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Doença do Refluxo Gastroesofágico (DRGE) - Coggle Diagram
D
oença do
R
efluxo
G
astro
e
sofágico (
DRGE
)
Anatomia/ Fisiologia do Esôfago e Estômago
Anatomia
Esôfago
Tubo muscular com lâminas muscular circulares interna e longitudinais externa
Constrições:
cervical
broncaórtica
diafragmática
Estômago
bases do estômago
Cárdia, fundo gástrico, corpo gástrico, antro pilórico e parte pilórica
Fisiologia
Esôfago
Movimentos peristálgicos
1º- continuação do processo faringe
2º- distenção da parede esofágica
2 esficters
Esfincter superior
Dilata para entrada do bolo (propulsiva)
Protege as vias aéreas (proteção)
Esfincter inferior
Protege do refluxo (propulsiva)
Dilata para entrada do bolo no estômago (proteção)
Estômago
Movimentos peristálgicos
Enzimas serão secretadas no estômago ativando movimentos de contração e relaxamento
Região cárdica, fúndida e pilórico
Definição
O refluxo gastroesofágico (RGE) é a passagem do conteúdo gástrico para o esôfago, com ou sem regurgitação e/ou vômito.
Fisiológico
Patológico
Doença do Refluxo Gastroesofágico (DRGE): afecção crônica secundária ao refluxo patológico de parte do conteúdogástrico para o esôfago e/ou órgãos adjacentes
Etiologia e Epidemiologia
DRGE- esse episódio de pirose ou regurgitação de ácido estomacal. Tende a ser maior na America do Norte do que na Europa e maior no norte europeu que no sul.
Estima-se que a prevalência da doença está entre 18,1- 27,8% na América do Norte,
8,8-25,9% na Europa,
2,5-7,8% na região Leste da Ásia,
11,6% na Austrália e 23% na América do Sul.
idade avançada, predisposição genética(monozigotico do que dizigotico), presença de hérnia hiatal, além de condições que elevam a pressão intra-abdominal, como obesidade e gestação.
obesidade, uso de medicamentos, envelhecimento, prevalência da infecção pelo Helicobacter pylori e hábitos de vida explicam diferenças entre contine.
Fisiopatologia
Ocorre quando os fatores de defesa são ultrapassados pelos fatores agressivos
Contato da mucosa com o conteúdo gástrico refluxado
Barreira antirefluxo
Esfíncter esofágico inferior e externo
Ocorrência de relaxamentos transitórios do EEI
principal fator da etiopatogenia da DRGE
distensão gástrica
Sono
presença de hérnia hiatal
Colecistocinina, óxido nítrico , peptídeo intestinal vasoativo
Mecanismos de depuração intraluminal
Químicos
Neutralização pela saliva ou mucosa
Diminuição do fluxo salivar por alguma doença ou medicamento
Mecânicos
Peristaltismo e gravidade
Alteração do peristaltismo primário e secundário
Resistência intrínseca do epitélio
Defesa pré-epitelial - Muco , bicarbonato e água do lúmem do esôfago
Alteração na deglutição
Controle neurológico alterado , ação de hormônios e medicamentos
Aumento da pressão abdominal
Maior resistência da mucosa esofagiana
Quadro Clínico
Manifestações típicas
Pirose retroesternal
Principal sintoma
Sensação de queimação
Se irradia do manúbrio do esterno à base do pescoço, podendo atingir a garganta
Tempo de história está associado ao aumento
do risco de desenvolvimento do esôfago de Barrett
Geralmente após 30 a 60 min após alimentação
copiosa, gordurosa, condimentada e ácida
Regurgitação ácida
Retorno espontâneo do conteúdo ácido ou dos alimentos em direção à cavidade oral
Importante considerar
Idade > 40 anos
Manifestação de alarme
Disfagia
Odinofagia
Anemia
Hemorragia digestiva
Emagrecimento
Náusea e vômito
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Manifestações atípicas
20 a 25% das queixas
primárias
frequentemente não apresentam
concomitância com manifestações típicas
Otorrinolaringológica
Rouquidão
Pigarro
Laringite posterior crônica
Sinusite crônica
Otalgia
Oral
Desgaste do esmalte dentário
Halitose
Aftas
Esofágica
Dor torácica retroesternal de origem não cardíaca
Globus
Sensação de corpo estranho na gargante
Pulmonar
Asma
Tosse crônica
Hemoptise
Bronquite
Bronquiectasias
Pneumonias de repetição
Diagnóstico
1º: Anamnese
Sintomas típicos:
Pirose
e
Regurgitação
Achados isolados: sugestivo
Os dois presentes: probabilidade de 90%
Condições que elevam a pressão intra-abdominal são fator de risco para a DRGE
A ausência de sintomatologia típica não descarta a hipótese de DRGE
Manifestações atípicas:
:check:Dor torácica não cardíaca
:check:Asma
:check:Tosse crônica
:check:Apnéia
:check:Sinusite crônica
:check:Rouquidão
:check:Pigarro
Teste Diagnóstico Terapêutico
IBP, administrado em dose plena por um período de quatro semanas.
Paciente deve-se submeter a Endoscopia Digestiva Alta (EDA) antes do inicio do tratamento
Permite a visualização direta da mucosa e melhor acurácia para DRGE erosiva
Exame endoscópico e biópsia de esôfago
Método de escolha para
o diagnóstico das lesões (EDA)
Permite a caracterização da presença de erosões da mucosa esofágica e possibilita a realização
de biópsias.
Diferenciará entre DRGE erosiva e não erosiva
As biópsias de esôfago usada para complicações da doença: esôfago de Barrett, úlceras de esôfago, e estenose, além de caracterizar o adenocarcinoma esofágico.
Raio X contrastado de esôfago-esofagograma
Indicação restrita em função dos avanços da avaliação endoscópica.
Avalia dinamicamente a morfologia do órgão e o tempo de trânsito do contraste
Para o diagnóstico de DRGE apresenta baixa sensibilidade e especificidade
Cintilografia
Pode demonstrar o refluxo do conteúdo gástrico após ingestão de contraste marcado com 99Tc
Tem sido utilizado amplamente
para o diagnóstico da DRGE em crianças.
Manometria convencional e manometria esofágica de alta resolução
A manometria convencional tem valorbastante limitado na investigação diagnóstica inicial
Quando é indicada:
Antes da realização do exame pHmétrico
No pré-operatório da DRGE para afastar acalasia
e distúrbios importantes de motilidade
Na investigação complementar de disfagia
A manometria de alta resolução apresenta maior especificidade na identificação dos tipos acalasia, obstrução funcional da junção esofagogástrica na definição do espasmo esofágico.
pHmetria esofágica de 24 horas
Monitoramento do pH intraesofágico pode ser realizado via cateter transnasal ou com cápsula telemétrica sem fio e pode detectar episódios de refluxo medindo as diminuições do pH esofágico.
Incapacidade de determinar o volume ácido do refluxato, porém medem a direção do fluxo e mede refluxos ácidos e não ácidos
pHmetria sem fio: cápsula Bravo
Ela dispensa o uso de
sondas, fios ou cabos.
Aperfeiçoamento da pHmetria de 24 horas
A cápsula é afixada temporariamente por sucção
na mucosa do esôfago distal de onde transmite, via
radiotelemetria, sinais para o receptor
Ao final do exame, cápsula se desprende espontaneamente e é eliminada pelo tubo digestivo
Impedância esofágica
É a medida da resistência elétrica
resultante de uma corrente elétrica gerada entre pares de eletrodos quando da passagem do bolo alimentar.
Detecta a ocorrência de alterações na resistência à corrente elétrica por meio de eletrodos em pares posicionados no interior do esôfago por meio de um dispositivo de sonda.
Diferenciar o trânsito esofágico de sólidos
ou líquidos, tanto no sentido anterógrado quanto no sentido retrógrado
Tratamento
Mudanças no estilo de vida
Alimentação
Deve-se evitar café, frutas e sucos cítricos, tomate, chocolate, bebidas gaseificadas
Perder peso
Cessar o tabagismo
Evitar deitar por ate 2 horas após as refeições
Medicamentos
Inibidores de bomba de protons
Omeprazol
Antagonistas H2
Famotibina
Medicamentos de barreiras
Hidróxido de alumínio
Fármacos pro-cinéticos
Domperidona
Cirurgia
A mais comum é a fundoplicatura
Técnica que visa estreitar o esfíncter esofágico inferior para o controle do refluxo
Complicações da DRGE
Melena
O sangue pode ser vômitado ou passar através do trato digestivo resultando em fezes com aspecto de borra de café (melena)
Úlcerações
Agressão causada a parede do esôfago decorrente da irritação causada pelo ácido estomacal
Hematêmese
Vômito do conteúdo do estômago misturado com sangue ou a regurgitação apenas de sangue
estreitamento do esôfago
Complicações crônicas
Apresenta grande risco de adenocarcinoma esofágico
Estenose peptídica do esofago
É uma complicação da DRGE causada pela cicatrização de úlceras devido ao dano no epitélio esofágico, levando ao estreitamento
Úlcera esofágica
Se deve ao contato do epitélio esofágico com o conteúdo ácido
Esofago de Barret
a cicatrização das áreas lesadas pode se dar pela substituição do epitélio escamoso normal por um epitélio colunar de padrão intestinal, altamente resistente ao pH ácido
Complicações em lactentes
Regurgitações
Irritabilidade
choro
faringite laringite
Decorrentes da irritação causada pelo ácido estomacal
broncoaspiração
Vômito, refluxos, alimentos são aspirados pelas vias aéreas. Podem causar pneumonia
É comum em lactentes, pois estes se alimentam principalmente de líquido (leite), passam a maior parte do tempo deitados e o esfíncter do esôfago (zona de pressão que fica no final do esôfago e impede que o conteúdo do estômago volte para o esôfago ainda não é tão eficaz.
Perda de peso
Prematuridade
Doença neurológica (hipotonia)
Doenças pulmonares (fibrose cistica)
Úlceras esofágicas
Sindrome de Sandifer
se caracteriza pela associação de posturas e movimentos anormais com refluxo gastresofágico
Devido a exposição crônica ao conteúdo gastrico, podem-se desenvolver algumas complicações
TIPOS DE REFLUXOS GASTROESOFÁGICOS
:
REFLUXO PRIMARIO
REFLUXO SECUNDÁRIO
PATOLÓGICO (DGRE)
REFLUXO OCULTO
FISIOLÓGICO (NORMAL)