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FEBRE REUMÁTICA E CARDIOPATIA REUMÁTICA - Coggle Diagram
FEBRE REUMÁTICA
E
CARDIOPATIA REUMÁTICA
Fisiopatologia
A febre reumática aguda (FRA) é uma complicação não supurativa da faringoamigdalite causada pelo estreptococo beta-hemolítico do grupo A (EGA), Streptococcus pyogenes, decorrente de resposta imune tardia a esta infecção em populações geneticamente predispostas.
A patogênese da Cardiopatia Reumatica está relacionada ao padrão de resposta imune após exposição ao EGA (Streptococcus pyogenes). Os estudos epidemiológicos e imunológicos identificaram claramente o EGA com agente etiológico e desencadeante da FR em indivíduo susceptível, porém as vias moleculares que os ligam são pouco entendidas.
A base patogenética da doença reumática é composta pela tríade caracterizada pela presença do EGA, hospedeiro geneticamente susceptível e reposta imune exacerbada. O mecanismo atualmente proposto para o desenvolvimento da doença envolve o mimetismo antigênico associado à resposta imune anormal, que é o compartilhamento de anticorpos ou epítopos de células T entre o hospedeiro e o microorganismo . A teoria mais amplamente aceita é o mimetismo entre a proteína M do EGA e a miosina cardíaca do hospedeiro, porém mecanismos adicionais de reação cruzada são prováveis.
A faringite por estreptococos do grupo A (GAS) é precursora etiológica da febre reumática aguda, embora o hospedeiro e os fatores ambientais sejam importantes. Proteínas M do GAS compartilham epítopos (locais antigênicos determinantes reconhecidos pelos anticorpos) com proteínas localizadas nas sinoviais, na musculatura cardíaca e nas valvas cardíacas, sugerindo que o mimetismo pelo antígenos do GAS das cepas reumatológicas contribui para artrite, cardite e lesão valvar. Os fatores de risco genéticos do hospedeiro incluem o D8/antígeno celular 17 B e certos antígenos de histocompatibilidade classe II. Desnutrição, superpopulação e baixas condições socioeconômicas predispõem a infecção estreptocócica e subsequentes episódios de febre reumática.
Surpreendentemente, embora as infecções por GAS tanto na faringe como em outras áreas do corpo (estruturas da pele e dos tecidos moles, ossos ou articulações, pulmões e corrente sanguínea) podem causar glomerulonefrite pós-estreptocócica, infecções por GAS não faríngeas não levam à FRA. A razão dessa diferença distinta nas complicações resultantes de infecção pelo mesmo organismo não é bem compreendida.
Na febre reumática aguda, as manifestações cardíacas mais comuns são
Regurgitação mitral
Pericardite
Às vezes, regurgitação aórtica
Na cardiopatia reumática crônica, as manifestações cardíacas mais comuns são
Estenose mitral
Regurgitação aórtica (muitas vezes
com algum grau de estenose)
Talvez regurgitação atrioventricular direita (muitas vezes
junto com estenose atrioventricular esquerda)
Histologia
Nodulos de Aschoff, constituidos por focos de Lifocitos T
Celulas de Anitschrow (patognomonico), plasmocitos e macrofagos grandes ativados.
Esses macrófagos apresentam citoplasma abundante, núcleo centrais arredondados e ovoides.
Cromatina forma de fita ondulada central e delgada
"células em forma de Lagarta"
Sinais e Sintomas
A febre reumática costuma surgir juntamente com um quadro de febre alta que é seguido de um ou mais desses sinais e sintomas:
Coreia de Sydenham
alteração neurológica que se manifesta com movimento involuntários dos braços, pernas e da cabeça, fraqueza muscular e alterações do discurso
Nódulos subcutâneos
indolores, endurecidos, sem sinais inflamatórios, medindo entre 0,5 e 2 cm
Cardite
dor torácica, cansaço aos esforços e surgimento de um sopro no coração, sinal que indica lesão em uma das suas válvulas
Eritema marginato
Erupção avermelhado, evanescente, que acomete principalmente os tronco e partes dos membros
Poliartrite migratória
inchaço, vermelhidão, calor local e intensa dor nas articulações
disturbios neurologicos
corpo sem resposta e habilidades motoras comprometidas
febre
dores moderadas, batimento cardíaco acelerado, vermelhidão da pele, sudorese
Tipos de Lesões valvares
estenose mitral
insuficiencia mitral
estenose tricuspide
valvulopatias pulmonares
estenose aortica
insuficiencia aortica
Diagnóstico
Febre reumática
Critérios modificados de Jones (para diagnóstico inicial)
O diagnóstico de febre reumática aguda precisa de 2 manifestações maiores ou 1 maior e 2 menores e evidência de infecção do grupo A de estreptococos
Manifestações maiores:
-Cardite
-Coreia
-Eritema marginado
-Poliartrite
-Nódulos subcutâneos
Manifestações menores:
-Poliartralgia.
-VHS elevada (> 60 mm/h) ou proteína C-reativa (> 30 mg/L) elevadas.
-Febre (≥ 38,5 °C)
-Intervalo PR prolongado (no ECG)
Testes para GAS (cultura, teste rápido de estreptococos ou antiestreptolisina O e titulação do anti-DNase B)
ECG
Ecocardiografia com Doppler
Níveis de VHS e proteína C-reativa (CRP)
Cardiopatia reumática
O primeiro passo no diagnóstico da doença cardíaca reumática é esclarecer se a criança teve recentemente uma infecção por estreptococos.
Se caso os sintomas já tiverem sumido, o médico precisará da ajuda dos familiares que estão acompanhando a criança, pra saber se houve alguma infecção recentemente.
O médico também pode pedir um exame de sangue e uma cultura da garganta, ou ambos, para verificar a presença de anticorpos anti-estreptococos.
Na história clínica e no exame físico, o médico pesquisará sinais e sintomas de febre reumática. Ele também ouvirá o coração do paciente para verificar se há ritmos ou murmúrios anormais. Outros testes também podem ser incluídos como radiografia do tórax e ecocardiograma.