A ocupação pré-histórica do Estado de Santa Catarina

Duas ocupações iniciais

1- mais de 8.000 anos, de caçadores, nas matas da encosta do planalto ao leste e nas matas do Alto Uruguai a oeste, que se manteve até o fim do primeiro milênio de nossa era.

2- um pouco mais recente, de pescadores e coletores junto a estuários, canais, mangues e baías do litoral atlântico. Durou até o final do primeiro milênio de nossa era

Dois povoamentos

1- população que os linguistas consideram um desdobramento do núcleo Jê dos cerrados do Brasil Central

2- população de origem amazônica (Guarani), que colonizou as várzeas dos rios e a planície costeira do Sul do Brasil

Os guaranis hoje encontrados na planície costeira não são descendentes diretos desses primeiros

A colonização indígena de SC tem uma base ambiental que separa o território em zonas

litoral, planície costeira, encosta do planalto, planalto das Araucárias e Alto rio Uruguai

todas aptas para a ocupação

Os caçadores da mata: 8.000 a 1.000 anos antes do Presente (A.P.)

mata atlântica da encosta do planalto e a mata subtropical do Alto Uruguai

variedade e quantidade de alimentos de origem animal e vegetal, e as melhores condições de abrigo

nessas matas que se encontram os mais antigos vestígios da presença humana no Sul do Brasil

mata atlântica e a floresta subtropical

alguns fatores levaram grupos locais a formar identidades diferenciadas

Nos assentamentos a céu aberto das matas de SC não se conservaram restos de alimentos

Os instrumentos de pedra eram pequenas pontas de pedra que armavam os projéteis de caça

Também fragmentos e lascas retocadas que usariam para cortar e raspar madeira ou peles

Os pescadores do litoral oceânico: 8.000 a 1.000 anos antes do Presente (A.P.)

Grupos Jê no planalto das Araucárias e no litoral atlântico: 1.500 anos A.P.
até hoje

A expansão guarani: 600 a 300 anos A.P.

Não se conhece onde e quando ele surgiu no Brasil

Guarani foi o último a chegar a Santa Catarina

As estruturas deixadas pelos pescadores marinhos são conhecidas como sambaquis

depósitos estratificados de restos de peixes, moluscos, mamíferos, aves, sementes carbonizadas, artefatos de pedra, osso e concha e sepultamentos

As teorizações tornaram mais complexa a leitura dos sambaquis e do modo de vida dos pescadores oceânicos

artefatos produzidos: constituídos por lâminas de machados, polidores manuais ou mós, quebra-coquinhos, percutores e pesos de rede

As sepulturas eram numerosas em todos os sambaquis

colocados em covas que podiam estar forradas de argila, areia branca ou conchas, de ambos os sexos e todas as faixas etárias

foi um modo de vida de sucesso quando comparado com outros que existiam ao mesmo tempo

a população Jê Meridional teria sua origem nos cerrados do
Brasil Central

estava ligado ao uso do
pinhão

teve desenvolvimento paralelo na planície costeira e no litoral atlântico

Pelo século IX, já dominando a cerâmica, ele começa a criar aldeias colocadas diretamente sobre o litoral marítimo

explora a pesca

a coleta de moluscos e crustáceos

caça de animais marinhos e terrestres

novas construções se fazem sobre as ruínas das anteriores

os mortos são guardados dentro das casas, ao longo das paredes, ou em pequenos cemitérios separados

território era identificado com muitas gravuras elaboradas sobre blocos rochosos voltados para o alto mar

úteis para pescadores e navegantes se
orientarem na volta para casa

origem dessa população é a floresta do sul da
Amazônia

construía aldeias que se compunham de várias casas, habitadas por famílias nucleares ou estendidas

sustento básico era fornecido por plantas
tropicais trazidas de seu território de origem (milho, feijão, mandioca, batata doce...)

a caça era voltada para animais de porte maior, que rendiam bastante carne e gordura

deixaram marcas bem visíveis nos seus restos de alimentos, onde ossos humanos quebrados, cortados e queimados aparecem com regularidade

Os jesuítas espanhóis fundaram com eles, no começo do século XVII, cerca de 60 missões