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Alergia Alimentar, Problema 15 - Coggle Diagram
Alergia Alimentar
1. Revisão Histologia e anatomia do intestino delgado:
Responsável pela maior parte da digestão e absorção
área de absorção aumentada por pregas, vilosidades e microvilosidades
ANATOMIA:
Estende-se do piloro até a junção íleo-cecal
Dividido em 3 porções
JEJUNOe ÍLEO
Intraperitoneais
juntos: 6-7m
mesentélio
prega do peritônio que fixa o jejuno e o íleo à parede posterior do abdome
DUODENO
Parte mais curta (25cm), mais larga e mais fixa
Retroperitoneal
HISTOLOGIA
Formado pelas 4 camadas que compõe a maior parte do canal alimentar
Características especiais:
pregas circulares
vilosidades
microvilosidades
3. Definição e Epidemiologia:
Introdução e conceitos
A alergia alimentar é apenas um dos tipos de reações adversas a alimentos.
Reação adversa a alimentos é qualquer resposta anormal do organismo causada pela ingestão de uma alimento
Divididas em tóxicas e não tóxicas
Toxicas dependem de fatores inerentes ao alimento, como as toxinas produzidas na sua deterioração, afetando qualquer indivíduo que ingere o alimento em quantidade suficiente para produzir sintomas
As reações não-tóxicas dependem da suscetibilidade individual
Podem ser divididas em reações imunomediadas (alergia alimentar) e não-imunomediadas (intolerância alimentar).
Intolerância alimentar
Pode decorrer de deficiências enzimáticas
Como na intolerância à lactose
Reatividade anormal a certas substâncias presentes nos alimentos (aditivos alimentares)
Ou mecanismos desconhecidos
Alergia alimentar
Pode ter mecanismo imune IgE ou não IgE mediado
Epidemiologia
A prevalência estimada de reações adversas a alimentos é de 12 a 20% em adultos
Entretanto, quando se considera apenas a prevalência das reações imunomediadas, ou seja, de alergia alimentar, a estimativa cai para aproximadamente 6 a 8% nos lactentes e até 4% nos adultos, sendo mais prevalente nos atópicos
Aproximadamente
35% das crianças com dermatite atópica moderada a grave têm piora dos sintomas cutâneos por hipersensibilidade alimentar
, e 6% dos asmáticos têm sibilância induzida por alimentos
4. Etiologia e Fatores de risco:
Etiologia
Qualquer alimento pode causar a alergia alimentar
Mais comum em crianças do que em adultos
imaturidade da barreira mucosa intestinal
Pequeno grupo de alimentos representam 90% das reações em crianças
Leite, ovos, soja, trigo e amendoim
Representam 85% das reações em adolescentes e adultos
peixes, crustáceos, amendoim e castanhas
Proteínas alergênicas
Tem sido isoladas, identificadas,sequenciadas e clonadas
Fatores de risco
genética
Flora intestinal do hospedeiro
Dosagem e exposição a vários alérgenos alimentares
Mecanismos de resposta imune
A alergenicidade de várias proteínas alimentares
5. Fisiopatologia:
Hipersensibilidade 1
Primeira fase: Sensibilização do alérgeno
1º contato com o alergeno
Células apresentadoras de antígenos (APC’s) apresentam o alergeno a Linfócitos T virgens
Os ativam em Th2 estimulando a produção de interleucinas (IL4, IL13, IL9 e IL5)
Estimula a ativação de linfócitos B que passam a produzir e armazenar IgE
Ela se liga à superfície dos mastócitos e basofilos os sensibilizando
Mecanismo de defesa no próximo Contato
Segunda fase: Reação alérgica
Segundo contato com o patógeno
Desgranulacao de mastocitos e basofilos
Liberação de mediadores químicos (histamina, leucotrienos e prostaglandinas), responsável pelos sintomas alérgicos
Reação alérgica
Sistêmica
Alergias alimentares
Localizada
Dermatite atópica
Rinite
Caso grave: Choque anafilático
Hipersensibilidade 2
é desencadeada normalmente de 5 a 8 horas após o segundo contato com um alérgeno
causada principalmente por mediação de anticorpos IgG e IgM que irão se ligar na superfície de células ou matriz celular e por isso as doenças são, geralmente, locais.
3 mecanismo de lesão
O primeiro mecanismo observado, envolve anticorpos que se ligam aos antígenos de superfície celular e podem opsonizar essas células diretamente ou ainda podem ativar a via clássica do sistema complemento
Posteriormente, essas células são fagocitadas e destruídas pelos fagócitos.
O segundo os anticorpos ligados ao tecido, favorecem a ativação de neutrófilos e macrófagos promovendo assim a inflamação e fagocitose
O terceiro envolve a ligação direta de anticorpos aos receptores ou a proteínas celulares, causando disfuncionalidade, sem gerar inflamação ou dano tecidual.
Hipersensibilidade 3
é desencadeada entre 2 a 8 horas após o segundo contato e seus alvos são os antígenos solúveis, como as vacinas, soro heterólogo e anticorpos monoclonais.
Antígeno
resposta imune humoral ao antígeno
produção de anticorpos específicos e formação de imunocomplexos (anticorpo+antígeno), antígeno = proteínas solúveis, ou seja, soltas em um tecido
Acumulam em um tecido e ativam o sistema complemento atraindo neutrófilo e macrófago
Gera lesão tecidual com a fagocitose dos imunocomplexos com liberação do conteúdo dos lisossomas
A deposição dia imunocomplexos no tecido (conjuntivo) gera a reação inflamatória local
A deposição dos imunocomplexos pode causar
Proteinúria
Poliartrite reumatoide
Uveíte
Pneumonia
Vasculites
Hipersensibilidade 4
É desencadeada por uma imunidade celular e sua manifestação demora normalmente entre 24 e 48 horas.
Seus alvos são as substâncias químicas acopladas a proteínas (como o níquel, couro e veneno de plantas), proteínas microbianas (como proteínas de micobactéria como a Mycobacterium tuberculosis) e proteínas próprias do nosso organismo (como antígenos das células β pancreáticas) e as patologias decorrentes são dermatite de contato, tuberculose e diabetes do tipo I.
A resposta celular induz desses no local que o antígeno penetra
2 estágios
Sensibilização
APC’s + antígenos por meio de uma resposta celular do tipo T helper 1
Desafio
Fase de reexposicao ao antígeno com liberação de citocinas para ativação dos macrofagos com inibição de Th2 (resposta humoral)
Média da por linfócitos T, macrofagos, Monocitos e Fibroblastos
6. Manifestação clínica:
Respiratória
Sintomas respiratórios isolados como manifestação de alergia alimentar são raros.
Os sintomas incluem coriza, prurido nasal, broncoespasmo e edema de laringe.
Anafilática
Manifestações:
Cutâneas, respiratórias, gastrintestinais ou cardiovasculares (hipotensão, síncope, arritmias e choque).
Anafilaxia induzida por alimento dependente de exercício:
Síndrome em que os sintomas somente ocorrem se determinado alimento é ingerido 2 a 6 horas antes do exercício físico
O alimento isolado ou o exercício físico sem a ingestão do alimento não causam anafilaxia nestes pacientes.
Os alimentos são causas comuns de anafilaxia.
Gastrintestinais
2ª manifestação
Náuseas;
Vômitos;
Dor abdominal;
Diarreia.
Podem ocorrer isoladamente
Síndrome de alergia oral
Ocorre prurido com ou sem angioedema dos lábios, da língua e do palato.
Características:
Infiltração da parede do esôfago, estômago ou intestino por eosinófilos, e freqüentemente, eosinofilia periférica.
Incidência:
Parece estar aumentando nos últimos anos em crianças e adultos.
Alimentos envolvidos:
Ovo, leite, soja, trigo e milho
Enteropatias induzidas por proteínas
Acometem principalmente lactentes;
Manifestações:
Diarreia, com ou sem muco e sangue, anemia e déficit de crescimento.
Desaparecem até o 2º ano de vida
Principal alimento envolvido
Leite de vaca
Cutâneas
Mais comuns
Prurido;
Urticária;
Angiodema
Ocorrem até 2 horas após a ingestão ou contato com o alimento
É comum a exacerbação da
dermatite atópica grave,
que é crônica, e sua reação pode ocorrer mais tardiamente.
7. Diagnóstico:
PESQUISA IN VIVO DA IGE ESPECIFICA
POSITIVO QUANDO O ALÉRGENO ALIMENTAR GERA UMA PAPULA
PELO MENOS 3MM MAIOR QUE O CONTROLE NEGATIVO
PRICK TO PRICK
USA ALIMENTOS IN NATURA PARA O TESTE
AVALIAR A SENSIBILIZAÇÃO A ALIMENTOS ESPECÍFICOS
TESTE CUTANEO
PESQUISA IN VITRO DA IGE ESPECIFICA
VANTAGENS
PACIENTES COM DERMOGRAFISMO
COM LESÕES EXTENSAS DA PELE (DERMATITE ATÓPICA)
NÃO ENVOLVE RISCO DE REAÇÃO
DISPENSA INTERRUPÇÃO DOS ANTI-HISTAMINICOS
A POSITIVIDADE NÃO CONFIRMA O DIAGNÓSTICO
AVALIAÇÃO QUALITATIVA DA PRESENÇA DA IGE ESPECIFICA POR MEIO DA RAST
DIÁRIO ALIMENTAR
AUXILIAR ANAMNESE
SOBRETUDO NA DERMATITE ATÓPICA E NA ESOFAGITE EOSINOFILICA
PELO MENOS 2 SEMANAS
DIETAS DE RESTRIÇÃO
NUM PERÍODO DE 2 A 4 SEMANAS
EM CASO DE MELHORA CLINICA, MANTER A RESTRIÇÃO E CONFIRMAR PELA REINTRODUÇÃO OU PROVOCAÇÃO ORAL
EXCLUSÃO DE ALIMENTOS ESPECÍFICOS
ANAMNESE
HISTÓRIA CLÍNICA É A PEÇA CHAVE DE INVESTIGAÇÃO
QUAL ALIMENTO? QUAL FREQUÊNCIA? QUANTIDADE DO ALIMENTO ?
PROVAS DE PROVOCAÇÃO ORAL
ESCOLHER O ALIMENTO DE ACORDO COM AS DEMAIS AVALIAÇÕES
PODE SER ABERTA, SIMPLES CEGO OU DUPLO CEGO
FRAÇÕES DO ALIMENTO SUSPEITO, EM DOSES CRESCENTES
8. Tratamento:
Dieta de eliminação de alimentos
Eliminar o alimento que desencadeia a reação alérgica
Cromolina oral
Cromolina oral tem sido usada para diminuir a reação alérgica com sucesso aparente.
Corticoide
Corticoterapia prolongada é útil para a enteropatia eosinofílica sintomática.
Pacientes com alergias alimentares graves devem ser aconselhados a carregar consigo anti-histamínicos a fim de tomá-los assim que uma reação começa, além de uma seringa autoinjetável pré-preenchida com adrenalina para usar quando necessário em caso de reações graves (Epipen).
Medicamento chave no tratamento de reação alérgica alimentar do tipo anafilática é a adrenalina, na dose de 0,3 a 0,5 mL de solução 1: l.000 por via intramuscular.
A restrição de alimentos como leite, ovo e trigo envolve o risco de déficit nutricional e, dessa forma, torna necessária a orientação nutricional adequada. A suplementação de vitaminas e cálcio pode ser necessária. O risco do comprometimento nutricional é maior quanto mais alimentos forem restritos.
Orientação a evitar alimentos que apresentem reatividade cruzada com o alimento ao qual é alérgico.
2 . Definição de Hipersensibilidade
Hipersensibilidade do tipo I - Anafilático
É a fase imediata após a re exposição ao antígeno que desencadeou a sensibilização.
São as doenças atópicas: Asma, renite alérgica, conjuntivite, dermatite atópica, alergia alimentar, reações anafiláticas, urticárias e angioedemas, alergias a drogas, mosquitos, latex.
Reações são mediadas por respostas rápidas desencadeadas pela ligação: ANTÍGENO - IGE - RECEPTOR do mastócito/basófilo.
Essa ligação induz a produção em cascata de sinais que ativam as células de defesa dando início ao processo de desgranulação de mediadores químicos.
Citosinas em geram, histamina, triptases, prostaglandinas, leucotrienos, são rapidamente produzidos e liberados no meio extracelular.
Aumento da permeabilidade vascular, edema, inflamação, prurido, eczema, sintomas locais ou sistêmicos, e a migração tardia linfócitos e eosinófilos,
As doenças mediadas por IG-Es, exigem duas fases
Fase de ativação ou sensibilização
L.T são sensibilizados e interagem com os L.B determinando a troca da síntese da IGM para IGE específica para o antígeno
Essas IGEs são liberadas na circulação e ficam ancoradas em receptores de alta sensibilidade na superfície dos mastócitos e basófilos por anos aguardando nova exposição.
Fase de provocação
Reexposição ao antígeno com desencadeamento de respostas imunes especificas ao antígeno.
Hipersensibilidade do Tipo II - Citotóxico
São as reações citotóxicas, ou seja aquelas mediadas pelo linfócitos T, e que combinam anticorpos da classe IGM e IGG contra haptenos circulantes.
Ocorre pela ativação e atuação de eliminação da infectividade dos microrganismos patogênicos pelo do sistema complemento como consequência do complexo antígeno - anticorpo que marca a superfície dos microorganismos levando a sua lise (esse é o único processo que evita infecção).
Ocorre também pelo processo de fagocitose por opsonização mediado por macrófagos e monócitos, devido a exposição do fragmento C3B ou FC do complexo antígeno-anticorpo colado na superfície do microorganismo.
Ocorre também por citotoxicidade celular dependente de anticorpos (ADCC) onde os microrganismos recobertos pelas IGGs reconhecidos (porção FC) e destruídos pelos linfócitos CD8 e pelas Natural Killers.
Destruição dos eritrócitos recobertos de IGM ou IGG no baço ou no fígado.
Hipersensibilidade do tipo III - Imunocomplexos
Depósito ou mesmo formação de imunocomplexos circulantes no endotélio como consequência da presença de microorganismos e que resultam em ativação do sistema complemento promovendo a auto destruição destes tecidos.
Hipersensibilidade do tipo IV - Celular
Reações tardias ou imunidade celular
São conduzidas e mediadas essencialmente por células, por isso ocorrem entre 48 a 72 após o estímulo
São as reações, onde os antígenos atingem os linfonodos e seus hepítopos são apresentados inicialmente pelas células linfáticas especializadas aos linfócitos T virgens, somente após a re-exposição aos linfócitos T circulantes é que eles passam a produzir citocinas como resposta e desencadear os sintomas.
Problema 15
Hyssley
Sabryna
Osmar
Allison
Gláuber
Hérika
Márcio
Elza
Grupo 4
Tutora Ana