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MECANISMO DE PARTO PARA A APRESENTAÇÃO CEFÁLICA FLETIDA - Coggle Diagram
MECANISMO DE PARTO PARA A APRESENTAÇÃO CEFÁLICA FLETIDA
O estudo do mecanismo do parto é o estudo dos movimentos que a cabeça do feto realiza no trajeto pelvigenital, utilizando-se da ação das contrações uterinas para transpor o percurso.
As séries de movimentos de adaptação da cabeça e das espáduas do feto são:
• encaixamento ou insinuação;
• descida ou progressão;
• rotação interna da cabeça;
• desprendimento da cabeça;
• rotação externa da cabeça;
• despreendimento das espáduas.
https://www.youtube.com/watch?v=M52cLDlfO4o
ENCAIXAMENTO OU INSINUAÇÃO
O movimento da cabeça em direção ao estreito pélvico superior é chamado de flutuação. Depois do diâmetro biparietal da cabeça passar pelo estreito pélvico superior, a cabeça fica encaixada, e isso acontece pelo movimento de flexão que resulta em uma redução significativa nos diâmetros que o feto apresenta na pelve. A insinuação se torna completa quando a apresentação alcança o plano zero de De Lee.
Quando a apresentação se insinua, a altura uterina apresenta uma diminuição de seu valor pelo encaixamento na pequena bacia.
2 DESCIDA OU PROGRESSÃO
Ocorre à medida que a cabeça do feto desce, e sua flexão aumenta à medida que encontra resistência. A progressão acontece em todo o trabalho de parto e só termina com a expulsão.
Para que a progressão aconteça, é importante contar com a contração uterina para facilitar a descida da apresentação avaliada pelos planos De Lee. Nesse período, é de suma importância utilizar os recursos não farmacológicos para o alívio da dor, assim como é necessário dar liberdade à mulher para que ela assuma posições verticali- zadas e realize movimentos, não a restringindo ao leito.
ROTAÇÃO INTERNA
Acontece quando a cabeça do feto roda da posição transversa para a posição anteroposterior, alinhando-se com o diâmetro anteroposterior da pelve materna. A pressão do assoalho pélvico estimula a cabeça a rodar interiormente. A rotação só se completa quando a cabeça fetal começa a distender o períneo e se torna visível na vulva.
Assim, contrações, verticalização, massagem na região lombar e movimentos de rotação da parturiente em seu próprio eixo facilitam a rotação do polo cefálico.
DESPRENDIMENTO CEFÁLICO
Após a rotação interna, a cabeça do feto atinge o assoalho pélvico, momento em que se posiciona sob a sínfise púbica e oscila em torno desse ponto de apoio ou hipomóclio, realizando um movimento de báscula.
O desprendimento acontece por movimento de deflexão, que é o resultado da combinação da pressão das contrações uterinas com a prensa abdominal exercida pela força da mãe, além da resistência do assoalho pélvico.
O processo também é facilitado pela retropulsão do cóccix, que aumenta o diâmetro do cóccix subpúbico de 9 para 10,5 cm. À medida que ocorre a deflexão, aparece principalmente o osso occipital e depois a fronte, o nariz, a boca e o mento.
Vale enfatizar, novamente, a importância de encorajar a parturiente a adotar posições verticais ou semiverticalizadas e a realização da proteção do períneo para diminuir a incidência de lacerações.
ROTAÇÃO EXTERNA DO POLO CEFÁLICO
Ocorre logo após o desprendimento cefálico, a cabeça do feto imediatamente torna a rodar para a posição transversa, assim como as espáduas alinham-se ao diâmetro anteroposterior do estreito pélvico inferior. O ombro anterior fica sob a arcada púbica, e o posterior volta-se para o sacro, empurrando o cóccix materno para trás.
DESPRENDIMENTO DO TRONCO
Geralmente, inicia-se com o desprendimento do ombro anterior, que roda para a frente, facilitando sua liberação, em seguida libera-se o ombro posterior e, logo, é desprendido o resto do ovoide córmico.
Para desprender o ombro anterior, realiza-se um movimento para baixo liberando-o e, em seguida, um movimento de elevação liberando o posterior.
Apesar de raro, pode haver dificuldade na liberação dos ombros, porém o exame físico obstétrico, mais precisamente a palpação abdominal, pode evidenciar um feto grande.
Caso haja distocia de ombros, algumas manobras podem ser aplicadas, como: abdução ampla das pernas e flexão completa sobre a coxa e o abdome materno; rotação manual do ombro posterior do feto para anterior e, se necessário, pressão suprapúbica praticada por um auxiliar diretamente sobre a sínfise púbica materna.
Após o desprendimento das espáduas, deve-se retirar a parte córmica. Conhecer o mecanismo de parto permite conduzir o trabalho de parto de forma segura, facilitando o reconhecimento de distocias e a forma de corrigi-las.