleitos, aqueles que fossem da oposição sofriam a degola.
São Paulo e Minas Gerais representavam as principais forças econômicas do país, eles eram os maiores responsáveis respectivamente pela produção de café e criação de gado leiteiro.
O governo oligárquico defendiam um Brasil importador de produtos industrializados e exportador de gêneros agrícolas, principalmente o café. Mas os preços do café sofreram uma queda enorme, o que diminuiu as receitas obtidas
Diante da crise que afetava o país durante o governo de Prudente de Morais, seu sucessor Campos Sales estabilizou a economia do país através de um plano econômico. Mas mesmo assim provocou alguns malefícios.
E surgiu o Convênio de Taubaté, que buscava preservar a economia cafeeira.
O único momento da República Oligárquica em que a exportação perdeu a centralidade na política econômica foi durante a Primeira Guerra Mundial.