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EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL
Década de 1930
Houveram estratégias que tinham o objetivo de ensinar, principalmente os trabalhadores e suas famílias, a se alimentarem. Porém não foi bem vista pois não se encaixavam na realidade dos indivíduos de menor renda.
"Visitadora de Alimentação" foi o nome que se deu, na época, às profissionais que visitavam os domicílios com o intuito de ensinar sobre a educação alimentar (durou pouco tempo pois foi considerada pela população muito invasiva).
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A educação alimentar e nutricional tem sua origem nessa década com início da conformação da indústria brasileira e a organização da classe trabalhadora urbana.
Décadas 1940-1960
Nesse período, a educação alimentar e nutricional estava vinculada às campanhas de introdução de novos alimentos e às práticas educativas, e isso se resultaram em um dos pilares das políticas de alimentação e nutrição do período.
O motivo de se iniciarem esses projetos educativos foi para tentar conter doenças epidêmicas transmissíveis que estavam associadas a condições sanitárias precárias.
Houve também o desenvolvimento de instrumentos adequados para a correção de hábitos errados na alimentação. Nesse período tem o início de uma alimentação um pouco mais correta.
Ficou conhecido como "o mito da ignorância" por conta da fome, desnutrição da classe de baixa renda e, ainda, pela falta de informação.
Décadas 1970 - 1980
A partir desse período passa também a não só falar sobre fome e desnutrição, mas esclarecer para a população sobre os direitos de cidadania.
Em 1986, muito inspirada por Paulo Freire, iniciou um processo intenso de renovação da Promoção da Saúde e, também, da educação em saúde.
Se consolidou também a educação nutricional crítica que se baseava em princípios da pedagogia crítica, de orientação marxista e nesse sentido considerava assumir o compromisso político de colocar produção técnica e científica a serviço das classes mais pobres.
O binômio que alimentação-educação começou a ceder espaço para o binômio alimentação-renda, pois houve um reconhecimento das políticas de alimentação que a renda era o principal obstáculo para ter uma alimentação saudável.
Em meados de 1970, Buss reconstruiu o conceito de promoção da saúde. Para o autor, a promoção da saúde representa uma reação à acentuada medicalização da vida social e, também, que ela não é mais interpretada como apenas uma caracterização de um nível de atenção medicina preventiva; trata-se de um enfoque político e técnico em torno do processo saúde-doença-cuidado.
Décadas 1990 - 2000
O tema sobre educação nutricional volta ao congresso em 1996 enfatizando a questão do sujeito, a democratização do saber, a cultura e a cidadania.
Nesse período, o termo "promoção de práticas alimentares saudáveis" começam a marcar presença nos documentos oficiais.
Mais acesso à informação. A segurança alimentar e nutricional concebeu a alimentação como um direito humano.
A promoção da saúde precisa que o Estado implemente políticas, programas e ações para que seja possível a realização do Direito Humano à alimentação adequada.
Implementação do Programa Fome Zero (PFZ) que previa realizar campanhas publicitárias e palestras sobre educação alimentar e educação para consumo e, também, propunha a criação de uma Norma Brasileira de Comercialização de Alimentos Industrializados
O PFZ também alertava sobre o aprimoramento da rotulagem de alimentos e sobre a importância do controle da publicidade.
A partir de 2003 o programa ganhou força e aumento nas ações de EAN em iniciativas públicas, no âmbito dos restaurantes populares, bancos de alimentos, equipes de atenção básica de saúde, e principalmente na requalificação do PNAE (programa nacional de alimentação escolar) e do PAT (programa de alimentação do trabalhador).
O documento da Política Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN) foi instituído em 1999 e foi considerado muito importante na expressão política do conceito de segurança alimentar que foi produzido a partir da I Conferência Nacional de Alimentação (1986)
O propósito da PNAN é "a garantia da qualidade dos alimentos colocados para consumo no País, a promoção das práticas alimentares saudáveis e a prevenção dos distúrbios nutricionais, bem como o estímulo às ações intersetoriais que propiciem o acesso universal aos alimentos".
Com o PNAN também houve um foco em considerar a obesidade como alvo das políticas, ao lado da fome e desnutrição.
Em relação ao foco no PNAN na questão de propostas educativas era a disseminação de informações, valorização da importância dos meios de comunicação, e isso estimulando a produção de campanhas educativas, seja controlando as informações e até o marketing referentes à alimentação e ao próprio alimento.
Foi lançada uma Campanha Global pela OMS (Organização Mundial da Saúde) em 2003 para a promoção da alimentação saudável, atividade física e saúde, que tinha objetivo de estimular a prática de uma alimentação saudável aliada a prática de atividade física.