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A Escola de Chicago e o Interacionismo Simbólico - Coggle Diagram

- - - - A Escola apresentou:
        
        A preocupação com o cotidiano e o resgate das pequenas atividades do dia a dia
        
        A combinação entre valores coletivos e atitudes individuais
        
        A ênfase no trabalho empírico e a utilização de técnicas qualitativas
        
        Possuindo um traço interdisciplinar que advém da influência de outras disciplinas, como Filosofia, Psicologia Social, Psicologia funcionalista, Antropologia e Ciências Políticas.
        
        Mas foi a segunda geração dos sociólogos da Escola - William Thomas, Robert Park, Ernest Burgess - que realmente construiu uma obra e uma contribuição efetivas, e os traços que configuram a ideia de uma “Escola”
        
        São os estudos de Robert Park, principalmente, que trazem uma
        contribuição mais significativa para os estudos da comunicação.
        
        Seus estudos resgatam a cidade como “berço da civilização”.
        
        Que está associada à dinâmica da mudança, do progresso, da
        racionalização
        
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        Park: jornalista, militante da causa negra, fez seu doutorado na Alemanha, sobre a temática de massa e público
        
        Entra para a Universidade de Chicago em 1913
        
        Filosofia com a presença de John Dewey e o impacto do pragmatismo
        
        Psicologia Social, com os trabalhos de G. H. Mead
        
        Psicologia de orientação funcionalista (que formou psicólogos importantes como John Watson
- - - - O indivíduo não se constrói senão dentro da sociedade, e a sociedade não é senão uma sociedade de indivíduos
      - Nesse movimento, Mead sem dúvida foi a figura central
        
        Seus livros foram publicados postumamente, e sua obra Mind, Self and Society (mente, eu e sociedade), publicada em 1934
        
        O ponto de partida dessa tese é que a mente, o eu e a sociedade são três abordagens diferentes de um mesmo fenômeno, que é o ato social
        
        Um outro ponto central na estruturação desse pensamento
        é a concepção de indivíduo enquanto sujeito, ator social, responsável por ações e representações
        
        Sociedade: consiste num aglomerado de comportamentos cooperativos, de ações reciprocamente referenciadas por parte de seus membros
        
        Para os humanos, o comportamento cooperativo é baseado numa leitura do comportamento do outro e de um ajustamento da ação do sujeito em função dessa expectativa
        
        Não se trata apenas da resposta ao comportamento do outro, mas de uma interpretação desse comportamento, e do ajustamento, em função disso, de sua própria intervenção
        
        Eu (self): fala da construção e da presença do
        sujeito no mundo, bem como de sua singularidade
        
        Dizer “eu” é marcar um lugar próprio; é ver-se a si mesmo, ter consciência de si e a capacidade de dialogar consigo próprio assim como atuamos em relação aos outros
        
        A sociedade constitui o contexto dentro do qual o self se desenvolve, e ele é formado através da internalização da expectativa dos outros sobre nós
        
        Mente: se refere ao processo de interação da pessoa com o seu próprio eu através de símbolos significantes - através da linguagem
        
        Essa “conversa interior”, as ponderações que podemos fazer internamente, precedendo e orientando nossas ações, marcam a capacidade reflexiva do ser humano
- - - - 1) Os seres humanos agem no mundo fundamentando-se nos significados que este lhes oferece;
      - 2) os significados de tais elementos são provenientes da ou provocados pela interação social que mantém com as demais pessoas;
      - 3) tais
        significados são manipulados por um processo interpretativo.
        
        O Interacionismo Simbólico fundamenta-se nos seguintes conceitos básicos ou “imagens-raiz”...
        
        Natureza da sociedade humana ou coexistência grupal humana: a sociedade é composta por seres humanos em ação. A especificidade da leitura do Interacionismo Simbólico é essa ênfase na ação: “a importância dessa definição simples e intrinsecamente redundante consiste, fundamentalmente, no fato de os grupos ou sociedades humanas existirem em ação e devem ser consideradas relativamente à ação”
        
        A natureza dos objetos: vivemos num mundo de objetos sua natureza é dada pelo significado que ele possui para as pessoas. Ou seja, o nosso mundo de objetos é construído pelo nosso olhar. Assim, os objetos diferem conforme vistos por indivíduos que vivem em contextos interativos diferentes: a lua não é a mesma para os românticos e para os astrofísicos; uma roupa não é o mesmo objeto hoje, na nossa sociedade de consumo, daquele que foi em tempos remotos, em que ela existia pelo seu valor de uso.
        
        O ser humano como um organismo agente: o ser humano possui um “eu”, tem consciência de si (é capaz de interagir consigo próprio e se dotar de referências) e do outro (ele não apenas reage a outrem, mas interpreta os indícios que recebe dele), e, com essa dupla consciência, molda o seu próprio comportamento. O homem é social no sentido mais profundo - não apenas por ser membro de uma coletividade, se relacionar com os outros, mas, sobretudo, na acepção de que é nesse espaço de interação que ele constrói a sua individualidade.
        
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        A natureza da interação social: a interação simbólica é o coração da sociedade; o processo interativo é de vital importância em si mesmo, porque ele é o lugar onde se forma o comportamento. A interação não é o meio para se conseguir alguma coisa, mas o próprio processo onde as coisas acontecem; ela não é o instrumento, mas o lugar constituinte.
- - - - As diversas interações vividas pelos indivíduos, esses “momentos de encontro”, são chamados por ele de “situações”, e o bom desempenho de cada um depende da compreensão de sua estrutura e organização, ou seja, da “definição da situação” (se o indivíduo se dá mal nessa definição, ele pode, por exemplo, errar ou se confundir no seu papel).
        
        Para definir o seu papel, a pessoa passa por um processo em duas partes: necessita de informação sobre as outras pessoas, precisa dar informações sobre si mesma - se expressar.
        
        Goffman distingue duas formas de expressão: a expressão
        que se transmite, a expressão que emite.
        
        A primeira diz respeito a comunicação verbal e a segunda compreende a expressão não-verbal.
        
        Toda representação é “socializada / moldada e modificada para se ajustar à compreensão e às expectativas da sociedade em que é apresentada.