Prevenção quaternária - IC III

Introdução

Excesso de rastreamento, excesso de solicitação de exames complementares e abuso de medicalização de fatores de risco.

Objetivo de limitar os danos causados pelas medicações e intervenções.

Reação à iatrogenia.

Conceito

Risco de adoecimento iatrogênico relac a excesso de intervencionismo diagnóstico, excesso de intervencionismo terapêutico e medicalização desnecessária.

Detecção de indivíduos em risco de tto excessivo para protegê-los de novas intervenções médicas inapropriadas e sugerir alternativas eticamente aceitáveis, gerando preocupação com o cuidado longitudinal.

Fundamentos

Evitar pseudodiagnósticos e rótulos (falta de empatia).

Trabalhar no reforço médico pct, empatia.

Aceitar que há queixas inexplicáveis.

Envolver pcts nas decisões.

Situações

Diagn precoce pode desnecessariamente transformar pessoas em pcts.

Excesso de infos pode assustar o pct e distrair o médico do que é, de fato, importante.

Tentar resolver um problema pode ser + perigoso que adm ou controlar o problema.

Nem sempre ação é a escolha certa.

Nem sempre pode reduzir os riscos e talvez reduzir pode produzir risco.

Novas intervenções não são bem testadas e podem ser inefetivas ou danosas.

Fixar em prevenir morte diminui a vida.

Sobrediagn motivadores

Incentivos do sist de saúde que favorecem + exames que tto.

Crenças de que + é melhor, detecção de dçs não modificadas pelos seus riscos.

Incentivos legais que punem subdiagn.

Conflito de interesse que produz definições expandidas de dçs e redigem diretrizes.

Interesses comerciais.

Medicina centrada na dç, não na pessoa, medicina defensiva (de processos judiciais), dificuldade de lidar com incertezas do tempo.

Conceito proposto em 1999 por Marc Jamoulle: "Estratégia transversal, que vai além da prevenção, pois pretende ser inclusiva, não reducionista, integral e integrada".

Sempre lembrar

Investigar condição social do pct antes de prescrever medicamentos caros e similares a outros já existentes no mercado.

Check-up em indivíduos saudáveis NÃO FAZ SENTIDO.

Com o consequente aumento da possibilidade de excesso de intervenções e procedimentos, situação que complica a manutenção de um equilíbrio entre benefícios e danos.

Leva em consideração as esferas humana, social e política, aceitando a incerteza em seu trabalho.

Importância

Nem todas intervenções beneficiam pessoas da mesma forma e podem prejudicá-las.

Ações que mostram dificuldade na ≠ entre prevenção e cura, como: medicalização de pré-dçs, ↑ da comercialização de medicamentos para pessoas saudáveis, expansão do mercado da droga, ↑ custo dos serviços de saúde, ↓ qualidade de vida, excesso de programas de rastreamento, solicitação excessiva de exames complementares, pedido de exames devido ao medo do pct, palavra do médico com potencial iatrogênico.

Condutas

Resistir à corporação profissional tecnológica financeira.

Manter compromisso ético e profissional recusando intervenções desnecessárias.

Resistir aos modismos e à opinião pública.

Máx de qualidade + mín de intervenção.

Ganho > risco.

Excesso de rastreamento

Risco e benefício de ação.

Expectativa do pct.

Incerteza do quadro.

Relevância da medida.

Padrões epidemiológicos.

Causas

Influência da prática médica especializada, formação hospitalocêntrica dos médicos e pressão dos próprios pcts.

Ação e ciência

Medicina baseada em evidências.

Centramento do cuidado na APS com longitudinal idade.

Abordagem centrada na pessoa.

Consulta ideal

Pontos cruciais

2ª etapa (6-7 min)

1ª etapa (3-4 min)

Centrado no pct

Centrado no médico

Explorar IPE (ideias, percepções, expectativas).

Explorar PSO (psicológico, social, ocupacional).

Escuta ativa, encorajar a contribuição do pct.

Explorar condições sérias e sinais de alerta.

Obter HDA e fazer exame físico direcionado.

Fase do diagn e explicação

Fase do plano de cuidados

Colaboração médico e pct.

Fazer diagn, explicar pro pct numa linguagem que ele entenda, verificar seu o pct entendeu.

Abordagem dinâmica, evitar jargões e rotulação.

Desenv plano de cuidado, compartilhar o manejo com o pct, estabelecer uma rede de segurança e fechar a consulta.

Diferenciar sofrimento presente e futuro, prevenção de menos, ser criteriosa com o uso de exames e medicamentos.

Histórico de saúde e todos os sintomas, riscos do tto, impacto dos exames solicitados. Longitudinalidade.