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Qual é o trabalho do psicólogo? - Coggle Diagram
Qual é o trabalho do psicólogo?
O psicólogo hospitalar objetiva a subjetividade.
A doença “sacode” toda a subjetividade do sujeito.
O psicólogo, então, escuta o sujeito adoentado falar de si, da doença, da vida ou da morte, do que pensa, do que sente, do que teme, do que deseja, etc.
A psicologia dá voz à subjetividade do paciente e restitui o seu lugar de sujeito (MORETTO, 2001 apud SIMONETTI, 2010).
Não há uma meta ideal a ser atingida.
O processo de elaboração simbólica do adoecimento é acionado.
Ajuda o paciente a fazer a travessia pela experiência do adoecimento.
Não pode dizer aonde dará essa travessia, pois não sabe aonde dará (SIMONETTI, 2010).
O destino do sintoma e da doença depende de muitas variáveis.
Portanto, o psicólogo é um ouvinte privilegiado nessa travessia, não é um guia (SIMONETTI, 2010).
No cenário hospitalar, a medicina e psicologia se aproximam, mas não se confundem.
A filosofia da medicina é curar doenças e salvar vidas.
A filosofia da psicologia hospitalar é reposicionar o sujeito em relação a sua doença.
A psicologia até ajuda o trabalho de cura da medicina, mas esse não é seu objetivo.
Ainda que haja a cura, permanecem a angústia, os traumas, as desilusões, os medos, as consequências reais e imaginárias - as marcas da doença.
A psicologia hospitalar tem um fazer próprio (SIMONETTI, 2010)
A filosofia da psicologia hospitalar é o “além da cura”.
O valor principal da psicologia hospitalar é a subjetividade
O psicólogo pode fazer pouco em relação a doença em si.
O que o psicólogo pode fazer é no âmbito da relação entre paciente <> sintoma.
Esse sim é o trabalho do psicólogo (SIMONETTI, 2010).
A psicologia hospitalar trata das coisas que ficam como marcas da doença (SIMONETTI, 2010
Aforismo hipocrático - “curar sempre que possível, aliviar quase sempre, consolar sempre”. Consolar - escutar
Escutar o quê?
Escutar a pessoa engendrada no meio da doença, escutar a subjetividade (SIMONETTI, 2010).
A psicologia escuta (SIMONETTI, 2010)
A medicina exclui a subjetividade do seu campo epistêmico e
prático
O sujeito fala por seus sintomas, ou é falado por eles.
Seu ideal é a abordagem objetiva do adoecimento, sem
sentimentos e desejos.
Essa exclusão da subjetividade pela medicina abriu as portas do hospital para a psicologia (SIMONETTI, 2010).
A medicina quer excluir o sintoma
Para a psicologia todo sintoma, além de doer e fazer sofrer, carrega em si uma dimensão de mensagem.
O sintoma comporta informações sobre a subjetividade do paciente.