Quando há uma função inadequada da bomba muscular, válvulas venosas incompetentes ou obstrução do fluxo venoso (secundária a trombose ou estenose venosa não trombótica, por exemplo), o paciente pode desenvolver um aumento da pressão venosa. Quando essa pressão alcança valores entre 60 a 90 mmHg, ou seja, 3x acima dos valores considerados normais, temos a chamada hipertensão venosa. A hipertensão venosa sustentada, com o tempo, é capaz de promover alterações anatômicas, fisiológicas e histológicas que estão associadas a insuficiência venosa crônica.
O aumento de pressão é transmitido de forma retrógrada para o sistema venoso superficial, isso leva ao acúmulo de líquido no interstício, causando edema, e a dilatação venosa progressiva, que se manifesta através das telangiectasias e das varizes. Além do extravasamento de líquido, há também saída de macromoléculas (citocinas, fibrinogênio, bradicinina) e células (hemácias, neutrófilos e macrófagos) que vão levar a uma resposta infla matória local e modificações estruturais na parede das veias e na pele.