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CASO 7, Referência Bibliográfica: RIBEIRO,…
CASO 7
Doença hemorroidaria
Hemorroidas - definição
Coxins vasculares presentes nas extremidades externa e interna no canal anal
composto por vênulas e arteríolas, estremeados por tecido conectivo conjuntivo e elástico
Protegem o canal anal no momento da defecação
Tratamento
Conservador
Correção da constipação intestinal
Dieta rica em fibras 20 a 25 g/d
ingesta de líquidos 1,5 a 2 L/d
Prática de exercício físico
prevenção de fatores preciptantes das crises
Cessar consumo de álcool e irritativos da mucosa (comidas apimentadas por exemplo)
Medidas higiênicas
Duchas ou banho de assento
Caso não haja resultado com as mudanças de hábitos de vida
Laxativos formadores de bolo fecal
Psyllium e metilcelulose
Osmóticos
Lactulose
Pomadas e supositórios (efeito paliativo)
Escleroterapia
Fotocoagulação
Ligadura elástica
Cirúrgico
Hemorroidectomia
Técnica de Milligan Morgan - aberta
Técnica de Ferguson - fechada
Anopexia mecânica
Não há ressecção dos mamilos hemorroidários, acontece o reposicionamento dos coxins hemorroidários com o uso de grampeadores especiais
Desarterialização anal associada a hemorroidopexia
Desarterialização hemorroidária transanal guiada por Doppler
Complicações
Dor, sangramento, retenção urinária, infecção, estenose anal, incontinência fecal, fissura anal, impactação fecal e formação de plicomas residuais.
Diagnóstico
Exame clínico
História clínica
hematoquezia terminal
sangue vivo
indolor
prolapso retal durante evacuação
dor (em casos de eventos trombóticos)
Anuscopia
em casos de hemorroidas internas sem prolapso
Fisiopatologia
Deterioração do tecido conjuntivo que
ancora o plexo hemorroidário ao esfíncter
Aparecimento dos sintomas por hipertrofia ou aumento do tônus do esfíncter anal interno
Durante as evacuações, o bolo fecal forçaria o plexo hemorroidário contra o esfíncter interno, causando seu aumento e tornando-se sintomático
Edema dos coxins hemorroidários
Quadro clínico
sangramento
prolapso
dilatação
Doença anorretal mais comum (50% dos indivíduos com mais de 50 anos)
Fatores de risco
Predisposição genética
Hábitos nutricionais
Senilidade
Gravidez
Hábitos intestinais (constipação)
Classificação
Interna
Localizam-se acima da linha pectínea
Recobertas por mucosa derivada do tecido endodérmico (não tem sensibilidade à dor).
Graus
1 - sangramento anal sem prolapso
2 - Prolapso hemorroidário com retorno espontâneo
3 - prolapso hemorroidário que requer redução manual
4 - prolapso hemorroidário constante irredutível
Recebem ramos tributários dos vasos hemorroidários superiores, médio e inferiores.
Externa
Localizam-se distalmente à linha pectínea, em posição subcutânea
Os vasos que irrigam provêm das artérias hemorroidárias inferiores.
Recobertas por epitélio estratificado originário do ectoderma (possuem boa sensibilidade à dor)
Mista
Abscesso anorretal
definição
Os abscessos, na maioria dos casos, surgem a partir da obstrução de uma cripta anal e sua glândula, ocorrendo acúmulo de pus no tecido subcutâneo ao redor da cripta. Outra frequência ocorre devido a material estranho.
etiologia
Doença inflamatória intestinal, como doença de Crohn ou retocolite ulcerativa;
Hidradenite supurativa;
Infecções do reto, como amebíase, linfogranuloma venéreo, tuberculose ou esquistossomose retal;
Fissura anal;
Câncer anorretal;
Imunidade comprometida;
Ter passado por uma cirurgia da região anorretal, como hemorroidectomia, episiotomia ou prostatectomia
Menos comum
ato de deglutir (engolir) alimentos sem mastigar, podendo levar fragmentos de ossos ou espinhas de peixe até o canal anal. Estes fragmentos não são digeridos e passam pelo canal anal podendo gerar uma escoriação, perfuração, que provoca um abscesso.
Classificação
Submucoso: Imediatamente abaixo da mucosa, justaposto à cripta.
Isquiorretal: Ocupa o esfíncter anal externo até o espaço isquiorretal.
Interesfincteriano: abscessos anorretais que se localizam entre os esfíncteres externos e internos; não costumam causar alterações na pele à inspeção, mas o abscesso pode ser palpado no toque retal, correspondendo cerca de 2 a 5% dos casos.
Ferradura: a variação do abscesso pelvirretal, de maior complexidade, originando-se posteriormente ao canal anal e expandindo-se até o assoalho pélvico.
Supraelevador ou pelvirretal: Pode originar-se de infecções critpoglandulares com disseminação para região superior para o espaço do músculo supraelevador ou de um quadro inflamatório pélvico. Sintomatologia: dor perianal intensa, febre e, algumas vezes, retenção anal.
Epidemiologia
A incidência exata do abscesso anorretal não pode ser estimada uma vez que há pessoas que rompem espontaneamente, não buscando assim ajuda médica para possível avaliação e tratamento, enquanto outros ainda são tratados no consultório médico, sem qualquer documentação oficial.
Os abscessos anorretais ocorrem quase duas vezes mais frequentemente em homens em relação a mulheres e está mais relacionado com a terceira e quarta década de vida.
Sintomas (clinica)
Dor significativa em região anal ou retal; característica constante, podendo piorar com evacuação, tosse e esforço. Sensação de febre e mal-estar podem ocorrer. Abscessos que se localizam perto da borda anal, na linha média posterior, sendo uma massa macia superficial indurada, que pode ou não ser flutuante.
Isquiorretais: além do esfíncter anal externo; maiores, endurecidos e bem circunscritos; localizados lateralmente sobre o aspecto medial das nádegas; edema e sintomas constitucionais como febre e anorexia.
Diagnostico
Dor por movimento e assento. Os abscessos perianais, geralmente não são acompanhados por febre, leucocitose e sepse no paciente imunocompetente. Os isquiorretais são dolorosos no exame retal e são laterais ao limite anal. Os abscessos interesfincterianos: dolorosos com a defecação, geralmente associados à descarga retal e à febre, e uma massa macia pode ser palpável no exame digital do canal retal.
A presença do pus dá o diagnóstico e indica a necessidade de drenagem cirúrgica. A febre pode estar presente, mas não é uma regra. O exame físico: área endurecida, quente, rubor e dolorosa ao toque. É possível observar um local de saída de secreção purulenta.
Casos de dificil diagnostico
exames de imagem, ultrassonografia, tomografia computadorizada ou ressonância magnética, que identificarão o local e a extensão do abscesso. Indica-se também a realização de hemograma, para a avaliação do grau da infecção, e de glicemia, devido ao risco de diabetes associada.
Tratamento
Drenagem cirúrgica: deve ser realizada assim que o diagnóstico é realizado, mesmo quando não exista flutuação no abscesso.
A lidocaína e epinefrina são administradas. A incisão é realizada o mais próximo possível da borda anal, minimizando assim a possibilidade de fístula e drenar o pus do abscesso; a cavidade do abscesso é irrigada com salina estéril.
Condições para uso de antibióticos: celulite extensa perianal, sinais de infecção sistêmica, diabetes melito, doença valvular cardíaca e Imunossupressão.
Prevenção
Água: pode ter diversos benefícios para a saúde, é essencial para várias funções no corpo, como diminuição da prisão de ventre.
Alimentação balanceada, rica em fibras: ajuda o aparelho digestivo a funcionar mais eficientemente. Isso significa que o cólon se mantém saudável, o que ajuda a evitar condições de inflamação, podendo evitar parte dos casos de abscessos perianais.
Fístula anorretal
Uma fístula anorretal é um canal anômalo entre o ânus ou reto e, normalmente, a pele perianal, embora em alguns casos, ela possa se estender até outro órgão, como a vagina.
Diagnóstico
Avaliação Clinica
Sigmoidoscopia
Tratamento
Fistulotomia
Cirurgico
Medicamentos
Caso de Doença de Cron
Causas
Abscesso anorretal
Tuberculose
Doença de Crohn
Diverticulite
Tumores
Lesão anal ou retal
Sintomas
Produção de Pus
Dor
Em um bebê normalmente é um defeito congênito
Comum mais em Meninos que em meninas
Tumor de reto
Epidemiologia
entre os tumores malignos mais comuns em todo mundo
No Brasil, segundo os dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA-2012), estima-se que o câncer colorretal é o terceiro tumor mais frequente em adultos
nota-se um aumento acentuado da incidência a partir dos 40 anos em mulheres e 50 anos em homens
Etiologia
O câncer de reto tem características muito semelhantes às do câncer de cólon: ele também começa nas células de revestimento e na maioria das vezes (90% dos casos) é um adenocarcinoma. Ele tem início como um pólipo e não costuma apresentar sintomas em seus estágios iniciais.
Sinais e sintomas
Presença de sangue nas fezes
Dores abdominais
Dores ao evacuar
Diarreia ou prisão de ventre que não passam
Sensação de empachamento
Mudanças no apetite
Perda de peso inexplicável
Fatores de risco
Alimentação
dietas ricas em carnes vermelhas, carnes processadas e carnes expostas a calor intenso, como nos churrascos, encabeçam a lista dos fatores de risco, seguidas por uma dieta pobre em fibras (frutas, legumes e verduras).
Sedentarismo
Fumo
Álcool
Doenças inflamatórias intestinais
as formas severas dessas doenças são raras, mas, como são crônicas, aumentam o risco de câncer de reto. Entre elas, estão a colite ulcerativa e a doença de Crohn. Portadores dessas doenças precisam ter acompanhamento específico para detecção precoce do câncer.
Histórico familiar
Diagnóstico
Colonoscopia
Exame de sangue oculto nas fezes
Biópsia colonoscópica
TC para avaliar a extensão do crescimento e disseminação do tumor
Tratamento
TC para avaliar a extensão do crescimento e disseminação do tumor
Condiloma anorretal
Etiologia
DNA vírus
grupo Papova, o Papillomavirus humano (HPV)
autoinoculável
transmissão mais comum
contato sexual direto
levando a displasia e transformação maligna
período de incubação varia de 2 semanas a 8 meses, com média em torno de 3 meses
lesões subclínicas permite aos portadores um estado de latência por muitos anos
Quadro Clínco
uma ou múltiplas lesões de aspecto verrucoso
podem desaparecer espontaneamente ou evoluir
fundindo-se nas bases
formação de grandes massas vegetantes
semelhantes à couve-flor, avermelhadas ou esbranquiçadas
lesões em espelho
ocorre autoinoculação
aparecem em ambos os lados da região perianal
desconforto perianal
proporcional ao tamanho e número das lesões
pode ou não haver
prurido
secreção
sangramento
Maior prevalência em pacientes imunossuprimidos
com baixa contagem de CD4+
ficam mais susceptíveis às manifestações e recidiva da infecção pelo HPV
Diagnóstico
baseia-se no exame proctológico
realizado com aparelho de magnificação de imagem, e tem 3 objetivos: identificar lesões evidentes, identificar lesões pré-malignas e diagnosticar o câncer anal em estagios precoces.
Tratamento
Tratamento Clínico
Pode-se usar o tratamento clínico com soluções líquidas ou pomadas, como adjuvante ao tratamento cirúrgico ou como tratamento exclusivo.
Geralmente o paciente é submetido a sessões de tratamento ambulatorial para cauterização química, associada ou não a pomada de uso domiciliar.
Tratamento Cirúrgico
Visa ressecar as lesões e cauterizar a sua base, que pode ser realizado bisturi elétrico ou com uso de laser.
O mais importante após a cirurgia, é o seguimento frequente, para identificar o retorno das lesões precocemente, com a "Anuscopia de Magnificação".
GRUPO: Milena Barbosa, Amannda Neiva, Armando Gabriel, João Laurentino, Daniel Henrique, João Henrique, Vinicius Melo, George Siqueira, Taicy Fideles, Marco Camardella, Felipe William
Referência Bibliográfica:
RIBEIRO, Luely Ananda dos Santos. CONDILOMA ANAL RECIDIVADO EM PACIENTE SOROPOSITIVO ‐ RELATO DE CASO. CONDILOMA ANAL RECIDIVADO EM PACIENTE SOROPOSITIVO ‐ RELATO DE CASO, [s. l.], 2018. DOI DOI: 10.1016/j.jcol.2018.08.143. Disponível em:
https://jcol.elsevier.es/en-condiloma-anal-recidivado-em-paciente-articulo-S2237936318302533
. Acesso em: 26 mar. 2021.
Gastroenterologia essencial / Renato Dani, Maria do Carmo Friche Passos. – 4. ed. – [Reimpr.]. -
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