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DESLOCAMENTO DE ABOMASO À ESQUERDA, DISCENTE: ANDRESSA PEREIRA DUARTE -…
DESLOCAMENTO DE ABOMASO À ESQUERDA
ETIOLOGIA
É uma síndrome multifatorial onde a atonia abomasal é um pré-requisito absoluto para a sua ocorrência. O gás produzido pela fermentação microbiana distende o abomaso e provoca o deslocamento.
FATORES PREDISPONENTES
• 70 a 80% dos casos estão relacionados ao período pós-parto (cerca de um mês após o parto);
• Dieta rica em concentrado: ↑ ácidos graxos voláteis, ↓ motilidade abomasal;
• Cetose;
• Confinamento do animal;
• Hipocalcemia: os níveis sanguíneos de cálcio afetam diretamente a motilidade do abomaso;
• Doenças infecciosas: através da retenção de placenta as endotoxinas das bactérias diminuem a motilidade intestinal.
EPIDEMIOLOGIA
Ocorre mais em vacas leiteiras de grande porte recém-paridas, mantidas estabuladas e alimentação rica em grãos.
Pode também acometer bezerros, touros, novilhas e, em vacas não gestantes a frequência é de menos de 10% dos casos.
SINAIS CLÍNICOS
Geralmente os animais acometidos podem apresentar:
Anorexia total ou moderada; redução da produção de leite; diminuição da taxa de ruminação; queda brusca no consumo de grãos enquanto ainda continuam consumindo forragens; fezes escassas podendo serem diarreicas; enoftalmia; Cetose em graus variáveis, cifose (dor) e depressão.
DIAGNÓSTICO
Histórico e sinais clínicos;
Auscultação e percussão do terço ventral a partir do 8° espaço intercostal até a fossa paralombar do lado esquerdo, detectando-se o som metálico característico de “ping”;
Aspiração do líquido presente na região de gás e aferir o pH que deve diferenciar entre rúmen (pH 6-7) e abomaso (pH 2-3).
TRATAMENTO
• Corrigir o balanço eletrolítico do animal e desidratação;
• Providenciar tratamento apropriado para doenças associadas;
• Uso de laxantes orais, ruminatórios, antiácidos ou drogas colinérgicas como conduta terapêutica para restauração da motilidade gastrointestinal;
• Devolver o abomaso à sua posição original ou aproximada;
• Técnicas cirúrgicas para a correção: omentopexia paralombar direita (ou método de Hannover), abomasopexia paramedial direita e a abomasopexia paralombar esquerda são as mais empregadas.
PROGNÓSTICO
Bom em 86 a 95% dos casos quando não ocorre complicações, desfavorável nos casos de ruptura de úlcera do abomaso e 75% dos casos são considerados reservados.
CONTROLE E PREVENÇÃO
• Identificar os fatores que predispões ao desenvolvimento do deslocamento;
• Evitar os animais em balanço energético negativo proporcionando dieta adequada;
• Garantir aos animais uma fonte de fibra efetiva;
• A dieta no período final de gestação deve conter no mínimo 17% de fibra bruta;
• Todas as doenças que ocorrem no período pós parto devem ser imediatamente solucionadas (metrite, mastite, retenção de placenta, etc...);
• Qualquer fator que esteja levando a problemas de hipocalcemia deve ser corrigido.
DISCENTE: ANDRESSA PEREIRA DUARTE