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Lombalgias - Coggle Diagram
Lombalgias
ETIOLOGIA
Mecânica
- Anomalias congênitas: espinha bífida, sacralização/lombarização (processo transverso da última vértebra se junta com da sacroilíaca), espondilolistese (escorregamento da vértebra) e a estenose espinhal
- Degenerativas: artroses e a estenose do canal espinhal.
- Discogênicas: hérnia de disco (prolapso discal).
- Traumatismos: fraturas.
Inflamatória
Doenças reumatológicas: espondilite anquilosante (ligamentos calcificados -> coluna de bambu), artrite reumatoide (doença crônica autoimune que afeta a membrana sinovial) e a fibromialgia
Infecciosas (incomum)
Discite (infecção do disco), osteomielite, mal de pott (relacionado a tuberculose, afeta vertebra), brucelose.
Sinais: febre, abuso de drogas, ITU, imunossupressão (diabetes, HIV) e dor noturna.
Metabólicas
Osteoporose, osteomalácia (enfraquecimento e desmineralização dos ossos pela deficiência de vitamina D), doença de Paget (reabsorção óssea aumentada, mas reparação comprometida -> ossos fracos) e o hiperparatireoidismo (excesso de função das paratireoides aumenta o cálcio sérico e retira cálcio dos ossos)
Tumorais
Hemangiomas (Benigno), os malignos estão acompanhados de perda de peso, cansaço e dor noturna
DIAGNOSTICO
Dermátomos pelo exame de sensibilidade:
- grau 2 é o paciente normal,
- grau 1 com alteração da sensibilidade
- grau 0 não há sensibilidade.
L1: Crista ilíaca e quadril
L2: Região inguinal
L3: Região anterior da coxa
L4: Região anterior da coxa e medial da panturrilha
L5: Nadega e lateral do tornozelo
S1: Nadega e posterior da coxa
Grau de força:
• Força 5: Quando o paciente tem a força preservada mantendo a resistência e força contra resistência.
• Força 4: Quando ganha a gravidade de resistência e força mas não por um tempo maior de 5 segundos.
• Força 2: Apresenta gravidade por um período curto.
• Força 1: Paciente apresenta contração muscular mas não mexe nenhum músculo.
• Força 0: A força do paciente está abolida.
Neurológico (Motor,reflexo,sensibilidade)
L4
M. tibial anterior (dorsiflexão do pé), reflexo patelar, sensibilidade no maléolo medial
L5
M. Extensor longo do hálux, sem reflexo, sensibilidade acima hálux
S1
M. fibulares longos e
curtos (flexão plantar), reflexo aquileu, sensibilidade na região lateral pé
-
TESTES
SORENSON: dor lombar mecânica.
- decúbito ventral, tronco sem apoio, mãos no peito -> não aguentar 30 segundos, a musculatura extensora da coluna está fraca.
LASEGUE: hérnia ou compressão
- decúbito dorsal e extensão perna -> teste
positivo sente dor quando levanta de 30 a 70 graus.
- Possível comprometimento ciático
HOOVER: simulação
- paciente tenta elevar perna e medico segura calcanhar do pé oposto -> paciente estiver tentando, faz pressão
no calcanhar da perna oposta de encontro à mão
PATRICK FABERE: patologias do quadril ou sacro-ilíacas.
- paciente em decúbito dorsal faz um quatro com a perna. Uma mão do médico apoiada na sacro-ilíaca fazendo força, e a outra empurrando a região do joelho para baixo -> dor -> positivo.
MILGRAM: patologia compressiva na coluna.
- Paciente decúbito dorsal eleva perna 7 centímetros acima da maca e mantem nessa posição por 30 seg. -> dor ou não manter
VALSALVA: paciente tossir, ou expirar profundamente ou também assoprar a mão para aumentar a pressão intratecal em cima da cauda da medula, gerando a dor e indicando lesão.
THOMAS: encurtamento dos Isquiotibiais
- Paciente decúbito dorsal, dois membros esticados. Médico
flexiona um dos membros, o outro membro deve ficar esticado -> positivo se paciente não manter perna esticada
NACHLAS: Avalia-se o nervo femoral
- Paciente em decúbito ventral, flexão total da perna (aproxima calcanhar do glúteo)-> Positivo se dor na parte anterior da coxa, (possível estiramento)
SCHOBER: avaliar contratura muscular e alguma doença reumatológica (espondilite anquilosante)
- Em nível de L5, é feito um risco e 10 cm acima outro risco é feito, o paciente fará flexão -> positivo se na flexão o risco for menor que 15 cm
EXAMES:
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TC
Somente para fraturas, não será útil para hérnias ou compressões radiculares
RNM
(Padrão-ouro)
- Hérnias e compressões radiculares,
- Melhor avaliação de discos e estruturas neurais,
- Avalia estabilidade, compressão e deformidades
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TRATAMENTO
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- Lombalgia: dipirona/opiodes fracos.
- Lombociatalgia: neuromoduladores + corticoides.
Fisio, acupuntura e Bloqueios foraminais(anestésico com opióide sobre o nervo ou articulação da coluna)
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FATORES DE RISCO
Obesidade, sedentarismo, hérnia de disco
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Fatores psicológicos,como a má relação com colegas faz com que certas pessoas contraiam os músculos e isso gera dor
Tabagismo (liberação de radicais livres, diminuindo o aporte sanguíneo na região da coluna e musculatura)
EPIDEMIOLOGIA
-
2º motivo de falta ao trabalho, 1ª causa de visita ao médico e o principal motivo de incapacidade.
Maioria mecânicas - autolimitadas a 4-6 semanas, sem causa especifica
DISCO INTERVERTEBRAL
- Adulto: 25%-30% da altura da coluna
- Idoso: senescência, ocorre degeneração discal e fica mais baixo
Formado por:
- anel fibroso: parte fibrosa externa com lamelas concêntricas de fibrocartilagem
- núcleo pulposo: uma massa central gelatinosa com colágeno e proteoglicanos, que atraem água (90% dele é água).
Lesões:
- flexão/extensão e rotação: compressão no nervo.
- tempo sentado: pressão maior na coluna-> núcleo pulposo perde líquido -> entrada de sódio -> desgaste metabólico->degeneração do disco
ANAMNESE
Queixa do paciente:
- Tempo (aguda, crônica, crônica agudizada)
- Fator desencadeante (movimento, trauma)
- Localização (dor referida ou irradiada)
- Padrão (típico ou atípico)
- Fatores de melhora/piora (posição, repouso)
- Período do dia
- Tipo (facada, queimação, cólica, pressão)
Idade:
- Crianças: deformidades (ex: escoliose) são indolores, verificar se há infecção (disco nas crianças nutrido por vasos)
- Adolescentes: Espondilólise (que é uma quebra de uma parte da coluna, pode ou não causar dor).
- 30 - 40 anos: Tumores benignos, causas mecânicas, hérnias
- Idoso: Osteoporose (não causa dor, mas pode gerar fratura), artrose, tumores malignos, infecções.
Sexo:
- Homens: lombalgias mecânicas, espondiloartrites, tumores e hérnias - 2x mais
- Mulheres: osteoporose,endocrinopatias, fibromialgia, dor miofascial.
Classificação
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Origem específica espinhal: dor típica lombar com irradiação, mas com sinais de alarme (tumor, infecção, síndrome da cauda equina
Dor lombar inespecífica: maioria dos casos e está relacionada com sistema musculoesquelético, e geralmente melhora após 4 semanas.
musculo, apófises articulares, disco, articulação sacro ilíaca, ligamento interespinhoso
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HISTORIA NATURAL
- 86% dos pacientes tendem a melhorar com 2 semanas
- 92% melhoram com 2 meses
- 5% somente com tratamento cirúrgico
Dor entre os segmentos de T12 à crista ilíaca, podendo ter irradiação para quadril e faces lateral e anterior da coxa