O mais interessante desse livrinho, no entanto, está no ensinamento de Leminski de como ler Cruz e Sousa. Segundo ele, “a figura prevalente, na poesia de Cruz e Sousa, não é a aliteração, nem a harmonia imitativa, onomatopeia dos sentimentos, nem a ecolalia, mas o anagrama.”
O anagrama é a palavra dentro da palavra. Conforme explica Leminski, Cruz e Sousa compunha “vendo, na luz de uma palavra, a outra luz de outra palavra.”