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DOENÇAS GÁSTRICAS - Coggle Diagram
DOENÇAS GÁSTRICAS
Gastroparesia
Distúrbio crônico classicamente definido como um retardo no esvaziamento gástrico.
É uma condição heterogênea, com distintas etiologias, sendo as causas mais comuns a idiopática (36 a 49%), o diabetes melito (25 a 29%) e a pós-cirúrgica (7 a 13%).
Pode ainda se manifestar em doenças neurológicas como Parkinson e esclerose múltipla, entre outras.
As alterações fisiopatológicas normalmente incluem anormalidades no tônus do fundo gástrico, descoordenação antroduodenal, bomba antral fraca, disritmias gástricas e retorno duodenal anormal.
O diagnóstico inclui, além da sintomatologia, exames endoscópicos e radiológicos.
Quanto aos sintomas
Incluem recorrentes ou crônicos vômitos, náuseas, distensão abdominal, perda de apetite e/ou saciedade precoce, dor abdominal e perda de peso involuntária.
Quanto ao tratamento
Depende do grau da doença, que é classificado segundo os sintomas.
Objetivos dietoterápicos
Restaurar e manter o estado nutricional.
Algumas estratégias são necessárias a fim de diminuir os sintomas.
Em pacientes diabéticos
O controle glicêmico é importante.
Um pobre controle glicêmico nesses pacientes pode exacerbar a gastroparesia ou dificultar seu tratamento.
Terapia nutricional
Em casos mais leves
Modificações na consistência dos alimentos e das preparações e a eliminação de alimentos que estimulem os sintomas já mostram resultados satisfatórios.
Em casos moderados ou graves
O uso de suplementos líquidos e/ou suporte nutricional pode ser necessário.
Alimentos e medicamentos de risco para a formação de bezoar
Leguminosas (feijões, fava, soja, ervilha, lentilhas).
Cereais e grãos integrais (cereais matinais com fibra, granola, farelos, farinhas integrais, arroz integral).
Frutas frescas (maçã, frutas vermelhas, laranjas, coco, figo).
Castanhas e sementes (castanha-do-brasil, castanha-de-caju, semente de girassol, semente de linhaça etc.).
Frutas secas (damasco, ameixa, figo, uvas).
Vegetais (brócolis, couve-de-bruxelas, milho, casca de batatas, pele de tomates).
Pipoca.
Medicamentos contendo
Inulina, metilcelulose e psílio.
Recomendações para dieta por via oral
Utilização de líquidos de alta densidade nutricional.
Caso a sensação de saciedade aumente, aconselha-se substituir refeições sólidas ou pastosas por líquidos calóricos.
Deve-se aumentar o fracionamento das refeições.
Deve-se mastigar muito bem os alimentos.
Diminuição do volume das refeições e o tamanho dos alimentos (consistência pastosa pode ajudar).
Deve-se evitar deitar no intervalo de 1 a 2 h após as refeições.
Evitar o consumo de preparações muito gordurosas.
Deve-se reduzir o consumo de fibras.
Pois pode reduzir ainda mais o esvaziamento gástrico.
Pode formar bezoar.
Principais funções do estômago
Reservatório de conteúdo alimentar.
Secreção ácida.
Secreção enzimática.
Motilidade.
Síntese do fator intrínseco, proteína essencial para absorção adequada da vitamina B12.
Úlcera Gástrica
Sintomas tendem a aparecer logo após uma refeição.
Constitui uma ulceração da mucosa gástrica (ou duodenal), atingindo a camada muscular da mucosa, que se desenvolve geralmente em decorrência de uma gastrite crônica ou qualquer outra situação que reduza a produção de muco gástrico e de bicarbonato.
Diagnóstico é dado por exame de endoscopia, pelo qual se pode visualizar a úlcera, determinar seu grau de sangramento e já promover hemostasia, caso necessário.
Quanto aos sintomas
Incluem: eructações, distensão abdominal, intolerância a alimentos ricos em gordura, queimação, hematêmese ou melena, sintomas de anemia (fadiga, dispneia), saciedade precoce e perda de peso sem motivo aparente.
No caso de agudização dos sintomas pode do ser indicativo de perfuração da úlcera.
Quanto às causas
Incluem todas as associadas ao desenvolvimento de gastrite.
Tratamento
Inclui os mesmos adotados para a gastrite.
Algumas recomendações nutricionais a serem consideradas
Proteína (g/kg de peso/dia)
Fase aguda
1,2
Fase de recuperação
1,5
Zinco (mg)
Fase aguda
11
Fase de recuperação
40
Selênio (μg)
Fase aguda
55
Fase de recuperação
400
Vitamina A (mg)
Fase aguda
900
Fase de recuperação
3000
Vitamina C (μg)
Fase aguda
75
Fase de recuperação
500
Gastrite
Processo de inflamação da mucosa gástrica, também chamada de irritação ou erosão, apresentando-se de modo agudo ou crônico.
Principal problema não está no incômodo causado por seus sintomas, mas no seu papel na patogênese da úlcera péptica e do câncer gástrico, em caso crônico.
Seu diagnóstico é dado por endoscopia e sua causa, determinada por biopsia.
O tratamento medicamentoso inclui o uso de antiácidos, inibidores da bomba de prótons e antibióticos para erradicação da
H. pylori
.
Causas mais frequentes:
Quando aguda
Consumo excessivo de álcool e o uso prolongado de anti-inflamatórios não esteroides, como ácido acetilsalicílico ou ibuprofeno, além de poder se desenvolver após grandes cirurgias, traumas, queimaduras ou infecções graves.
Quando crônica
Infecções, em especial pela bactéria
H. pylori
, por refluxo de conteúdo biliar, estresse e algumas doenças autoimunes.
Sintomas mais comuns
Inclui dor, indigestão, distensão abdominal, náuseas, vômito e anemia perniciosa.
Componentes alimentares que podem auxiliar no tratamento da gastrite crônica decorrente de infecção por
Helicobacter pylori
Lactoferrina
Presente principalmente no leite de vaca.
Diminui a gravidade de efeitos colaterais da medicação.
Tem a capacidade de se ligar ao ferro e diminuir sua disponibilidade ao microrganismo.
Atravessa a membrana celular facilmente, o que pode explicar seu efeito sinergístico ao do antibiótico.
Isotiocianato
Presente na couve-flor, brócolis, couve-de-bruxelas.
Apresenta efeitos anticancerígenos, como: indução de apoptose, inibição da diferenciação celular e modulação de citocromos hepáticos envolvidos no metabolismo carcinogênico.
Redução significante na intensidade de colonização bacteriana.
Derivados fenólicos
Encontrados em frutas vermelhas do tipo “berries”.
Apresentam efeito bacteriostático contra HP, inclusive na presença de resistência a antibióticos (efeito in vitro).
Mel
Possui atividade antibacteriana atribuída à sua alta osmolaridade, ao seu baixo pH e conteúdo de peróxido de hidrogênio.
Óleos e ácidos graxos
Presentes em óleos vegetais e óleo de peixe.
Possui efeito inibitório sobre o crescimento de HP por ácidos graxos poli-insaturados do tipo ômega-6 e ômega-3.
Acredita-se que polifenóis dos óleos vegetais também exerçam efeito bacteriostático sobre o HP.
Diminuição da prevalência de gastrite atrófica em resposta ao consumo maior de ácidos graxos poli-insaturados.
Probióticos
Possui atividade antibacteriana devido a sua capacidade de modificar a resposta imunológica do hospedeiro, secretar substâncias bactericidas, como ácido lático, e causar distúrbios no mecanismo de aderência bacteriana.
Refluxo Gastroesofágico
É definida pela ocorrência de, pelo menos, um episódio semanal de pirose e/ou regurgitação, resultado do fluxo retrógrado do conteúdo estomacal no esôfago, orofaringe e/ou trato respiratório.
Seu diagnóstico inclui o exame clínico, que deve levantar o histórico de sintomas do paciente e a endoscopia (com ou sem biopsia).
Decorre de um distúrbio sensorimotor associado à disfunção do mecanismo antirrefluxo, com mudanças na fisiologia normal ou excesso de produção de ácido gástrico (síndrome de Zollinger-Ellison).
Sua progressão leva ao esôfago de Barrett.
Os medicamentos para tratamento incluem antiácidos, inibidores da bomba de prótons e procinéticos.
Pode ser classificada:
Segundo presença ou ausência de erosões na mucosa esofágica.
Em DRGE não erosiva (DRGENE) e esofagite erosiva (EE).
Quanto aos sintomas
Sintomas típicos
Queimação, regurgitação, hipersalivação.
Sintomas atípicos
Náuseas, eructação, digestão mais lenta, saciedade precoce, dor epigástrica, vômito, dor no peito (precordial), sintomas respiratórios (tosse, sibilos, sinusite), rouquidão, dor na faringe e sensação de obstrução.
Doenças que acometem o estômago.
Seu papel não se limita apenas à função digestiva.
Importante componente da resposta imunológica inata, considerando que a secreção ácida gástrica age como uma primeira linha de defesa contra contaminantes biológicos de origem alimentar.
Participa da homeostase orgânica no âmbito do controle do apetite, atuando, portanto, na determinação do peso corporal.
Quanto aos distúrbios
Estão relacionados com a inflamação da mucosa gástrica (gastrite).
Pode ocorrer em consequência de diversos fatores e podem se manifestar de modo esporádico ou crônico.
Podem evoluir para úlcera gástrica e neoplasias, além de alterações de motilidade como a síndrome dispéptica e a gastroparesia.