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DIARRÉIA, . - Coggle Diagram

- - - - infecção intestinal, diarréia aguda infecciosa e gastroenterite
    - - O diagnóstico da diarreia aguda é eminentemente clínico. Por meio de uma história e um exame físico detalhados, é possível levantar hipóteses quanto a determinados agentes etiológicos e orientar as medidas terapêuticas necessárias.
        
        Determinar clinicamente a etiologia da diarreia para instituição imediata da antibioticoterapia se necessário.
      - Deve constar na anamnese: duração da diarreia, características das fezes, número de evacuações diarreicas por dia, vômitos (número de episódios/dia), febre, diurese (volume, cor e tempo decorrido da última micção), uso de medicamentos, sede, apetite, tipo e quantidade de líquidos e alimentos oferecidos após o início da diarreia, doenças prévias, estado geral, presença de queixas relacionadas a outros sistemas, viagem recente, contato com pessoas com diarreia e ingestão de alimentos suspeitos, além do uso prévio recente de antibióticos.
        
        O exame físico deverá ser completo, incluindo avaliação nutricional, pois a desnutrição é fator de risco para quadros mais graves e evolução para diarreia persistente.
      - A solicitação de exames laboratoriais não é necessária rotineiramente para o tratamento da diarreia aguda, habitualmente autolimitada, ficando reservada para os casos de evolução atípica, grave ou arrastada, presença de sangue nas fezes, lactentes menores de 4 meses e para os pacientes imunodeprimidos.
        
        Podem ser solicitados: Hemograma, função renal, potássio, sódio, cloro, glicose, gasometria arterial
      - O hemograma completo deve ser solicitado para avaliar anemia e padrão leucocitário. Ionograma, ureia e creatinina, nos casos com distúrbio hidreletrolítico grave e impacto na função renal.
      - Nas fezes, pH fecal, substâncias redutoras, leucócitos, hemácias, sangue oculto e coprocultura, ELISA para vírus e pesquisa de toxina para Clostridium são os exames mais frequentemente solicitados.
        
        O pH fecal igual ou menor de 5,5 e a presença de substâncias redutoras nas fezes indicam intolerância aos carboidratos, normalmente de natureza transitória e estão tammbém associados a diarréia osmótica.. A ausência de leucócitos fecais não exclui a presença de bactéria invasiva, mas a sua presença indica inflamação e organismos que invadem a mucosa intestinal.(colite)
    - - A principal complicação da diarreia aguda é a desidratação, que nos casos de maior gravidade pode levar a distúrbio hidroeletrolítico e acidobásico, choque hipovolêmico e até morte. As crianças menores de 1 ano são as mais vulneráveis. A diarreia aguda pode ser um fator determinante ou agravante da desnutrição, que por sua vez aumenta a predisposição à infecção, além de uso prévio recente de antibióticos
      - Sepse, Insuficiência renal aguda / SHU, convulsões, artrite reativa, sd. Guillain-Barré, glomerulonefrite, nefropatia por IgA,
        eritema nodoso
- - - - VÍRUS
        
        Principais causadores de diarréias infecciosas
        
        mais prevalentes:
        
        ROTAVÍRUS
        
        Têm ocorrência universal, sendo os principais responsáveis por episódios de diarreia aguda, tanto nos países desenvolvidos quanto nos em desenvolvimento, representando 40% dos casos graves com hospitalização. A infecção por rotavírus é autolimitada, com pico de incidência na faixa etária de 6 a 24 meses.
        
        NOROVÍRUS
        
        Principais agentes de surtos epidêmicos de gastroenterites virais transmitidos por água ou alimentos, ocorrendo em todas as faixas etárias. Também podem ser encontrados em quadros esporádicos, e 30% dos casos são assintomáticos.
        
        ADENOVÍRUS
        
        Causam, com mais frequência, infecção do aparelho respiratório, mas, dependendo do sorotipo, podem causar quadros de gastroenterite.
        
        ASTROVÍRUS
        
        São menos prevalentes. Apesar de poder ocorrer em adultos e crianças, os lactentes são os mais acometidos. A transmissão é de pessoa a pessoa e geralmente provoca casos de diarreia leve e autolimitada.
        
        São altamente infectantes e precisam de baixa carga viral para causar doença.
      - BACTÉRIAS
        
        São mais prevalentes nos países em desenvolvimento e têm pico de incidência nas estações chuvosas e quentes.
        
        Principal: escherichia coli enterotoxigênica
      - PROTOZOÁRIOS
        
        Principais: Giardia e Entamoeba (países em desenvolvimento)
    - - Inclui alergias, intolerâncias, erros alimentares
- - - - Lesão do epitélio
        
        Diminuição da atividade das dissacaridases
        
        Diminuição da digestão e absorção dos açúcares
        
        Aumento da fermentação pela flora intestinal
        
        Aumento da osmolaridade luminal
        
        Aumento do conteúdo líquido fecal
        
        DIARRÉIA OSMÓTICA
        
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  - - - há poucos sintomas sistêmicos, a febre está ausente ou é baixa e os vômitos surgem com a desidratação, que é a principal complicação pela perda rápida e volumosa de água e eletrólitos pelas fezes.
- - - - Para prevenir desidratação, orienta-se aumentar a oferta de líquidos (água, soro caseiro, chá, suco e sopa) e após cada evacuação diarreica oferecer a SRO, de 50 a 100 mL para menores de 2 anos, 100 a 200 mL para crianças de 2 a 10 anos, e, para aquelas acima de 10 anos, o quanto aceitar.
      - Sucos, refrigerantes, energéticos e outros não substituem a SRO, uma vez que são hiperosmolares. Não utilizar refrigerantes nem adoçar sucos.
      - Manter a alimentação habitual para prevenir desnutrição
        
        continuar aleitamento materno
      - Se o paciente não melhorar em dois dias ou apresentar algum sinal de alarme retornar ao serviço de saúde
        
        Sinais de perigo: piora na diarréia, vômitos repetidos, muita sede, recusa de alimentos, sangue nas fezes e diminuição da diurese
      - Orientar para reconhecer os sinais de desidratação, preparar e administrar a SRO em casa, praticar medidas de higiene pessoal e domiciliar
      - Administrar zinco 1x ao dia, durante 10 a 14 dias
        
        Até 6m: 10mg/dia
        
        Mais de 6m: 20mg/dia
  - - - A quantidade inicial depende da sede do paciente
        
        SRO continuamente até desaparecer os sinais de desidratação
        
        50 a 100ml/kg para ser administrado em 4 a 6 horas
        
        Em casos de vômitos persistentes, deve-se tentar a administração da SRO por sonda nasogástrica (via eficaz), 20 mL/kg/h, durante 4 a 6 horas.
        
        Não permitir ingestão de qualquer outro alimento enquanto houver sinais de desidratação
        
        Evitar: antieméticos, antiespasmódicos,
        antitérmicos
        
        exceto aleitamento materno
        
        Manter SRO por 48h após a alta
    - - Se desaparecerem os sinais de desidratação, passar para o plano A
        
        Se evoluir para desidratação grave, passar para o plano C
    - - Reconhecer os sinais de desidratação
        
        Preparar e administrar a SRO
        
        Praticar medidas de higiene pessoal e domiciliar
  - - - comatoso, hipotônico
      - bebe mal ou não é capaz de beber
      - pulso muito fraco ou ausente
    - - Menores de 5 anos (fase de expansão)
        
        Solução de SF a 0,9%
        
        Iniciar com 20ml/kg de peso. Repetir até a criança estar hidratrada, reavaliando os sinais de hidratação a cada fase de expansão administrada
        
        Tempo de administração de 30min
        
        Para recém nascidos e cardiopatas graves começar com 10ml/kg de peso
      - Maiores de 5 anos
        
        1º SF a 0,9%, 30ml/kg, 30 min de administração
        
        2º ringer lactato ou solução polieletrolítica, 70ml/kg, 2h30m de adm
      - A criança com diarreia e desidratação grave (> 10% de perda) necessita de hospitalização e hidratação endovenosa para restabelecer rapidamente a perfusão aos órgãos vitais.
    - - Soro glicosado a 5% + Soro fisiológico a 0,9% na proporção de 4:1 (manutenção)
        
        MAIS
        
        Soro glicosado a 5% + Soro fisiológico a 0,9% na proporção de 1:1 (reposição)
        
        MAIS
        
        KCL a 10%
        
        2ml para cada 100ml de solução da fase de manutenção
        
        Iniciar com 50ml/kg por dia. Reavaliar esta quantidade de acordo com as perdas do paciente.
        
        até 10kg: 100ml/kg
        
        10kg a 20kg: 1000ml + 50ml/kg que exceder 10kg
        
        mais de 20kg: 1500ml + 20ml/kg de peso que exceder 20kg
      - Iniciar SRO quando conseguir ingerir líquidos -> mantém reidratação endovenosa
        
        Interromper reidratação endovenosa somente quando o paciente conseguir ingerir SRO suficiente para manter a hidratação
        
        Outros critérios para a hidratação venosa são: vômito intratável, falha na TRO por via oral ou sonda nasogástrica, diarreia profusa, íleo paralítico, irritabilidade, sonolência ou ausência de melhora após 24 horas da administração da SRO
      - Observação por pelo menos 6 horas
- - - - Ceftriaxone: 50-100 mg/kg IM 1x/dia por dois a cinco dias