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O tempo do design participativo (OLIVEIRA,A.J; GAUDIO,C.D; FRANZATO,C.) -…
O tempo do design participativo (OLIVEIRA,A.J; GAUDIO,C.D; FRANZATO,C.)
Introdução
Potencialidades de Processos co-criativos e participativos de Design no âmbito social
Melhoria de vida
Resoluções de questões
Entretanto, existe limites para esse processo
Para isso é necessário compreender quais são eles
A Aplicação nunca é pura, pois depende do contexto
Conflito de contextos - Do Design com o da sociedade envolvida
o Tempo, de forma objetiva e subjetiva, é um desses contextos e o artigo ira se direcionar a ele
Busca-se aprofundar suas características em projetos de PD e nos principais elementos que o definem.
O artigo trata-se
dos resultados de uma
pesquisa de doutorado desenvolvida acerca da influência dos fatores contextuais em
processos de PD que visam à melhoria das condições de vida local
com o foco no tempo, e na organização que deve ser diferente
Sua estruturação
Apresentação do potencial do Design para promoção de contexto de vida mais sustentáveiss e de projetos participativos
Um aprofundamento sobre o elemento tempo, suas características e os conceitos de alinhamento e desalinhamento temporal, normas temporais e projetos interinstitucionais
A apresentação de casos de PD considerados na pesquisa; a apresentação das questões chaves emersas através da análise; e finalmente, os resultados
Design e Inovação social
Papel social do Design
Encontra-se em fase de redefinição, devido as mudanças
Industriais
da evolução do papel
da percepção do usuário
da ampliação do objeto de
projeto diferentes dos tradicionais
Designers socialmente engajados começaram a se preocupar mais com encontrar solução ás consequências negativas do consumo de massa e produção industrial.
Design esta mais focado na inovação social, na participação do usuário e do local
Inovação social
Refere-se a soluções multidisciplinares e flexíveis capazes de ir alem dos limites institucionais gerando mudanças de melhorar e problemas cosias
promove as soluções através estratégias, capazes de enfrentar os desafios do mundo contemporâneo
Origem botton-up da solução(a participação das pessoas interessadas no processo e sua capacitação)
De acordo com Sanders e Stappers (2008), na área do Design
Participativo hoje em dia os conceitos de co-criação e co-design vem se ampliando.
ferramentas necessárias para uma sociedade mais justa e redução de problemas sociais
Estratégia de design e processos criativos colaborativos
Um cenário onde o usuário participa desde o inicio
Redefinição do papel e das ações do design
Mais longe da indústria e mais perto em outros contextos
tempo no desenvolvimento de um projeto
De acordo com Dille e Söderlund (2011), o tempo (número de horas a disposição para
um projeto) é um elemento fundamental
em um projeto
Critérios sobre o tempo
A sua
realização em um intervalo de tempo preestabelecido
No desenvolvimento de um projeto deve realizar ações que fogem de seus procedimentos do trabalho padronizado o que pedem uma adaptação no geral
devem ser estabelecidos alguns procedimentos e um “tempo
global” do projeto
O tempo pode ser considerado como fenômeno objetivo ou como um
fenômeno social
é um elemento Independente do contexto e do projeto, imposto externamente e que pode ser dividido em intervalos estruturado a partir dos objetivos estabelecidos
Mas n leva em conta o contexto cultura onde o tempo esta inserido
Isocronismo
homogeneização temporal dos processos, é comum dentro de um mesmo ambiente, mas é muito rara em projetos que envolvem atore pertencente e diferente ambientes institucionais
divergências, dificuldades e os desafios no nível de cooperação e
colaboração entre os diferentes atores participantes
alinhamento temporal
É a situação onde estão alinhadas as percepções de tempo e velocidade de ação dos diferentes atore e sincronizadas as atividades e as fases
desalinhamento temporal
uma situação onde as fases e a sua
implementação diferem e geram problemas de sincronização e colaboração
O desalinhamento temporal é uma condição comum no desenvolvimento de
experiências de Design participativas que visam a Inovação Socia
A reflexão sobre o tempo em projetos de cunho social desenvolvida no e com o local torna-se importante porque neles não predomina o tempo da indústria e mercado, mas o das comunidades, contextos e das dinâmicas sócias
Conclusões: o Tempo no PD
Todos eram projetos de
natureza interinstitucional
Os casos evidenciaram tanto a elevada complexidade a nível
temporal quanto problemas ao nível de integração temporal das ações
Foi verificado que as regras temporais dos atores participantes não coincidem com as do designer e que isso pode dificultar ou impedir o desenvolvimento de um projeto comum
as dinâmicas temporais apresentaram-se diferentes
das imaginadas pelo designer antes da realização do trabalho
divergências temporais
divergências entre as normas temporais do Design e as normas do contexto e sua evolução; entre a velocidade de ação do designer e a velocidade de participação da população; entre as normas temporais do Design e as normas temporais das instituições parceiras; entre as normas temporais do Design e o tempo necessário à inserção no contexto
quatro
elementos que diferem do imaginado e atuado pelo designer
ritmo local
o tempo que caracteriza a execução das ações de Design – o momento de realização, a velocidade e a duração das mesmas – não coincide com o tempo do contexto
o ritmo local é determinado pela cultura do local e pelo conjunto de atores e
infraestrutura
tempo da mudança
ações pontuais como as oficinas não são suficientes e
adequadas para gerar uma mudança real, a complexidade das situações torna
necessário muito tempo até para conseguir pequenas mudanças, além do contexto social.
velocidade de participação
Raramente é considerada a necessidade de treinar e preparar a população para os processos e as dinâmicas propostas, enquanto nas situações analisadas emergiu a dificuldade dos não designers de entendê-las e participar, é necessário um período de tempo para criar as
condições básicas que permitem o desenvolvimento deste tipo de projeto
, é preciso considerar as seguintes questões: a conscientização e a compreensão dos participantes em relação à questão proposta; o alcance da participação; bem como a preparação e familiarização em relação às técnicas e ferramentas de Design.
normas temporais dos colaboradores
e as normas temporais deste tipo de parceiro diferem das do designer e que isso dificulta a colaboração, o entendimento das recíprocas ações e sua implementação
Para resolver
Um caminho possível é que os designers dediquem um tempo inicial para entrada em contato e a inserção no contexto, a compreensão das suas regras, a criação de uma relação com os participantes, sejam eles parceiros ou usuários. A partir deste entendimento, o designer vai definir estratégias de ação, compreender e redefinir objetivos e as necessidades, adaptando assim a sua ação a esta área de atuação.
Estudos de Caso
Trata-se de um projeto de PD desenvolvido pelos autores do presente artigo em uma favela do rio de janeiro, e das experiências vivenciadas por três designers profissionais brasileiras em projetos participativos de cunho social no Brasil
Analise: uma codificação dos textos focada em questões ligadas a uma codificação dos textos focada em questões ligadas ao identificados.
Design Participativo favela maré
objetivo de compreender melhor as dinâmicas de desenvolvimento de um projeto de PD em área urbanas que sofrem por marginalização e de aprofundar o potencial do Design de promover redes colaborativas locais e processos de cidadania ativa
Foram aplicados métodos de criação participativos para renovar uma praça pública local que se encontrava em condição de degrado junto com a população
três fases
principais
uma fase de integração no contexto e na organização parceira
fase de
seleção do objeto de projeto e definição das principais estratégias
fase
de realização de dois encontros para discutir e promover atividades co-criativas
O Complexo de favelas da Maré foi escolhido por ser uma área socialmente
vulnerável, marginalizada e de conflito
Para isso foi necessário trabalhar em parceria com uma ONG
isso permite o
acesso e a ação em um território gerenciado pela criminalidade local
porque a organização tinha um amplo conhecimento do contexto e das suas regras, útil para guiar o designer nas suas ações, explorações iniciais e implementação do projeto
infraestrutura útil ao desenvolvimento do
projeto e era conhecida localmente.
A experiências dos designers profissionais
A entrevista com Fernanda de Oliveira Martins
Por sua própria escolha, foram usadas metodologias participativas, não só para inserir a comunidade no mercado, mas, ao mesmo tempo, promover a sua autoestima, o reconhecimento e a valorização de sua identidade cultural (MARTINS e SILVA, 2007).
Jeanine Torres Geammal
A entrevista se concentrou sobre o projeto que ela desenvolveu juntamente com as Mulheres da Palha
A comunidade considerada apresentava condições de vida precárias caracterizadas por uma baixa taxa de educação, falta de serviços básicos como água, transporte, etc.
Objetivo: melhorar o produto feito pelas artesãs e na realização de ações mais amplas para influenciar e promover a organização e integração do grupo
experiências participativas com o objetivo de aumentar os recursos sociais e econômicos deste grupo e de permitir uma troca e partilha de conhecimento entre estudantes e artesãs
Samara Tanaka
. A entrevista focou na atividade Design Aberto P2P e em suas pesquisas independentes
Design Aberto P2P é uma iniciativa semanal que acontece no Complexo do Alemão, favela do Rio de Janeiro, e que usa as ferramentas e o processo de Design para promover um maior ativismo da comunidade em relação à realização de seus próprios desejos e à satisfação de suas necessidades
Tanaka explora como um designer pode promover a participação política das pessoas no que diz respeito à solução das questões presentes em um território