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PÂNCREAS - Coggle Diagram

- - - - Pode acometer tecidos peripancreáticos e/ou levar à falência de múltiplos órgãos, dependendo da intensidade.
  - - - Não é possível determinar a etiologia em 10 a 15%, sendo classificados como pancreatite idiopática.
        
        O uso de drogas talvez seja a 3ª causa (0,3 a 1,4%), porém o mecanismo que causa a inflamação pancreática não é bem conhecido.
        
        OBS: O trauma abdominal fechado com lesão do pâncreas é a principal causa de pancreatite aguda em crianças. A lesão causa liberação de suco pancreático, rico em enzimas digestivas, causando inflamação peritoneal local ou retroperitoneal
  - - - Essa obstrução poderia ser ocasionada não só por obstrução direta do cálculo, mas também pela passagem deste, causando edema na papila que levaria à obstrução da saída de bile.
  - - - Pode haver dor abdominal à palpação no epigástrio ou mais difusa. Distensão abdominal e ruídos hidroaéreos diminuídos podem ser secundários à inflamação que ocorre no íleo.
        
        Os casos mais graves vêm acompanhados de sinais de choque e insuficiência orgânica, como desidratação, taquicardia, hipotensão e taquidispneia, resultantes de processo inflamatório sistêmico (pancreatite aguda grave).
        
        Podem ser encontrados sinais de hemorragia retroperitoneal, como os de Grey Turner (equimoses nos flancos), de Cullen (equimose periumbilical) e de Frey (equimose no ligamento inguinal), além do sinal de Fox (equimose na base do pênis)
        
        A dor pode ter alívio parcial quando o paciente se senta e inclina o corpo para frente.
        
        Posição genupeitoral ou prece maometana
  - - - O diagnóstico deve ser feito com pelo menos 2 dos critérios: história clínica, elevação das enzimas (lipase e/ou amilase) ≥ 3 vezes o valor normal, e sinais radiológicos de pancreatite.
      - Outros exames também devem ser solicitados, como:
        
        Hemograma; Eletrólitos; Ureia e creatinina;
        Triglicérides; TGO e TGP; Gasometria arterial; Cálcio sérico
        
        IMPORTANTE
        Níveis de Proteína C Reativa (PCR) > 150 mg/dL nas 48 horas iniciais estão associados a pancreatite grave. Os níveis muito elevados indicam alta chance de necrose do pâncreas, portanto, refletem complicações locais.
  - - - A TC é o principal exame para avaliação do pâncreas, principalmente com contraste, sendo importante para a detecção de necrose e avaliação da gravidade local do quadro.
        
        A ressonância parece ter maior sensibilidade para o diagnóstico de pancreatite aguda precoce quando comparada à TC, e possibilita melhor caracterização dos ductos biliares e pancreáticos e identificação das complicações da pancreatite
        
        A ultrassonografia e a ecoendoscopia auxiliam no diagnóstico etiológico, ou seja, avaliam a presença de cálculos ou microcálculos na via biliar.
        
        Outro exame que pode ser solicitado é a CPRE, que permite o diagnóstico etiológico e, em casos específicos, a terapêutica por meio da papilotomia e/ou extração de cálculos.
        
        Para confirmação diagnóstica, é preciso haver 2 dos 3 seguintes: clínica compatível, alteração de enzimas e achados tomográficos.
  - - - A presença de 3 ou mais parâmetros dos critérios de Ranson é fortemente indicativa de pancreatite aguda grave.
        
        https://www.sanarmed.com/criterios-de-ranson-entenda-sua-utilidade-colunistas
      - Atualmente, o APACHE II é o mais utilizado em trabalhos científicos e unidades de terapia intensiva. Considera-se pancreatite grave quando o índice é superior ou igual a 8.
        
        Avalia temperatura, pressão arterial média, frequências cardíaca e respiratória, pH ou Bic arterial, sódio, potássio, hematócrito, leucócitos, idade, escala de Glasgow e problemas crônicos de saúde (cirrose, insuficiência cardíaca congestiva, doença pulmonar obstrutiva crônica, insuficiência renal crônica dialítica, imunossupressão).
        
        https://www.msdmanuals.com/medical-calculators/ApacheScore-pt.htm
        
        Outros Critérios
        
        Critérios de Balthazar
        
        https://www.sanarmed.com/criterios-de-balthazar-estadiamento-tomografico-da-pancreatite-aguda-colunistas
  - - - Aspiração Gástrica
        
        Suspende ingesta oral - instala sonda nasogástrica para aspirar secreções
      - Reposição de volume
        
        Pela absorção de líquido no retroperitônio e nos intestinos - repor grandes volumes. Se pancreatite hemorrágica grave, pode haver necessidade de transfusão de sangue
      - Antibióticos
        
        Em casos graves - Imipenem
      - Cálcio e Magnésio
        
        Nas crises agudas graves pela hipocalcemia (cuidado com arritmias). Em alcoolistas, pode haver hipomagnesemia
      - Oxigênio
        
        Sempre monitorar saturação e necessidade de oxigênio. Os diuréticos podem ajudar a reduzir o edema pulmonar e aumentar a saturação de O2
      - Nutrição
        
        Alimentação enteral no episódio agudo. Se não for possível por 5 ou mais dias, usar a parenteral, que evita a estimulação do pâncreas
    - - Na pancreatite biliar, causada por um cálculo que impacta na ampola de Vater, se for caso grave, realizar até 72h após a instalação da doença - reduz sepse biliar e a taxa de mortalidade
    - - Contraindicação
        
        pancreatite aguda não complicada
      - Colecistectomia se cálculos na vesícula
      - Debridamento do tecido peripancreático necrótico nos casos de pancreatite aguda grave com necrose - aspiração com agulha para detectar colonização por bactérias
      - Laparotomia
        
        Abrir todos os espaços peripancreáticos e remover tecido necrótico por dissecção incruenta delicada - videoendosópica
        
        Pacientes com pancreatite com necrose infectada e achados clínicos graves
- - - - Contato com porção medial do duodeno e encontra-se anteriormente à veia cava inferior e aos vasos mesentéricos superiores
    - - Contato com a aorta, o pilar esquerdo do diafragma, a superarrenal esquerda e o rim esquerdo
    - - Encontra-se no hilo esplênico
  - - - Se estende ao longo da glândula, desde a cauda até a cabeça e une-se ao colédoco antes de entrar no duodeno pela ampola de Vater
    - - Penetra o duodeno a 2-2,5 cm superior à ampola de Vater
  - - - A. pancreaticoduodenal superior origina da artéria gastroduodenal, segue paralela ao duodeno e encontra a pancreaticoduodenal inferior, ramo da mesentérica superior, para formar uma arcada. A a. esplênica emite ramos que nutrem o corpo e a cauda - a. pancreáticas dorsal, magna e inferior.
  - - - Fibras aferentes: passam pelo plexo celíaco desde o ramo celíaco do nervo vago direito e terminam nos gânglios do septo interlobular do pâncreas
        
        Fibras viscerais aferentes: vindas do pâncreas - cursam pelos nervos vago e esplêncnico (dor restrita ao último)
      - Fibras pós-ganglionares: a partir dessas sinapses inervam os ácinos, as ilhotas e os ductos
      - Fibras simpáticas: cursam dos nervos esplâncnicos passando pelo plexo celíaco para inervar a vasculatura pancreática